Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (24) o envio de um porta-aviões e sua frota acompanhante para “combater o narcoterrorismo” na América Latina, em uma decisão que aumenta de maneira considerável a tensão na região.
Os Estados Unidos mobilizaram em agosto destróieres, um submarino e navios com forças especiais em águas internacionais do Caribe, com o suposto propósito de combater o tráfico de drogas.
Embora tenha havido regularmente presença de porta-aviões para exercícios de treinamento com forças de países vizinhos, é a primeira vez que os Estados Unidos deslocam uma força dessa magnitude na América Latina contra o narcotráfico.
O desdobramento do grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald R. Ford ocorre “em apoio à diretiva do presidente de desmantelar as Organizações Criminosas Transnacionais (TCOs) e contrabalançar o narcoterrorismo em defesa da Pátria”, disse o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, na rede X.
Horas antes deste anúncio o secretário de Guerra, Pete Hegseth, informou via X o décimo ataque contra uma suposta lancha do narcotráfico, com um balanço de seis mortos.
Ao menos 43 pessoas morreram no Caribe e no Pacífico desde que os Estados Unidos iniciaram sua atual campanha sem precedentes de ataques letais por meio de mísseis na região, em 2 de setembro.
A embarcação destruída na noite de quinta para sexta-feira operava para o cartel Tren de Aragua, afirmou o secretário da Defesa no X.
“Nossos serviços de inteligência sabiam que a embarcação estava envolvida no contrabando de narcóticos”, acrescentou. O ataque ocorreu em “águas internacionais”.
Este foi o primeiro ataque noturno na região, explicou Hegseth, que acompanhou sua mensagem com um vídeo em preto e branco no qual se vê um barco navegando em velocidade normal, até que explode.
O chefe do Pentágono alertou que os Estados Unidos tratarão os “narcoterroristas” como tratam a organização terrorista “Al Qaeda”, de Osama bin Laden. Com informações da AFP.
Foto: U.S Navy/Divulgação
Por Diário de Pernambuco

