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EUA propõem fechar portos da Espanha após país negar ajuda a Israel

Comissão Marítima Federal dos EUA avalia restrições a embarcações espanholas em resposta ao impedimento de acesso a navios americanos, em meio a tensões diplomáticas sobre o conflito em Gaza.

Os EUA avaliam fechar portos à Espanha e impor multas após o país europeu negar acesso a navios americanos, escalando tensões diplomáticas.

A Comissão Marítima Federal dos Estados Unidos (FMC) anunciou que está analisando uma série de opções retaliatórias contra a Espanha. As medidas propostas incluem severas limitações de carga, a negação de entrada a embarcações que operam sob bandeira espanhola em portos americanos, ou a imposição de multas que podem atingir até 2,3 milhões de dólares por viagem.

Esta ação surge em resposta à decisão do governo espanhol de impedir o acesso direto de navios norte-americanos, incluindo aqueles que participam do Programa de Segurança Marítima dos EUA.

Apesar da gravidade das propostas, a FMC enfatizou que nenhuma decisão final foi tomada. A comissão está atualmente avaliando “cuidadosamente as provas e todas as considerações pertinentes”, buscando informações adicionais de transportadoras, comerciantes e outras partes interessadas sobre o impacto da política espanhola no comércio exterior dos Estados Unidos.

O objetivo é entender como as regulamentações aplicadas pelas autoridades espanholas podem estar criando “condições gerais ou específicas desfavoráveis à navegação marítima no comércio exterior dos Estados Unidos”.

Washington observou que, em novembro de 2024, a Espanha negou acesso a pelo menos três embarcações americanas, e a política por trás dessas negativas “continua em vigor”. As restrições detalhadas no relatório da FMC focam em embarcações que transportam cargas de ou para Israel, sugerindo uma ligação direta com a postura espanhola em relação ao conflito no Oriente Médio.

Tensão diplomática e o conflito em Gaza

A Espanha tem sido um dos países europeus com uma posição mais crítica em relação às ações de Israel na Faixa de Gaza. Foi um dos primeiros a reconhecer o Estado da Palestina após o início da ofensiva militar israelense em outubro de 2023.

Essa postura contrasta com a de outros aliados ocidentais e pode ser um fator subjacente à recusa de acesso a navios americanos, especialmente se estes estiverem ligados a operações de apoio a Israel.

O conflito em Gaza teve início com o ataque do Hamas a território israelense em 7 de outubro de 2023, resultando em cerca de 1.200 mortes e a captura de 251 reféns. Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar que, segundo autoridades locais, já causou mais de 70 mil mortes, a maioria civis palestinos.

A guerra também provocou a destruição quase total da infraestrutura do território, um grave desastre humanitário e o deslocamento forçado de centenas de milhares de pessoas.

Diante do cenário, a FMC avalia que é crucial examinar quais “medidas corretivas seriam apropriadas para ajustar essas aparentes condições” desfavoráveis à navegação. A situação destaca a crescente complexidade das relações internacionais e como questões geopolíticas podem se manifestar em sanções comerciais e marítimas, impactando a logística global.

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