
O PSDB e o Podemos devem formalizar uma fusão até o final deste mês, segundo declarou ao UOL este sábado o presidente nacional da legenda, Marconi Perillo. Outra fonte nacional tucana, ouvida ontem por este blog, preferiu falar em “primeira quinzena de maio”. Em um primeiro momento, segundo a mesma fonte, haverá a fusão das duas legendas mas, em um segundo momento, trabalha-se para criação de uma Federação entre o Republicanos e o novo conglomerado (PSDB-Podemos). Tanto a primeira quanto a segunda opção significam mudanças políticas em Pernambuco onde o PSDB está sob o comando do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Álvaro Porto, aliado do prefeito João Campos, e o Podemos é presidido pelo presidente da Amupe, ex-prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia(fotos acima). O Podemos faz parte da base de apoio da governadora Raquel Lyra.
Tanto no Podemos como no PSDB locais não se sabe se, havendo a fusão, Álvaro Porto passa a presidir a nova legenda ou se isso vai ser ou outra liderança do Podemos do qual fazem parte o ex-senador Armando Monteiro Neto e o ex-deputado federal Ricardo Teobaldo. “Essas questões ainda estão sendo tratadas pelo presidente nacional do PSDB, ex-governador Marconi Perillo e a presidente nacional do Podemos, a deputada federal por São Paulo, Renata Abreu”, segundo a fonte tucana.
Está acertado que a nova sigla se chamará PSDB/Podemos ou Podemos/PSDB até que se encontre um nome mais palpável. Renata Abreu será a presidente nacional da nova legenda que terá 27 deputados federais, 7 senadores e 401 prefeitos e o 5º maior fundo eleitoral do país ( só ficará atrás do PL, PT, União Brasil e PP, nessa ordem). Em um primeiro momento, no entanto, haveria uma coabitação na presidência entre ela e Marconi Perillo com o objetivo de evitar conflitos. Assim que ocorrer a fusão a lei determina que os órgãos estaduais e municipais das duas legendas são extintos para a criação de novos. Talvez tenha sido por isso que o PSDB optou por uma intervenção em Pernambuco comandada por Álvaro Porto, evitando criar novo diretório e executivas estaduais para serem extintos logo depois.
Além de Raquel, Eduardo Leite deve ficar de fora
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, informou na semana passada que até o final de abril define seu futuro partidário. Marconi Perillo ainda sonha na permanência dele na nova legenda mas Leite estaria em avançadas negociações com o PSD, a mesma sigla onde se encontra a governadora Raquel Lyra. Leite não perdeu a esperança de disputar a presidência da República em 2026. No PSD seria difícil pois antes dele tem o governador do Paraná, Ratinho Junior, e a aproximação do presidente da legenda Gilberto Kassab com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Pernambuco será um calo
– “Não sei se o caso de Pernambuco pode vir a atrapalhar a fusão, mas que vai dar trabalho vai”- disse a este blog uma fonte do Podemos, referindo-se à necessidade que vai haver de uma ampla negociação para definir quem vai comandar a nova legenda no estado. A perspectiva hoje é a de que a definição estadual passe por uma análise fria dos números. As duas legendas não têm deputado federal então se imagina que na definição vá pesar as reais condições que tem hoje o PSDB e o Podemos para eleger federal. O Podemos conta que sua chapa de federal elege pelo menos dois parlamentares sendo os mais cotados Marcelo Gouveia e Ricardo Teobaldo. Para a Assembleia, o partido trabalha no momento com a filiação de pelo menos dois deputados estaduais de mandato – já tem um, que é Wanderson Florêncio, e os dois novos são Luciano Duque e Gustavo Gouveia (ambos do Solidariedade).
Armando no Senado?
Há também a possibilidade do ex-senador Armando Monteiro Neto ser candidato ao Senado ou mesmo a deputado federal. Seu peso numa disputa dessa natureza também faria o Podemos se apresentar como legenda mais forte já que a governadora Raquel Lyra tirou a vice-governadora e todos os prefeitos do PSDB. Vai depender é claro do trabalho do deputado Álvaro Porto de formar chapa tanto de federal como de estadual. Se os dois lados estivessem apoiando o mesmo candidato a governador, um ajudaria ou outro mas em palanques diferentes é imprevisível o desfecho.
Por Blog Dellas

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