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Gerdau Alerta: Indústria Brasileira Busca Isonomia, Não Proteção, Contra Concorrência Desleal Chinesa

A Gerdau, gigante brasileira do setor siderúrgico com 125 anos de história e atuação global, emprega 30 mil colaboradores em 29 plantas de aço e duas minas de minério de ferro espalhadas por sete países nas Américas. Com 60% de seus negócios fora do Brasil e presença nos Estados Unidos desde 1987, a empresa se destaca como a maior recicladora de sucata ferrosa da América Latina, transformando anualmente 11 milhões de toneladas de sucata em aço. No último ano, a Gerdau reportou uma receita líquida de R$14,7 bilhões.

Apesar de não ser diretamente impactada pelas tarifas de 50% impostas por Donald Trump devido à sua produção em quatro unidades de corte e dobra na Califórnia e outras instalações nos EUA, a Gerdau demonstra preocupação com o cenário geral da indústria brasileira.

O CEO da empresa, Gustavo Werneck, tem alertado para as dificuldades enfrentadas pelas empresas brasileiras diante da crescente entrada de produtos chineses no mercado, com preços considerados artificialmente baixos devido a subsídios governamentais. Werneck argumenta que, em alguns casos, o preço final desses produtos chineses é inferior ao custo do minério de ferro vendido pela Vale.

Em um encontro recente com empresários, Werneck reiterou que a indústria brasileira está perdendo competitividade devido à entrada de produtos chineses em condições comerciais desleais. Ele enfatizou a necessidade de o governo brasileiro atentar para essa questão, buscando estabelecer condições isonômicas para que as empresas nacionais possam competir de forma justa no mercado global.

“Não precisamos de nenhum tipo de proteção ou benesse do governo. O que pedimos é que o governo coloque condições isonômicas para podermos competir”, declarou Werneck, ressaltando que a China está utilizando sua capacidade de exportação para manter empregos e renda, muitas vezes desrespeitando as normas da Organização Mundial do Comércio.

A preocupação da Gerdau se estende à dificuldade de interlocução com o governo brasileiro, que, segundo a empresa, tem demonstrado dificuldades em promover um diálogo entre os setores para encontrar mecanismos de defesa comercial e garantir a competitividade necessária para a sobrevivência da indústria nacional.

Além da questão da concorrência desleal, Werneck também destacou outros fatores que afetam a competitividade da indústria brasileira, como o alto custo do gás natural e a complexidade do sistema tributário.

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