O secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, fez nesta segunda-feira (8) uma visita surpresa a um navio militar deslocado para o sul do Caribe, perto da costa da Venezuela. O governo americano não divulgou a localização da embarcação.
A visita acontece dias depois de um ataque norte-americano contra um barco carregado com drogas que navegava pelo Caribe. Segundo o presidente Donald Trump, a embarcação havia saído da Venezuela com destino aos EUA. Onze pessoas morreram.
Atualmente, oito navios da Marinha dos Estados Unidos foram deslocados para áreas próximas da Venezuela. Segundo a agência Reuters, sete estão no Caribe, e um está no Oceano Pacífico. O governo justifica a ação como parte de uma operação contra o narcoterrorismo.
Em uma publicação no X, o Departamento de Guerra dos EUA anunciou que Hegseth havia pousado no USS Iwo Jima, um dos navios enviados para a região. Até a última atualização desta reportagem, nenhum detalhe da visita havia sido divulgado.
Mais cedo, Hegseth esteve em Porto Rico, para onde os Estados Unidos enviaram dez caças F-35 como parte da operação. Ele foi acompanhado pelo general Dan Caine, oficial de mais alta patente dos EUA.
Porto Rico fica a cerca de 800 km da Venezuela. A ilha está no Caribe e é um território dos EUA, apesar de não ter status de estado, como o Havaí.
As movimentações acontecem em um cenário de escalada de tensões com a Venezuela. Na sexta-feira (5), Trump autorizou militares americanos a derrubarem caças venezuelanos que se aproximarem de forma “perigosa” de navios militares dos EUA.
governo americano confirmou que dois caças da Venezuela sobrevoaram um navio de guerra dos EUA no Caribe na semana passada.
Ao comentar a ação militar norte-americana na região, Trump afirmou que não está discutindo uma mudança de regime na Venezuela. Ele também descreveu a reeleição do presidente Nicolás Maduro como “estranha” e acusou o país de enviar drogas e criminosos para os EUA.