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Governo endurece normas para autoexclusão em apostas de quota fixa

Nesta segunda-feira (10/11), a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda publicou no Diário Oficial da União (DOU) uma portaria que amplia as regras para o segmento de apostas de quota fixa, com foco em proteção ao apostador.

A norma modifica a Portaria nº 1.231/2024, também chamada de “Portaria do Jogo Responsável”, e detalha os procedimentos de autoexclusão, limites de uso e obrigações dos operadores de apostas.

Existem agora duas modalidades de autoexclusão:

Específica: solicitada diretamente na plataforma de um agente operador.
Centralizada: feita por meio de uma plataforma mantida pela secretaria, que bloqueia o acesso do usuário em todos os sistemas de apostas. Ambas podem ser temporárias ou por tempo indeterminado.

Os operadores devem disponibilizar links visíveis para o usuário solicitar a exclusão centralizada. Fica determinado que o apostador possa definir limites de uso, tanto em tempo quanto em valor movimentado; e que haja possibilidade de alertas e pausas. Também é proibido que operadores façam acordos comerciais que favoreçam acesso a crédito para apostar.

Além disso, o cadastro dos usuários será mais rigoroso: exigirá endereço completo, telefone, e-mail, dados bancários ou de depósito, limites de perda e tempo de uso, cópia de documento com foto e registro do endereço IP no momento da inscrição.

Os agentes operadores terão prazo de 90 dias para adaptar os sistemas às novas exigências; após esse prazo, será necessária atualização cadastral pelos usuários. Os termos e as condições também deverão ser revisados com notificação aos usuários para renovação do consentimento.

A portaria entra em vigor na data da publicação. Um ato futuro vai definir os procedimentos técnicos para impedir que usuários em autoexclusão centralizada continuem acessando os sistemas.

Segundo dados da Receita Federal, de janeiro a setembro de 2025, o governo arrecadou R$ 6,85 bilhões com jogos de azar e casas de apostas.

Com essa medida, o governo busca reforçar a proteção de consumidores frente ao crescimento dos mercados de apostas de quota fixa, ao mesmo tempo em que pressiona os operadores a adotar padrões mais rígidos de compliance e controle.

Fonte: Metropole

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