
Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo federal já gastou mais de R$ 60 milhões em viagens internacionais, segundo dados oficiais obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação e reportagens da imprensa. Os valores incluem passagens aéreas, diárias, hospedagens, locomoção e outras despesas relacionadas às comitivas que acompanham o presidente em agendas no exterior.
Lula já visitou mais de 20 países desde janeiro de 2023, passando por continentes como Europa, Ásia, América do Sul, África e Oriente Médio. Entre os destinos estão Estados Unidos, China, França, Emirados Árabes, Japão e Angola. As viagens têm como objetivo reforçar laços diplomáticos, ampliar parcerias comerciais e fortalecer o papel do Brasil em fóruns multilaterais como o G20, BRICS e ONU.
O governo defende os deslocamentos como parte de uma estratégia para “recolocar o Brasil no mundo” após anos de isolamento diplomático, especialmente durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o Itamaraty, os compromissos internacionais já resultaram em acordos comerciais, investimentos estrangeiros e avanços na pauta ambiental.
No entanto, os custos têm gerado críticas da oposição e de parte da opinião pública, que questionam o retorno efetivo das viagens e o tamanho das comitivas. Parlamentares como o deputado Kim Kataguiri (União-SP) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE) apontam para a “falta de austeridade” e pedem mais transparência sobre os objetivos e resultados das agendas.
“É legítimo que o presidente viaje, mas é preciso justificar os custos diante da realidade do país. Estamos falando de mais de R$ 60 milhões enquanto há filas no INSS, déficit fiscal e contenção de gastos em áreas essenciais”, disse Girão.
Em resposta, o Planalto afirma que os custos estão dentro dos padrões internacionais e que o retorno institucional e econômico das viagens compensa os investimentos. A Presidência também ressalta que os valores incluem despesas de ministérios, assessores técnicos, seguranças e jornalistas, além de diárias previstas em lei.
A polêmica promete continuar, especialmente com novas viagens previstas para o segundo semestre de 2025 — incluindo compromissos relacionados à presidência brasileira do G20 e à preparação para a COP30, que será realizada em Belém, em 2025.
Por No Centro do Poder

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