Secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse que não haverá prorrogações para o início do tarifaço em 1º de agosto; Brasil será afetado com taxação de 50%
O Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, reforçou neste domingo (27.jul.2025) que o presidente Donald Trump (Partido Republicano) não adiará as tarifas de 1º de agosto. O governo norte-americano aplicará 50% de taxação a produtos brasileiros.
“Nada de prorrogações, nem mais período de carência. Em 1º de agosto, as tarifas estão definidas. Elas entrarão em vigor. A alfândega começará a recolher o dinheiro e pronto, seguimos em frente”, afirmou Lutnick.
A declaração do secretário é um revés para a diplomacia brasileira, que esperava negociar um adiamento das tarifas em até 90 dias. Lutnick já havia dito que o tarifaço entraria em vigor em 1º de agosto. Na nova declaração, no entanto, a autoridade norte-americana quis afastar alegações de que Trump recuaria de última hora.
O secretário voltou a afirmar que o governo poderá negociar depois do início das tarifas e que Trump “sempre está disposto a ouvir”.
“Obviamente, depois de 1º de agosto, as pessoas ainda podem conversar com o presidente Trump […] E, entre agora e lá, acho que o presidente vai conversar com muita gente. Se vão conseguir agradá-lo, já é outra questão. Mas o presidente está definitivamente disposto a negociar e conversar com as grandes economias, com certeza”, disse Lutnick.
SEM ACORDOS À VISTA
O governo norte-americano deixou claro que não quer recuar e alimentar mais piadas em relação ao presidente Trump. As tarifas entrarão em vigor na 6ª feira (1º.ago).
O Brasil, no entanto, demonstra pouco avanço em chegar a um acordo satisfatório com os EUA, visto que até o momento esperavam adiar o início do tarifaço.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não demonstrou interesse em negociar diretamente com Trump, ou mobilizar o Itamaraty para um diálogo oficial com autoridades norte-americanas. O que fez foi criticar o líder norte-americano e afirmar que ele é quem não quer conversar.
A diplomacia brasileira se restringe a, no máximo, enviar cartas e embarcar uma comitiva de 8 senadores para negociar as tarifas.