Idosos agora detêm maior controle sobre o planejamento de seu futuro, especialmente em relação aos cuidados com a saúde e a gestão de seus bens. Uma nova ferramenta legal, conhecida como autocuratela, permite que indivíduos em plena capacidade mental designem antecipadamente quem será responsável por tomar decisões em seu nome, caso venham a perder a capacidade de fazê-lo por conta própria.
Essa modalidade proporciona aos idosos a oportunidade de escolherem um ou mais curadores, definindo os poderes e responsabilidades que cada um terá. A autocuratela abrange tanto questões de saúde, como consentimento para tratamentos médicos e decisões sobre internação, quanto aspectos financeiros e patrimoniais, incluindo a administração de contas bancárias, investimentos e bens imóveis.
Ao optar pela autocuratela, o idoso manifesta sua vontade de maneira formal, geralmente por meio de escritura pública lavrada em cartório. Esse documento especifica os nomes dos curadores escolhidos, os limites de sua atuação e as preferências do idoso em relação a cuidados de saúde, estilo de vida e outras questões relevantes.
A medida visa garantir que, em momentos de vulnerabilidade, as decisões sejam tomadas por pessoas de confiança, alinhadas com os valores e desejos do idoso, promovendo maior segurança e bem-estar. A autocuratela representa um avanço significativo na proteção dos direitos dos idosos, conferindo-lhes maior autonomia e dignidade na condução de suas vidas.
