Em meio a uma série de notícias sobre mulheres que morreram em hospitais com hemorragias sob suspeita de aborto, a influenciadora Mariana Almeida fez um relato corajoso nas redes sociais ao contar que também sentiu medo ao viver uma situação parecida. Ela revelou que sofreu uma hemorragia e que o receio de ter o caso interpretado como uma tentativa de aborto a impediu de procurar ajuda médica.
No vídeo, publicado nesta quarta-feira (22/10), a influenciadora contou que tem o diagnóstico de endometriose — assim como outras mulheres que tiveram hemorragias consideradas abortos não sucedidos.
“Não fui para o hospital por medo de que achassem que eu estava sofrendo um aborto mal-sucedido e isso gerasse algum tipo de violência contra mim”, contou ela no vídeo.
Mariana ainda ponderou sobre os riscos que correu ao tomar a atitude, justamente porque os hospitais são locais de acolhimento para pessoas que estão passando por problemas de saúde.
Influenciadora Mariana Almeida
Reprodução/Instagram @falacomamari
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Influenciadora Mariana Almeida revelou que sofreu uma hemorragia e teve medo de ir ao hospital e os médicos acharem que era um abordo
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“Prova disso foi a notícia que eu me deparei de uma mulher que sangrou até a morte dentro de um hospital. Ela estava com uma hemorragia, assim como eu. Consequência de uma endometriose e simplesmente não atenderam ela porque acreditaram que ela estava num processo de aborto mal sucedido”, salientou. O caso ao qual ela se referiu ocorreu em Olinda (PE).
Os casos de mulheres com endometriose relatando casos do tipo são cada vez mais frequentes. Segundo Marina é muito difícil ser ouvida pelos médicos para relatar os sintomas. “A nossa dor é muito naturalizada, então suporte vai e vença“. Ela também relatou que não é só porque foi diagnosticada que isso significa que ela foi acolhida e tratada com dignidade. “O que aconteceu com ela poderia ter acontecido comigo”.
Mariana também contou que muitos médicos não sabem lidar com a endometriose. Antes, ela atribuía a uma questão de desconhecimento do quadro. Atualmente, contudo, ela vê que os profissionais conhecem sim a doença mas não validam e legitimam as dores e sintomas.
“Eu já cansei de sentir dor e ficar em casa porque eu sei que alguns sintomas que eu acabo sentindo são similares a um processo [de aborto]. Mas dane-se porque se fosse o caso não deveriam negar atendimento. O ponto não é esse. E dá uma sensação de impotência horrorosa e de desamparo porque aconteceu com ela e não foi a primeira vez e não vai ser a última”, destacou também.