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Júri: P. ‘Diddy’ é absolvido pelo crime de tráfico sexual

Sean ‘Diddy’ Combs foi absolvido das acusações mais graves que enfrentava, nomeadamente tráfico sexual e formação de organização criminosa, segundo um veredicto parcial do júri divulgado pela Associated Press.

No entanto, o artista foi considerado culpado, nesta quarta-feira, dia 2 de julho, por dois crimes de transporte para fins de prostituição.

Detalhes das primeiras deliberações
Após três dias de deliberações, o júri condenou Sean Combs, de 55 anos, por crimes relacionados ao transporte de pessoas para prostituição, incluindo suas ex-namoradas Cassie Ventura e “Jane”. A pena de prisão pode chegar a dez anos.

Entretanto, o júri o absolveu das acusações de tráfico sexual e conspiração para extorsão e crime organizado — crimes com penas que variam de 15 anos à prisão perpétua — que estavam ligados a alegações de abuso de poder e uso de força física para forçar suas namoradas a participar de maratonas sexuais com outros homens, muitas vezes envolvendo o uso de drogas.

A defesa de Sean Combs argumentou que as mulheres participavam das situações de forma voluntária e que a suposta violência não justificava a gravidade das acusações.

Combs, que não prestou depoimento em tribunal, havia se declarado inocente das acusações de conduzir seu império empresarial como uma organização de extorsão, alegadamente utilizando funcionários para facilitar e encobrir abusos físicos e sexuais contra mulheres ao longo de duas décadas.

Após o anúncio do veredicto, Sean Combs juntou as mãos em sinal de prece enquanto olhava para o júri e abraçou seu advogado de defesa, segundo relato da agência.

Prisão e início da investigação
Vale lembrar que Diddy foi preso em setembro do ano passado, no contexto de uma investigação policial iniciada após a abertura de um processo por Cassie Ventura, sua ex-namorada. Desde então, o rapper esteve detido em uma prisão em Nova York.

Cassie Ventura: a ex-namorada que impulsionou o caso
Cassie Ventura, que teve um relacionamento com Diddy por 11 anos, também depôs no tribunal. A modelo, de 38 anos, acusou o artista de forçá-la a participar das chamadas “Freak Offs” — festas sexuais onde era obrigada a satisfazer os desejos mais extremos do rapper, por medo de represálias.

O vídeo das agressões
Durante o julgamento, foi exibido um vídeo de 2016, registrado por câmeras de segurança, em que é possível ver Diddy agredindo Cassie em um hotel em Los Angeles, onde o casal estava hospedado.

As imagens, com cerca de 15 minutos de duração, mostram o artista batendo, derrubando, chutando e arrastando a então namorada pelos corredores do hotel.

O testemunho chocante de “Jane”
“Jane” — nome fictício — foi uma das principais testemunhas do processo, além de Cassie Ventura.

Em seu depoimento, no dia 6 de junho, ela revelou detalhes perturbadores sobre o relacionamento com Diddy. Um dos relatos que mais chamou atenção foi sobre as festas sexuais conhecidas como “freak offs”, que, segundo ela, podiam durar até três dias.

Durante essas festas, o rapper chegou a lhe oferecer ecstasy para que ela permanecesse acordada. Jane também contou que, enquanto os encontros aconteciam, Diddy se masturbava observando. Além disso, homens que pagavam para ter relações sexuais com ela, com o consentimento do artista, ejaculavam sobre seu corpo, caso fosse desejo do rapper. Em algumas ocasiões, ao final, Diddy ainda exigia que ela tivesse relações com ele.

Foto Getty

Por Guilherme Bernardo

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