Após uma audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (11/9), a Justiça manteve preso Kauan Alison Alves dos Santos, suspeito de atirar no pescoço do cabo da Polícia Militar (PM) Johannes Santana durante uma abordagem.
Segundo a Corte, a audiência aconteceu “apenas para verificar se alguma ilegalidade foi cometida no ato da prisão”, visto que o indivíduo já tinha um mandado de prisão em aberto.
Kauan Alison foi preso nesta quinta-feira (11/9)
Reprodução/Polícia Civil
PM identifica homem que atirou em cabo durante abordagem policial em Paraisópolis, zona sul de SP
Reprodução
PM identifica homem que atirou em cabo durante abordagem policial em Paraisópolis, zona sul de SP
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Kauan foi preso na madrugada desta quinta-feira (11/9), mais de um mês depois do crime. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta semana.
“Ele foi localizado na Rua Ancará, na zona sul da capital, e conduzido ao 89° Distrito Policial (Jardim Taboão), onde a prisão está sendo formalizada”, informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
No dia 7 de agosto, o cabo da PM Johannes Santana foi baleado no pescoço durante uma abordagem na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Ele sobreviveu ao ferimento.
Nas redes sociais, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, celebrou a prisão do suspeito. “O criminoso que atirou contra o Cabo Santana está preso. Espero que assim permaneça”, escreveu Derrite.
PM baleado no pescoço
Em imagens da câmera corporal do agente, é possível ver toda a dinâmica de perseguição do suspeito até a chegada do socorro. Ele ficou cerca de três minutos em contato com o Centro de Operações da PM (Copom).
Veja:
Durante a abordagem, pessoas que presenciavam a cena se aproximam e questionam a ação do PM, dizendo para ele abaixar a arma. Enquanto isso, o suspeito resiste à abordagem policial.
Em determinado momento, uma testemunha tenta puxar o suspeito e evitar a imobilização policial. Então, começa uma luta corporal em que o suspeito fica próximo à cabeça do agente, levanta a arma e atira à queima-roupa no pescoço do PM. Pelas imagens corporais, nota-se que o cabo Santana não percebe que o suspeito está armado.
Após o disparo, o policial cai ofegante no chão e os vizinhos começam a gritar. Imediatamente, ele aciona o Copom e pede apoio, avisando que foi baleado e que teve a arma roubada pelos suspeitos. “Roubaram minha arma. Estou baleado.”
Comparsa solto
A Justiça também havia determinado a soltura de Gabriel Vieira dos Santos, suspeito que aparece no vídeo (veja abaixo) roubando a arma de Johannes Santana na ação.
A determinação veio junto com a negativa para a prisão preventiva de Gabriel, levando em conta o fato de o suspeito ser réu primário e ter bons antecedentes.
“Não se verifica, a princípio, qualquer comportamento do corréu Gabriel que justificasse a medida extrema da segregação cautelar”, explica a juíza. Ela ainda completa dizendo “que as medidas cautelares diversas da prisão se revelariam suficientes à hipótese”.
Mesmo solto, Gabriel deve cumprir duas medidas cautelares: comparecimento bimestral em juízo para justificar suas atividades e proibição de se ausentar da comarca por prazo superior ao de sete dias, sem autorização prévia do juízo.
Um eventual descumprimento das cautelares poderá resultar na decretação de prisão preventiva.
Prisão de Gabriel
- Gabriel Vieira dos Santos foi preso pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) dois dias após o crime.
- Com o detido, as autoridades também recuperaram a pistola usada pelo policial militar no momento em que foi baleado e uma lanterna.
- O suspeito foi encaminhado à sede do departamento.