Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Salgueiro desta quarta-feira (9), o vereador Léo Parente (PRD) utilizou a Tribuna para fazer um discurso marcado por denúncias e apelos por mais eficiência na área da saúde, especialmente em relação à frota de ambulâncias.
Léo iniciou sua fala com saudações ao vereador Augusto Matias, ao cidadão Bigode e a todos os amigos e familiares do vereador empossado. Cumprimentou o pequeno Miguel, filho de Eduarda Sampaio e Emmanuel, desejando-lhe saúde, e registrou a presença de seus tios Hilda e Chico, a quem também dirigiu votos de carinho.
Defensor do uso da Tribuna como instrumento democrático, Léo destacou que esse espaço é garantido constitucionalmente para que vereadores e cidadãos exponham as dificuldades reais vividas pela população. O parlamentar relembrou que, ainda em 2024, utilizou seu perfil no Instagram para denunciar ambulâncias paradas e a escassez de vans para pacientes do TFD (Tratamento Fora de Domicílio), o que impedia deslocamentos essenciais a cidades como Recife.
Léo argumentou que o número de ambulâncias disponíveis é extremamente baixo para a demanda da cidade. Segundo ele, mesmo com a aquisição de dezenas de veículos, ainda não seria suficiente para atender aos mais de 60 mil habitantes de Salgueiro. Em tom crítico, simulou que se a cidade tivesse adquirido duas ambulâncias por ano ao longo dos últimos 25 anos, já contaria hoje com 50 unidades. Compartilhou, ainda, relatos atuais de dificuldade para conseguir transporte para pacientes, incluindo uma gestante que precisava ir até Petrolina e uma mulher, Tati, que aguardava transporte de volta de Recife.
O vereador lamentou o sofrimento da população diante da falta de ambulâncias, do difícil acesso a exames como a ressonância magnética e da ausência de pavimentação há quatro anos. Reforçou que apenas a gestão de Clebel investiu efetivamente na compra de ambulâncias e cobrou que a atual gestão enfrente o problema com responsabilidade.
Léo também criticou vereadores que, segundo ele, ignoram os investimentos realizados, como os R$ 1,5 milhão aplicados em asfalto, preferindo focar em críticas sobre problemas antigos. Destacou que, enquanto a contratação de uma banda pode ser feita por licitação simplificada, o processo para aquisição de ambulâncias é mais demorado devido à legislação federal — o que, em sua visão, não justifica a lentidão da prefeitura.
Encerrando sua fala, Léo Parente pediu agilidade na implementação das medidas prometidas para a saúde e afirmou que o abandono ao qual Salgueiro foi submetido é profundo. “Hoje, o povo paga caro por esse descaso”, concluiu.
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