Homem de 30 anos é detido sob mandado de prisão temporária após investigações revelarem padrão sistemático de crimes sexuais no Guará.
Líder de igreja evangélica no Guará, DF, foi preso sob suspeita de abusar sexualmente de adolescentes por seis anos, explorando vulnerabilidades.
Um homem de 30 anos, líder de uma igreja evangélica localizada no Guará, Distrito Federal, foi preso na última sexta-feira (26 de julho) sob a grave acusação de abusar sexualmente de adolescentes. As investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indicam que os crimes teriam ocorrido por um período de pelo menos seis anos, revelando um “padrão sistemático” de conduta.
A Justiça do DF emitiu um mandado de prisão temporária, com validade de 30 dias. O suspeito, cujo nome não foi divulgado pelas autoridades, foi detido em sua residência. A PCDF destacou que o homem teria cometido os abusos de forma “recorrente e premeditada”, utilizando sua posição de liderança religiosa e sua atuação em cursos temáticos voltados à sexualidade e “integridade sexual” de adolescentes para ter acesso privilegiado às vítimas.
A Manipulação Psicológica e as Vítimas
O modus operandi do investigado demonstrou um elevado grau de manipulação psicológica. Ele convidava as vítimas para encontros individuais sob pretextos falsos, criando situações de isolamento.
A progressão das condutas, conforme apurado, iniciava-se com aproximações aparentemente inofensivas e evoluía gradualmente para toques em regiões íntimas, gerando dependência emocional e profundo sofrimento psíquico nos jovens.
As vítimas são adolescentes do sexo masculino, que na época dos fatos, entre 2019 e 2024, tinham idades entre 10 e 17 anos. Até o momento, quatro pessoas foram formalmente identificadas, e a polícia está investigando outros oito casos que apresentam similaridades com as denúncias iniciais.
Além da prisão, a Justiça determinou o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Os sigilos telemático e telefônico do suspeito dos últimos cinco anos foram quebrados, e medidas protetivas foram instauradas, incluindo seu afastamento imediato das funções na igreja e a proibição de aproximação das vítimas.
A Igreja Batista Filadélfia, onde o suspeito atuava, manifestou-se por nota, afirmando que colabora com a polícia e a Justiça e que o suspeito não é pastor, mas um membro voluntário em funções de liderança do Ministério dos Adolescentes.