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Menopausa e risco cardíaco: 80% das mulheres vive em alerta

Embora os sintomas menstruais possam ser muito desconfortáveis para algumas mulheres, eles não se comparam à intensidade dos efeitos colaterais enfrentados durante a menopausa.

Desde o acúmulo persistente de gordura abdominal até as ondas de calor frequentes e o envelhecimento da pele, a lista de sintomas da menopausa parece interminável. No entanto, não cuidar do corpo nesse período de transição pode prejudicar seriamente a saúde — especialmente a do coração.

Um novo estudo publicado no periódico Menopause e citado pelo site Best Life aponta que mulheres na menopausa correm mais risco de sofrer um evento cardiovascular quando apresentam pontuação baixa no Life’s Essential 8 (LE8) — um sistema que avalia fatores e comportamentos de saúde cardíaca.

Segundo os pesquisadores, apenas uma em cada cinco mulheres nessa fase atinge pontuação considerada ideal no LE8.

O LE8 considera oito componentes: alimentação, prática de atividade física, exposição à nicotina, qualidade do sono, índice de massa corporal (IMC), níveis de colesterol, glicose no sangue e pressão arterial.

“Já havíamos demonstrado que a transição para a menopausa é um período em que o risco cardiovascular se acelera”, afirmou em nota o pesquisador sênior do estudo, Samar R. El Khoudary, professor de epidemiologia da Escola de Saúde Pública da Universidade de Pittsburgh. “Este novo estudo reforça que esse também é um momento de oportunidade para que as mulheres assumam o controle da saúde do próprio coração.”

Pesquisas anteriores já haviam ligado a privação de sono — dormir menos de seis horas por noite — ao aumento no risco de doenças cardiovasculares. Um estudo de 2024 também mostrou que mulheres na pré-menopausa e no início da perimenopausa que dormem menos de sete horas e acordam com frequência à noite são mais propensas a sofrer AVC, infarto ou ataque cardíaco.

De acordo com as diretrizes do Life’s Essential 8, adultos devem dormir entre sete e nove horas por noite. Problemas no sono podem aumentar o risco de depressão, ansiedade, demência, doenças cardíacas, pressão alta, níveis elevados de açúcar no sangue e colesterol alto.

“Como as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre mulheres, os dados mostram a importância de intervenções médicas e mudanças no estilo de vida para melhorar a saúde do coração durante e após a menopausa”, concluiu El Khoudary.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram 2.924 registros de saúde de mulheres de meia-idade que participaram do Study of Women’s Health Across the Nation (SWAN). A saúde cardiovascular das participantes foi avaliada com base nos critérios do Life’s Essential 8, desde o início do estudo — por volta dos 46 anos — até os anos seguintes, ao longo da evolução da saúde de cada uma.

Os autores fizeram uma análise comparativa para verificar a incidência de doenças cardiovasculares subclínicas, como o espessamento da artéria carótida, além de eventos clínicos como infarto, AVC e até óbitos por outras causas.

Como era esperado, quanto melhor a pontuação no LE8, melhores eram os desfechos de saúde. No entanto, apenas 21% das participantes apresentaram pontuação considerada ideal. Pontuações mais baixas se associaram a um risco cardiovascular significativamente maior.

Entre os oito componentes do LE8, quatro se destacaram como os mais impactantes nos riscos cardíacos: glicemia, pressão arterial, qualidade do sono e uso de nicotina.

Curiosamente, entre esses fatores, o sono foi apontado como um possível preditor de comorbidades a longo prazo causadas por eventos cardiovasculares e mortalidade. Os autores ressaltam, no entanto, que o sono não mostrou relação direta com o espessamento da artéria carótida a curto prazo.

Foto  Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

 

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