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Movimento que salva: exercício físico impacta a fertilidade e o tratamento do câncer

Quando falamos sobre câncer, saúde da mulher e fertilidade, é comum que o foco fique restrito aos avanços nos tratamentos médicos. No entanto, o papel do estilo de vida, especialmente da prática regular de atividade física, é um aliado real e poderoso não só na qualidade de vida, mas também nos resultados dos tratamentos oncológicos e na preservação da fertilidade.

Esse é, inclusive, um dos temas que debatemos na série “Mitos ou Verdades” sobre a saúde da mulher, lançada recentemente nas redes da Orentt Medical. E começamos justamente derrubando um dos mitos mais comuns: acreditar que o estilo de vida não influencia a fertilidade. A verdade é exatamente o contrário. Influencia e muito.

Sabemos que muitos tratamentos contra o câncer, como quimioterapia, hormonioterapia e radioterapia, podem impactar diretamente a função ovariana, antecipando a menopausa e comprometendo a capacidade reprodutiva. Por isso, cada vez mais mulheres em idade fértil são orientadas a discutir estratégias de preservação da fertilidade, como o congelamento de óvulos ou embriões, antes de iniciar o tratamento. No entanto, o que muitas vezes é negligenciado é o impacto que escolhas de estilo de vida, especialmente o exercício físico, têm na saúde hormonal, metabólica, reprodutiva e no enfrentamento do câncer.

O exercício físico não é apenas uma prática de bem-estar. Ele melhora o metabolismo, regula a sensibilidade à insulina, reduz a inflamação crônica, preserva a massa muscular e ajuda a equilibrar os hormônios. Todos esses fatores são absolutamente fundamentais não apenas para a saúde geral, mas também para a fertilidade e para a resposta do organismo aos desafios do tratamento oncológico.

Os dados são contundentes. No Congresso ASCO 2025, principal evento global em oncologia, um estudo com pacientes com câncer colorretal apresentou um resultado surpreendente: aqueles que praticaram exercícios físicos regularmente durante três anos tiveram uma redução de 37% no risco de morte, mesmo recebendo exatamente o mesmo tratamento convencional que os pacientes sedentários.

Esse dado revela algo muito poderoso: o movimento não só melhora sintomas, disposição e qualidade de vida, como tem efeito direto sobre os mecanismos biológicos do câncer. Modula a inflamação, fortalece o sistema imunológico, melhora o metabolismo e impacta positivamente até na sobrevida.

Se isso vale no contexto do câncer ativo, imagina o quanto o exercício também faz diferença na saúde hormonal, na longevidade, na preservação da fertilidade e no enfrentamento das mudanças hormonais da menopausa. O corpo responde de forma muito consistente.

Para quem enfrenta um câncer, os benefícios são múltiplos. O exercício ajuda a reduzir a fadiga provocada pelos tratamentos, melhora o humor, a qualidade do sono e a saúde mental. Também preserva a massa muscular, protege contra a perda óssea — muitas vezes agravada por terapias hormonais —, controla o peso e reduz o risco de doenças cardiovasculares. Além disso, ajuda a regular o estresse, melhora a produção de neurotransmissores como serotonina, dopamina e endorfinas, e promove bem-estar físico e emocional em um momento tão delicado.

Para quem busca preservar ou melhorar a fertilidade, os efeitos metabólicos, hormonais e anti-inflamatórios do exercício são igualmente valiosos. Eles ajudam a regular ciclos, favorecem a ovulação e fortalecem o equilíbrio geral do organismo, preparando o corpo para uma gestação saudável, se este for o desejo da mulher.

É importante reforçar que não estamos falando de treinos exaustivos ou de alta performance. Estamos falando de movimento regular, acessível e adaptado à realidade e às possibilidades de cada pessoa. Nem de academia X, Y ou Z. Fazer exercícios físicos não requer tecnologia e é totalmente democrático.

E se não der para fazer todos os dias, tudo bem. O mais importante é começar. Mesmo pequenas doses de movimento já são capazes de gerar impactos reais na saúde de forma geral. O movimento não substitui o tratamento médico, mas complementa, fortalece e potencializa os resultados. Ele se torna, de fato, uma parte essencial da estratégia de cuidado, seja na prevenção, no enfrentamento do câncer, na preservação da fertilidade ou na qualidade de vida durante e após o tratamento.

Falar de exercício físico é falar de autocuidado, de investir na própria saúde, de reduzir riscos, melhorar desfechos e, sim, viver mais e melhor. Um ato de amor-próprio. Um compromisso com a própria vida.

*Com a colaboração de Valéria Ribeiro, CEO da Orentt Medical

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