A mulher de 48 anos que denunciou ter sofrido estupro no posto do batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), da Polícia Militar, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana, foi até a sede na corporação, no Quartel do Derby, na área central do Recife, nesta terça (14), para tentar fazer o reconhecimento do suposto agressor.
O caso teria ocorrido na noite da sexta-feira (10), por volta das 22h30, e foi formalmente registrado no sábado (11), na Delegacia da Mulher do município.
Segundo a advogada a mulher, Maria Julia Leonel, houve o reconhecimento de dos três policiais que estavam no local onde teria acontecido o crime sexual.
Os nomes deles nem as patentes foram divulgados.
Ainda conforme a defensora, o policial que teria praticado o estupro propriamente dito não foi para a sede da PM. Ele alegou, segundo a advogada da mulher, que está de licença médica de três dias, em virtude de um acidente.
Além disso, disse a advogada, os dois policiais que estariam no local no dia do crime, conforme o reconhecimento da suposta vítima, foram ao Quartel do Derby nesta terça. No entanto, não aceitaram oferecer, de forma espontânea, material genético para análise.
“Ela não reconheceu o agressor direto. Então, a gente está no aguardo desse terceiro policial. Ele foi intimado para vir aqui para que fosse feito marcada uma nova agenda de reconhecimento”, afirmou a advogada.
A advogada disse que foi surpreendida com a convocação para ir ao Quartel do Derby, para o reconhecimento. Ela informou que a mulher já tinha sido ouvida da delegacia do Cabo.
“Só foi confirmação do testemunho, mas ainda assim quiseram inquirir uma das testemunha. E aí a gente tá sem saber na verdade. Isso acaba gerando a revitimização, essa duplicidade investigativa, porque a vítima ela precisa ficar repetindo “, observou.
Fonte: Diario de Pernambuco

