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Os Incansáveis Administradores

Desde os primórdios da civilização, o ser humano buscou organizar atividades, gerir recursos e planejar ações coletivas. Muito antes de se falar em “ciência da administração”, já existiam práticas de liderança, divisão de tarefas e controle — seja nas antigas civilizações mesopotâmicas, nas construções das pirâmides do Egito ou nos sistemas de comércio do período medieval. Esses homens e mulheres, ainda sem título formal, foram os primeiros a exercer o papel de administradores incansáveis.

Antes da Revolução Industrial

Antes do advento da Revolução Industrial, a administração estava diretamente ligada à agricultura, ao artesanato e ao comércio. As práticas eram empíricas, baseadas na experiência acumulada e na tradição familiar. Os administradores de então eram os mestres de ofício, os comerciantes e os líderes comunitários, que tinham como missão garantir a sobrevivência, a prosperidade e a harmonia das atividades humanas.

Durante a Revolução Industrial

Com a Revolução Industrial, no século XVIII, a administração passou a ser exigida em um novo patamar. As fábricas, a mecanização e a expansão das cidades trouxeram desafios complexos: organização da produção em larga escala, controle da mão de obra, logística e finanças. Surgem, nesse contexto, os primeiros administradores formais, responsáveis por estruturar o trabalho e racionalizar os processos. Foi nesse cenário que nasceram as teorias clássicas da administração, com pensadores como Frederick Taylor, Henry Fayol e Max Weber, que sistematizaram princípios que ainda hoje norteiam a prática administrativa.

Pós-Revolução Industrial

No período pós-industrial, já no século XX, a administração se expandiu para além das fábricas. Passou a dialogar com áreas como marketing, recursos humanos, inovação e sustentabilidade. Os administradores tornaram-se agentes estratégicos, capazes de compreender os movimentos do mercado global e de articular recursos para transformar realidades. No Brasil e no mundo, a profissão ganhou reconhecimento, consolidando-se como um dos pilares do desenvolvimento econômico e social.

Os Primeiros Administradores: Mundo, Brasil e Nordeste

No mundo, os primeiros administradores sistematizados surgem no contexto europeu e norte-americano, vinculados à indústria e às escolas de negócios. No Brasil, a profissionalização da administração se consolidou a partir da década de 1960, com a criação dos primeiros cursos superiores e com a regulamentação da profissão em 1965.

No Nordeste, o desafio foi ainda maior: administrar significava superar adversidades, lidar com limitações de infraestrutura e promover o desenvolvimento regional. Os administradores nordestinos, com resiliência e visão, assumiram o papel de protagonistas na transformação econômica e social da região, ampliando o alcance da profissão e valorizando o potencial humano.

A Valorização do Administrador e o Papel do CRA-PE

A valorização do administrador está diretamente associada ao fortalecimento de suas instituições representativas. O Conselho Regional de Administração de Pernambuco (CRA-PE) desempenha papel essencial nesse processo, garantindo a fiscalização do exercício profissional, promovendo capacitação contínua e defendendo os interesses da categoria. É por meio do CRA-PE que os administradores têm voz ativa na sociedade, sendo reconhecidos como agentes indispensáveis para o crescimento sustentável e inovador.

As Instituições de Ensino: FCAP, UPE – Campus Salgueiro e Outras

As instituições de ensino superior são berço e motor da formação de administradores. A Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (FCAP/UPE) é referência histórica, sendo responsável pela formação de quadros que atuam em diversos setores estratégicos do Estado. No Campus Salgueiro da Universidade de Pernambuco (UPE), essa missão se expande para o Sertão Central, democratizando o acesso à educação superior e formando gestores que conhecem a realidade local e contribuem com soluções criativas e inovadoras para os desafios regionais. Outras instituições do Nordeste reforçam essa rede, ampliando a presença e o impacto dos administradores em diferentes contextos.

O Administrador do Futuro

O futuro reserva ao administrador papéis ainda mais desafiadores. Com a ascensão da Indústria 4.0, da transformação digital, da sustentabilidade e da inteligência artificial, espera-se que o administrador seja um líder humanista, inovador e ético. Incansável, continuará a ser aquele que organiza o caos, que planeja em meio às incertezas e que inspira equipes na busca por resultados sustentáveis e socialmente responsáveis.

O administrador do futuro não será apenas gestor de recursos, mas construtor de caminhos — alguém capaz de unir tecnologia e humanidade, estratégia e sensibilidade, visão global e compromisso local.

Ass : Guilherme Magalhaes Amorim (filiado no Cra-Pernambuco)

Professor Especialista em logística empresarial

Professor Pesquisador da Upe Salgueiro

Membro da Anelog

Conselheiro do Cra Pernambuco.

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