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Partido abre processos e deve expulsar Sabino, que insistirá em Lula

O União Brasil abriu dois processos disciplinares contra o ministro do Turismo, Celso Sabino. O partido rompeu relações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas o titular da pasta, de olho em concorrer ao Senado pelo Pará com apoio do petista, sinalizou que não pretende abandonar o governo.

Segundo fontes da cúpula do União Brasil, ouvidas sob reserva pelo Metrópoles, foram abertos dois pedidos de punição, que podem resultar na expulsão da sigla por infidelidade partidária. Ambos tiveram relatores distribuídos. São eles: o deputado Fabio Schiochet (SC) e a senadora Dorinha Seabra (TO).

Inicialmente, o União Brasil deu até o dia 2/10 para Sabino deixar o governo. Mas o acirramento da desavença da cúpula da legenda com o presidente Lula antecipou esse prazo para o dia 18/9. O ministro do Turismo, porém, seguiu tentando postergar a data limite, angariando apoio na sua bancada.

Interlocutores do titular da pasta indicam que ele tem apoio de uma ala minoritária no partido, e que por isso deve rever o pedido de demissão e insistir em permanecer no cargo. Tanto que, num evento com Lula na quinta-feira (2/10), ele afirmou que “um partido” jamais vai separá-los.

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Lula e Sabino

Ricardo Stuckert / PR

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Deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) durante almoço com presidente Lula e governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), em Belém

Divulgação

4 de 4Igo Estrela/Metrópoles
@igoestrela

Ainda há dúvidas no União Brasil se uma eventual saída forçada da sigla por infidelidade partidária levaria à perda do seu mandato de deputado federal, do qual se licenciou para assumir o Turismo. Mas uma expulsão, calcula a sigla, pode complicar seus planos de candidatura ao Senado.

Sabino é presidente do União Brasil no Pará, e isso significa que ele tem autonomia para concorrer ao Senado e tentar o apoio do presidente Lula. Se ficar sem partido, o ministro precisará procurar outra legenda que lhe garanta a candidatura.

No Pará, há uma disputa de candidaturas de esquerda e centro-esquerda. O governador Helder Barbalho (MDB) concorrerá a uma das vagas, e apoiará o atual presidente da Assembleia Legislativa do estado, Chicão (MDB), para a segunda.

Dessa forma, Sabino precisaria achar uma legenda que disposta a rivalizar com Helder, e ainda assim aceitar sem constrangimentos um eventual apoio do presidente Lula. E é nessa dificuldade que o União joga para forçar a saída de Sabino.

Desembarque

O União Brasil anunciou uma federação com o PP. Dessa forma, as siglas passarão a funcionar como um só partido pelos próximos quatro anos. O objetivo da aliança é o lançamento de um candidato de direita em 2026, para concorrer contra Lula.

Nesse sentido, a exigência de rompimento com o governo foi anunciada como o primeiro passo para a disputa contra o petista. Mas ambas as legendas ainda possuem alas governistas.

Enquanto o União já agiu para preparar a expulsão de Sabino, a situação no PP é um pouco mais calma. O presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira, deu até terça (7/10) para o ministro do Esporte, André Fufuca, deixar o cargo.

Fonte: Metropole

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