João Ferreira da Silva, de 46 anos, foi executado na entrada de uma pousada em Mato Grosso; ele havia cumprido pena por estupro e assassinato de uma criança em 2005.
Um pedreiro condenado por estupro e homicídio foi morto a tiros em Sinop (MT) menos de 24 horas após deixar a prisão, chocando a comunidade local.
Menos de 24 horas após ser liberado da Penitenciária Osvaldo Ferreira Leite, o pedreiro João Ferreira da Silva, de 46 anos, foi brutalmente executado a tiros na manhã desta quarta-feira, 10 de abril, na cidade de Sinop, Mato Grosso. João havia sido condenado por um crime hediondo: o estupro e assassinato do menino Bruno Aparecido dos Santos, de apenas 9 anos, ocorrido em 2005, um caso que chocou a comunidade local.
O homicídio aconteceu de forma rápida e premeditada, na entrada de uma pousada onde João estava hospedado. Câmeras de segurança do estabelecimento registraram a ação dos criminosos.
As imagens mostram dois homens mascarados se aproximando do local. Um deles chega a entrar brevemente na recepção, enquanto o outro aguarda.
Pouco depois, João aparece do lado de fora e é imediatamente encurralado por um dos criminosos, que o empurra e aponta uma arma. O segundo suspeito permanece em posição de cobertura, garantindo a execução.
O atirador disparou várias vezes a poucos metros da porta, e João caiu na calçada, morrendo no local antes mesmo da chegada de socorro.
A Polícia Civil do Mato Grosso foi acionada e já iniciou uma rigorosa investigação para esclarecer as circunstâncias exatas e, principalmente, a motivação por trás da execução. As autoridades estão analisando as imagens das câmeras de segurança, coletando depoimentos e buscando qualquer pista que possa levar à identificação e captura dos assassinos. A linha de investigação inicial considera a possibilidade de vingança, dada a natureza do crime pelo qual João havia sido condenado.
O Passado Sombrio do Condenado
João Ferreira da Silva era uma figura conhecida no sistema prisional da região, tendo sido condenado pela morte de Bruno Aparecido dos Santos. O menino Bruno desapareceu em outubro de 2005, e seu corpo foi encontrado dias depois, enterrado em uma cova rasa no quintal do pedreiro.
A criança estava sem roupas e com as mãos amarradas, evidenciando a brutalidade do crime. A descoberta do assassinato de Bruno veio à tona após João tentar violentar outra criança, de 12 anos, o que levou à sua prisão e ao subsequente desvendamento do caso anterior.
Durante as investigações do desaparecimento de Bruno, os policiais identificaram uma série de indícios que ligavam João ao crime. Confrontado com as evidências, ele acabou confessando ter abusado sexualmente e matado o menino.
Em 2008, João Ferreira da Silva foi julgado e condenado a uma pena de 42 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Sua recente libertação, após cumprir parte da pena, havia gerado apreensão em alguns setores da sociedade, e agora seu assassinato reabre feridas e levanta novas questões sobre a justiça e a violência na região.

