Pernambuco vislumbra um futuro promissor na produção de combustíveis alternativos, como biometano e e-metanol. A governadora Raquel Lyra expressou otimismo durante entrevista, destacando o potencial do estado como fornecedor de insumos essenciais, como etanol e CO2.
A visita da governadora à China incluiu uma ida à primeira fábrica mundial de e-metanol, um combustível visto como revolucionário para a logística global, especialmente nos setores naval e aéreo. Na Dinamarca, ela conheceu a planta da European Energy, uma das maiores produtoras de biometano, que planeja instalar uma unidade em Suape para atender à crescente demanda por esses combustíveis.
A European Energy convidou Lyra para conhecer suas instalações, ressaltando a utilização pioneira de biometano para o transporte marítimo na Europa, em parceria com a Maersk. Esta última, que está construindo um novo terminal de contêineres em Suape, sinalizou interesse em utilizar e-metanol produzido localmente para abastecer seus navios.
A Maersk aproveitou a oportunidade para anunciar planos de antecipar em sete anos a construção de um segundo terminal de contêineres em Suape, ao lado do terminal já em construção. A empresa almeja inaugurar o primeiro terminal entre maio e agosto de 2025, dando início imediato à construção do segundo, consolidando-os como os mais modernos e sustentáveis da América Latina.
O governo de Pernambuco tem como objetivo central se tornar um polo de produção de novos combustíveis, aproveitando a já consolidada produção e uso de etanol. A produção de biometano pode atrair investimentos e impulsionar a logística na região.
Após os contatos na Dinamarca, o governo estadual busca explorar ao máximo o potencial da cana-de-açúcar e a produção de etanol, visando alternativas de descarbonização e a redução da emissão de gases fósseis.
Nos próximos dias, Pernambuco receberá a vice-presidente executiva global da Maersk, Caroline Pontoppidan, para discutir o projeto da companhia no Brasil, com foco no terminal de Suape.
Além disso, o governo estadual espera fortalecer a parceria entre a empresa pernambucana de baterias Moura e a chinesa CATL, visando a produção de componentes para a eletrificação de veículos automotores no Brasil.
Em relação à infraestrutura, a governadora detalhou os motivos do atraso na assinatura da ordem de serviço do primeiro trecho do Arco Metropolitano, que deve ocorrer ainda este mês. O contrato com a construtora já foi assinado, mas as obras só começarão após a posse de toda a faixa de domínio por onde a rodovia passará. O primeiro trecho será executado diretamente pelo governo de Pernambuco, com recursos já disponíveis. A previsão de entrega é até novembro de 2025.

