O município de Parnamirim, localizado no sertão pernambucano, tem sido palco de uma série de denúncias que envolvem práticas de perseguição política na atual gestão do prefeito Múcio Angelim. As acusações, feitas por moradores, servidores públicos e até ex-integrantes da própria administração, têm gerado revolta, inquietação e acirrado ainda mais o clima político na cidade.
Censura Cultural: Música e Política Andam Juntas?
O setor cultural também não escapou do cenário de retaliações. Em vídeo que circula nas redes sociais, a ex-secretária de Cultura do município denuncia que a atual gestão recusou, por motivações políticas, a participação do cantor Ralysson Vaqueiro, uma das atrações disponibilizadas pelo Governo do Estado para as festividades de São João em Parnamirim. A ex-secretária afirma ter tentado dialogar diretamente com o prefeito Múcio Angelim, sem sucesso.
A decisão, classificada por muitos como um verdadeiro boicote, acendeu ainda mais o alerta sobre o uso da máquina pública para perseguição e censura velada de manifestações culturais associadas a opositores.
O Áudio Que Chocou Parnamirim: Oposição tem vez?
O episódio mais recente, e talvez o mais emblemático desse cenário, envolve um áudio atribuído ao atual Secretário de Cultura, Donizete Batista, que viralizou nas redes sociais e grupos de WhatsApp. Na gravação, o secretário deixa claro que caberá a ele decidir quem poderá montar barracas de alimentos e bebidas nas festas municipais.
O tom da declaração não deixa margem para dúvidas: quem é identificado como oposição pode, simplesmente, não receber autorização para trabalhar durante os eventos. O áudio sugere que o secretário não permitirá que quem é oposição tenha barraca e comercialize nas festas municipais, em tom que muitos classificaram como abusivo, autoritário e incompatível com o espírito democrático que deve reger a gestão pública.
Reflexo de uma Velha Política?
O cenário que se desenha em Parnamirim não é apenas local: reflete um modus operandi antigo, onde a máquina pública é utilizada como instrumento de vingança, controle e perpetuação de poder.
A cidade de Parnamirim observa, atenta, o desenrolar dos próximos capítulos.
Veja o áudio.
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