O que aconteceria na fronteira do Brasil com a Venezuela, se o presidente Donald Trump autorizasse uma ação militar de suas forças concentradas na costa daquele país onde está estacionando o maior porta-aviões americano capaz de destruir toda a estrutura militar daquele país numa única intervenção?
Nos últimas semanas, as possíveis respostas para essa perturbadora questão estão no centro de discussões de várias esferas do governo brasileiro não apenas no Itamaraty, mas no Ministério da Defesa.
Efeito Ucrânia
É perfeitamente previsível. Assim como aconteceu na primeira semana de bombardeios da Rússia no território da Ucrânia, a primeira onda de disparos dos dispositivos americanos contra o território da Venezuela, faria milhares de pessoas tentar sair de seu país carregando o que for possível descendo pelas rotas terrestres do Brasil e da Colômbia fugindo de uma guerra que estaria apenas nos primeiros bombardeios.
Naturalmente, os alvos seriam as bases militares e a frota de aviões que a Venezuela recebeu da Rússia nos últimos 20 anos, de modo a neutralizar uma reação aérea. Embora não esteja descartada uma invasão territorial em algum ponto do litoral venezuelano como ação de tropas e até veículos militares mirando uma cabeça de ponte como entrada no país.
Onda de fugitivos
Estratégias militares à parte, o que preocupa muito o governo brasileiro é como gerenciar uma onda de venezuelanos em pânico em direção às nossas fronteiras. O que obrigaria o governo brasileiro a deslocar forças militares para a fronteira para também conter qualquer ação de tropas venezuelanas.
São preocupações reais que vários escalões do governo discutem, embora o objetivo seja evitar o primeiro disparo de Donald Trump. E o desenho de cenários do comportamento dos militares venezuelanos que, de fato, são os que olham para quem sustenta Maduro no poder desde a morte de Hugo Chávez.

Vladimir Padrino
Personagens como o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, são certamente o maior alvo militar numa eventual saída de Maduro. E ele é, de fato, um dos personagens mais decisivos de que seria uma reação militar venezuelana pelo que representa para as forças armadas.
É que no final de 1998, quando se elegeu pela primeira vez, o então coronel Hugo Chávez levou para o novo governo alguns companheiros da caserna que ajudaram na campanha eleitoral. Entre eles estava o também coronel Vladimir Padrino López que se integrou à campanha e, a seguir, foi promovido a general. Ele está no Ministério del Poder Popular para la Defensa desde 2014.
Resistência ao golpe
E foi Padrinho que em 2002, ainda como comandante do Batalhão de Infantaria Simón Bolívar, liderou a resistência ao golpe de Estado de um grupo de adversários do governo. Ele se tornou um dos personagens militares que mais defendeu a república bolivariana de Chávez tendo, inclusive, cuidado de organizar a guarda pessoal do presidente.
Padrino López é autor do livro “Operações do Processo de Preparação”, que é usado como referência em todos os institutos, escolas e universidades e na formação profissional das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas.

Herói na caserna
Tornou-se um herói na caserna e é forte e influente desde então. Os militares, como se sabe, ganharam mais força e poder ainda durante o governo de Hugo Chávez, entre 1999 e 2013.
E na verdade, quando Nicolás Maduro assumiu a Presidência em 2014, logo após a morte de Chávez, foi Padrino que o ajudou a continuar a política numa nova parceria com os militares.
Remoção de Maduro
Por isso, quando no começo de novembro a ideia de remoção de Maduro pela força foi Vladimir Padrino López, quem em nome falou à frente de um grupo de generais e com roupas de camuflagem de guerra.
“Nós amamos a paz, amamos profundamente a paz, não queremos guerra nem aqui nem em lugar nenhum do mundo, mas se vierem tocar na Venezuela, bem, nos encontrarão aqui”, declarou.
Sem ação militar.
Isso quer dizer que se houver uma reação da Venezuela a uma ação militar, o general que vai fazer isso é Vladimir Padrino López. Mas o que se trabalha hoje no Brasil é que as coisas se resolvam sem uma ação militar.
E foi esse movimento que fez Brasil e Estados Unidos enviarem o bilionário Joesley Batista, coproprietário da JBS, à Venezuela para tentar persuadir o presidente Nicolás Maduro a renunciar ao cargo, como havia pedido Donald Trump, dos Estados Unidos, em ‘ultimato’ ao país. Usando o seu próprio avião, uma aeronave Bombardier Global 7500, saiu de São Paulo à meia-noite do domingo (23) e aterrissou em Caracas pela manhã.

Avião próprio
Joesley Batista não gastaria seu QAV para falar com o amigo Maduro sem que ao menos uma dúzia de pessoas dos dois países soubessem (inclusive Lula e Trump). Jabuti não sobe em árvore e muito menos voa. Portanto, Joesley Batista prestou um serviço bilateral.
Só que não resolveu e é aí que começa o desenho de estratégias do impacto de uma ação militar a partir do colossal USS Gerald R. Ford. O mais moderno vaso de guerra americano que para se deslocar precisa ser acompanhado por oito outros navios de escolta e componentes de apoio.
Gerenciar as rotas
No cenário terrestre o que se discute é como gerenciar as rotas de migração da Venezuela para o Brasil, que se concentram majoritariamente na fronteira Norte, em Roraima, com o principal ponto de entrada sendo a cidade de Pacaraima, que faz divisa com a Venezuela, Santa Elena de Uairén!
Segundo o IBGE, por ocasião do Censo 2022 houve um aumento exponencial, de menos de 3 mil em 2010 para mais de 271 mil em 2022, ano da contagem da população. Desde 2017, quase 700 mil venezuelanos migraram para o Brasil, com 199 mil ano passado. Numa indesejada guerra as estimativas são de até um milhão de pessoas.

Fornecedor antigo
E para quem se assustou com Joesley Batista desembarcando na Venezuela, basta dizer que foi sua empresa no setor elétrico, a Âmbar, que viabilizou a chegada de energia produzida na Venezuela para Roraima. Mas Joesley presta serviços à Venezuela há mais tempo.
Em 2015, foi a JBS quem fechou um acordo de cerca de US$2 bilhões para vender ao governo venezuelano grandes volumes de carne bovina e frango para o país que estava em grave crise de alimentos. Ambos negociados pelo mesmo Joesley Batista que fala hoje direto com Lula como Trump.

O custo emocional dos golpes nos 60+
Ficou pronta uma pesquisa realizada pela Serasa e com a plataforma Silverguard que investigou o comportamento dos brasileiros acima de 60 anos em relação a golpes dos quais foram vítimas através dos vários canais digitais.
Os resultados são perturbadores. Os entrevistados relatam frustração (29%), raiva (25%), medo (19%), vergonha (11%) e impactos na saúde, como ansiedade e insônia (16%). Os problemas estão identificados mesmo naqueles que não caíram em algum golpe ou não chegaram a perder dinheiro
Eles relataram (57%) mudança de hábitos e deixaram de cadastrar cartão em sites pouco conhecidos. Outros 49% agora evitam abrir links, mesmo enviados por familiares, e procuram ajuda de terceiros, parentes mais jovens. A pesquisa mostra que 4 em cada 10 idosos já foram vítimas de golpes financeiros, e quase metade sofreu ao menos uma tentativa recente.
A pesquisa identificou um modo de atuação semelhante aos golpistas iniciando o contato, oferecendo supostos “descontos exclusivos” válidos por tempo limitado e enviando links que direcionam o consumidor para páginas falsas ou números de atendimento que simulam equipes oficiais. Os ataques aos idosos ocorrem por e-mail (45%) , seguidos por WhatsApp (21%), anúncios em sites e aplicativos (11%), redes sociais (9%), apps de busca (5%) e SMS (2%).

Vendas de Natal
A Confederação Nacional do Comércio está otimista com as vendas no varejo relacionadas ao Natal projetando um volume de vendas que chegue a R$72,71 bilhões em 2025, 2,1% a mais do que o negociado na mesma data de 2024, quando o faturamento chegou a R$71,2 bilhões. Caso a estimativa seja confirmada, 2025 seria o melhor Natal para o comércio desde 2014 (R$77,26 bilhões). O faturamento deve levar a um aumento de aproximadamente 5% na quantidade de vagas temporárias para o Natal de 2025.
Comprando de volta
A Petrobrás e o fundo de investimento árabe Mubadala voltaram a conversar sobre o futuro da Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde (BA). É o resultado de um desenho negociado a nível de governo do Brasil e dos Emirados Árabes.
A proposta inicial envolve a retomada da refinaria pela Petrobrás, com o Mubadala ficando com a Acelen Renováveis que foca na produção de óleo de macaúba. O Banco Santander será o assessor nas conversas com a Petrobrás. Como negócio, o fundo de Abu Dhabi sai de um empreendimento como qualquer outro. Resta saber com que ganho.
Não foi tão mal
Um estudo do Instituto para Desenvolvimento Industrial IEDI analisando dados do 3º trimestre de 2025 mostra que as exportações da indústria de transformação brasileira para os Estados Unidos caíram -14,5% na comparação interanual.
Mas observa que na média intensidade, embora haja produtos com quedas importantes (-30% em metalurgia e -25% em produtos diversos), sua trajetória mais oscilante já ocorria antes mesmo do tarifaço.
A avaliação é que praticamente toda a perda aos EUA foi compensada pelo aumento dos embarques para o restante do mundo. Mas isso na média. Quando desagregado, tem áreas em que o estrago é grande.
FGTS de luxo
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou, na última quarta-feira (3), a ampliação do uso do fundo para imóveis de até R$2,25 milhões. A medida, que passa a valer para contratos novos e já em andamento, permite ao trabalhador utilizar o saldo do FGTS para compor a entrada, amortizar ou quitar o financiamento, além de abater parte das parcelas em operações enquadradas nesse limite.
Não quer dizer que um mutuário vai usar R$450 mil para dar de entrada e financiar 80%. Mas na prática, o FGTS volta para a mesa como peça-chave na montagem da entrada e reduz a parte financiada uma vez que nesse tipo de operação o cliente entra com a receita de outro imóvel.

Camisa da Seleção
Sai o Guaraná Antarctica e entra o iFood como novo patrocinador oficial das Seleções Brasileiras de Futebol. O patrocínio às Seleções Brasileiras de Futebol terá duração de dois anos e inclui uma série de contrapartidas, desde branding e exposição de marca até ativações especiais ao longo dos próximos meses.
Pé na areia
Maior empreendimento da categoria pé na areia no Brasil, o recém-inaugurado Porto 2 Life, em Muro Alto, que recebeu investimentos de R$ 500 milhões, a rede goiana GAV Resorts dobra a aposta em Pernambuco, onde já opera o Porto Alto Resort. O novo projeto é considerado o maior empreendimento da categoria pé na areia no Brasil.

Drinque seguro
A Cia. Müller de Bebidas traz sempre uma boa ideia! Fundada em 1959, na cidade de Pirassununga, interior de São Paulo, é fabricante da icônica Cachaça 51 e iniciou uma ação de verão para estimular a cachaça como opção ideal para quem quer preparar drinks fáceis e marcantes.
Bebida de custo mais o que elimina o risco de uso de metanol na falsificação, ela combina bem com frutas tropicais e realça cada ingrediente sem perder sua personalidade, vendendo o conceito de que Cachaça 51 é uma boa ideia.

