Produto Interno Bruto dos municípios pernambucanos aponta o aproveitamento de grandes potenciais – e a necessidade de apoio ao desenvolvimento
Dados do IBGE revelam crescimento do PIB em municípios do Sertão de Pernambuco, como Lagoa Grande, impulsionado pela fruticultura, mas apontam disparidades regionais e a necessidade de apoio.
Dados divulgados na última sexta-feira pelo IBGE sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios de Pernambuco revelam que 2023 foi um ano de crescimento econômico destacado para o Sertão. Essa constatação aponta para a diversidade e o aproveitamento dos potenciais de uma região historicamente marcada pela privação.
A performance de Lagoa Grande, impulsionada pela fruticultura, exemplifica esse sucesso, registrando um aumento de 38% no PIB e um salto significativo no ranking estadual, quase quatro vezes a média municipal no estado.
O município de Lagoa Grande, que alcançou a 45ª posição entre as cidades pernambucanas, destaca-se como o segundo maior PIB agrícola da Região do São Francisco e o quarto maior produtor de frutas do país. Este resultado é fruto de um planejamento estratégico de décadas, envolvendo esforço, criatividade, decisão política e investimentos contínuos.
A estruturação da infraestrutura de transportes e a expansão de serviços ligados à exploração da uva e produção de vinho foram cruciais para essa ascensão econômica, consolidando a vocação da região.
Enquanto Lagoa Grande e outros municípios como São Joaquim do Monte (33,4%), São José do Belmonte (33,2%) e Canhotinho (31,9%) demonstraram altas notáveis no PIB, a disparidade é evidente com cidades que enfrentaram reduções. Bezerros (-9,3%), Sairé (-4,6%), Panelas (-3,7%), Joaquim Nabuco (-2,0%)