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Produção Nacional de Insulina: Biomm Aposta em Biotecnologia e Parcerias para Reduzir Dependência Externa

A produção nacional de medicamentos ganha força como estratégia para blindar o país contra crises globais. Heraldo Marchezini, CEO da Biomm, defende que o setor privado é crucial para transformar a indústria local em desenvolvedora de tecnologias, não apenas em produtora.

A Biomm, segundo Marchezini, tem investido na produção de insulina através de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), visando retomar a produção 100% nacional após duas décadas. A empresa iniciou o fornecimento de insulina humana para o Sistema Único de Saúde (SUS) em julho, com uma previsão de 45 milhões de doses anuais. Além disso, firmou acordo para a produção de insulina glargina, atualmente a mais utilizada no mundo.

A Biomm também se prepara para a quebra de patentes de medicamentos como a semaglutida. A expertise da empresa em diabetes a posiciona para investir em análogos de GLP-1, inicialmente importando a produção da Biocon, parceira indiana.

Marchezini destacou a importância da Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para garantir a qualidade de biossimilares no mercado. Ele também abordou a Lei das Pesquisas Clínicas e o potencial de inovação das empresas chinesas.

Segundo Marchezini, a Biomm nasceu da Biobrás, pioneira em biotecnologia. A empresa busca acesso à biotecnologia no Brasil, priorizando biossimilares para ampliar o acesso a tratamentos, especialmente para doenças crônicas. A Biomm estabeleceu parcerias com empresas regionais e a Gan & Lee, maior produtora de insulina glargina da China, para a transferência de tecnologia para a planta de Nova Lima, em Minas Gerais.

A produção nacional de insulina é vital para pacientes com diabetes tipo 1, cuja vida depende do medicamento, além de mitigar a falta global de insulinas, Marchezini ressalta que as grandes empresas estão focando em outros produtos, substituindo a produção de insulina por análogos de GLP-1. Ele defende que o Complexo Industrial da Saúde seja uma política de Estado, com o setor privado impulsionando o desenvolvimento e investimento em novos produtos. A parceria público-privada permitirá que a Fiocruz absorva tecnologia e participe da produção de insulina glargina, além da Biomm.

Sobre a semaglutida, o objetivo é trabalhar em conjunto com a Biocon para lançar o medicamento quando a patente expirar, inicialmente importando a produção. A Biomm pretende focar na indicação inicial do medicamento, para tratar diabetes, dada a sua forte presença e expertise junto às sociedades médicas da área.

A decisão entre produção nacional e importação é baseada na escala, explica Marchezini. O acesso público à insulina glargina, por exemplo, gera escala. A Biomm também atua em oncologia e hospitalar, com o Bevacizumabe no portfólio.

A concorrência com outras indústrias após a quebra de patentes será enfrentada com um parceiro qualificado e competitivo como a Biocon, que possui um portfólio com insulina na sua linha de produção. A Biomm busca um diferencial através do conhecimento profundo do produto e da doença, e na capacidade de atender clientes como clínicas, hospitais, secretarias de saúde e o Ministério da Saúde.

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