A bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu oficialmente nesta terça-feira (6) deixar a base de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o líder do partido na Casa, deputado Mário Heringer (MG), a decisão foi unânime entre os 17 parlamentares que integram a legenda na Câmara.
A ruptura ocorre em meio ao agravamento da crise envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e à saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi, que também é presidente licenciado do PDT. Ele pediu demissão do cargo na última sexta-feira (2), após a repercussão negativa de uma operação que apura fraudes milionárias no órgão.
De acordo com Heringer, além da crise no INSS, pesaram na decisão da bancada o “tratamento político dado ao partido” e a falta de perspectivas de espaço nas articulações com vistas às eleições de 2026. “Não nos sentimos considerados na construção do projeto político do governo”, disse o parlamentar.
No Senado Federal, onde o partido tem três representantes, a decisão de rompimento ainda não foi formalizada. O senador Weverton Rocha (MA), líder da bancada, afirmou que “o desembarque é mais difícil” e que pretende discutir o tema com as senadoras Ana Paula Lobato (MA) e Leila Barros (DF).
Atualmente, o PDT ocupa 17 das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados e três das 81 no Senado. A saída da legenda da base aliada representa mais um revés para o governo Lula, que já enfrenta dificuldades para manter maioria estável no Congresso em votações estratégicas.
A partir de agora, a sigla passará a atuar de forma independente na Câmara, segundo anunciou o líder da legenda.
Por Conexão Política
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