Oito em cada dez brasileiros demonstram interesse em utilizar serviços de saúde digital, como agendamentos online e teleconsultas, ferramentas que visam otimizar o acesso e agilizar o cuidado médico. No entanto, uma parcela significativa da população (63%) declara nunca ter ouvido falar sobre essas tecnologias ou desconhecer seu funcionamento. Outros 25% afirmam conhecer muito pouco. Essa falta de familiaridade impacta o uso, com apenas 20% dos brasileiros tendo utilizado algum serviço de saúde digital em 2025.
O levantamento aponta que o conhecimento sobre saúde digital é mais comum entre indivíduos com maior renda, nível de escolaridade mais elevado e faixas etárias mais jovens. Apesar do desconhecimento, mais da metade dos entrevistados (56%) acredita que a saúde digital facilita o acesso aos cuidados.
Entre os usuários de ferramentas digitais em 2025, a avaliação é majoritariamente positiva (81%). Os serviços mais utilizados incluem agendamento online (57%), teleconsulta (49%), exames laboratoriais integrados digitalmente (33%), prescrição digital (23%) e atestado médico digital (18%). Prontuários eletrônicos e inteligência artificial para apoio a diagnósticos e tratamentos figuram entre os menos utilizados, com 16% e 10%, respectivamente.
A pesquisa, que ouviu mais de 2 mil brasileiros com idade a partir de 16 anos, entre 13 e 15 de maio de 2025, revela que aplicativos e plataformas de agendamento de consultas lideram o interesse futuro (48%), seguidos pela telemedicina (38%). As especialidades mais procuradas para teleconsultas são nutrição (44%), psicologia (42%) e farmácia (40%). Jovens, pessoas com ensino superior ou maior renda demonstram mais interesse, enquanto indivíduos entre 41 e 59 anos e idosos mostram maior resistência.
A principal desvantagem apontada pelos respondentes é a percepção de um atendimento superficial (32%), seguida por demoras no agendamento e falhas técnicas (16%). A falta de confiança ou insegurança no atendimento online (35%) é a principal barreira para o uso, seguida pela dificuldade de acesso à internet (23%) e desconhecimento sobre como usar os serviços (21%), fatores que afetam principalmente idosos, pessoas com menor escolaridade e renda.
