O transporte de passageiros por motocicletas, impulsionado pela popularidade de aplicativos, expõe condutores e passageiros a riscos significativos. A ausência de regulamentação federal e municipal, combinada com a dificuldade em aprovar novas leis, resulta em uma situação de vulnerabilidade para essa parcela da população.
A falta de critérios rigorosos para o cadastro de motociclistas nas plataformas contribui para o aumento do perigo. A fragilidade inerente às motocicletas agrava ainda mais essa exposição. Casos de passageiros que perderam a vida em acidentes, inclusive ao serem “sugados” por caminhões em rodovias, evidenciam a gravidade do problema.
Diante desse cenário, especialistas em segurança viária oferecem orientações para minimizar os riscos associados ao transporte por moto. Pilotar ou viajar na garupa exige habilidade e responsabilidade, já que qualquer deslize pode levar a quedas e atropelamentos. A vulnerabilidade se intensifica com o aumento do uso de aplicativos, expondo tanto o condutor quanto o passageiro.
Órgãos de trânsito recomendam que o piloto suba na moto primeiro e oriente o passageiro a se posicionar corretamente, segurando-se e acompanhando as inclinações nas curvas. No contexto dos aplicativos, a pressa e a pressão por corridas podem aumentar comportamentos de risco, como ultrapassagens perigosas e excesso de velocidade.
Para motociclistas, as dicas incluem evitar o uso do corredor entre veículos, utilizar capacete com viseira e selo de certificação, manter-se visível para outros condutores e dirigir de forma defensiva. Embora as plataformas não exijam, recomenda-se o uso de motos com maior capacidade de carga. É fundamental orientar o passageiro sobre como se segurar e acomodar corretamente seus pertences, recusando corridas com excesso de bagagem.
Passageiros devem sempre usar capacete afivelado, roupas e calçados fechados. É crucial aguardar o piloto ligar a moto antes de subir, manter os pés nas pedaleiras e acompanhar as inclinações nas curvas. Evitar o uso de celulares durante a viagem é essencial, pois o passageiro atua como um co-piloto. Não se deve permitir que o condutor trafegue em locais proibidos. Em caso de insegurança, o passageiro deve solicitar a redução da velocidade ou encerrar a corrida.
