O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta semana que a CIA está conduzindo operações encobertas dentro da Venezuela, com o objetivo de combater redes de narcotráfico ligadas ao país. Em declarações feitas no dia 15 de outubro, Trump afirmou ainda que seu governo está “considerando operações por terra” contra cartéis e rotas de tráfico que, segundo ele, seriam responsáveis pela entrada de drogas nos EUA e por “centenas de milhares de mortes” anuais.
Embora o presidente tenha evitado detalhar o alcance ou o cronograma de possíveis incursões terrestres, a fala foi interpretada como o sinal mais claro até agora de uma escalada militar norte-americana na região. Nas últimas semanas, o Pentágono confirmou ataques navais no mar do Caribe contra embarcações que teriam partido da Venezuela carregadas com drogas.
O governo venezuelano reagiu duramente, classificando as declarações de Trump como uma “grave violação do direito internacional” e denunciando o que chamou de ameaças de invasão. Especialistas alertam que uma ação militar direta em território venezuelano poderia desencadear uma crise regional e gerar tensões diplomáticas com aliados latino-americanos.
Analistas em Washington lembram que qualquer operação terrestre sem autorização do Congresso pode enfrentar desafios legais internos e resistência política. Enquanto isso, o clima entre Caracas e Washington se deteriora rapidamente, com ambos os governos trocando acusações e discursos de enfrentamento.