A situação da saúde pública em Salgueiro voltou a ser alvo de duras críticas após o vereador Tiago Arraes denunciar a falta do medicamento Risperidona na farmácia do município. O remédio, essencial no tratamento de crianças e jovens com transtornos do neurodesenvolvimento, como autismo e esquizofrenia, está em falta, prejudicando diretamente dezenas de famílias salgueirenses.
“É inaceitável que um medicamento tão essencial esteja indisponível. Isso não é apenas uma falha de gestão, é um desrespeito com as pessoas atípicas e suas famílias”, declarou o parlamentar em suas redes sociais.
Além da ausência do medicamento, Arraes também destacou a falta de atendimento médico adequado para esse público, agravando ainda mais a situação de vulnerabilidade vivida por essas famílias.
Compromissos não cumpridos pela gestão
O vereador relembrou que o atual prefeito de Salgueiro, durante a campanha eleitoral, prometeu um “olhar especial” para as pessoas com deficiência e condições atípicas, além de se comprometer com políticas públicas voltadas à saúde e inclusão dessas famílias.
“Onde está esse compromisso agora?”, questiona Arraes. “É preciso mais do que discursos. É preciso garantir dignidade e acesso ao básico.”
A importância da Risperidona
A Risperidona é um medicamento amplamente utilizado para controle de crises, agressividade, agitação e outros sintomas comportamentais associados a condições como o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Sua falta não apenas compromete o tratamento como pode causar regressões e surtos graves em pacientes que dependem da medicação diariamente.
Famílias cobram solução imediata
Nas redes sociais e grupos de apoio, pais e responsáveis têm relatado o impacto direto da falta do medicamento, incluindo crises intensificadas, necessidade de socorro emergencial e sofrimento emocional.
A denúncia do vereador reforça a urgência de uma resposta por parte da Secretaria Municipal de Saúde, que ainda não se pronunciou oficialmente sobre o problema.
Prioridade é saúde, não marketing
Enquanto a Prefeitura abre licitações milionárias para arbitragem esportiva e pretende gastar valores elevados com passagens aéreas e locações de veículos, a falta de medicamentos básicos evidencia um descompasso preocupante entre discurso e prática.