Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (13), na Câmara Municipal de Salgueiro, o vereador Tiago Arraes (MDB) usou a tribuna para denunciar problemas que, segundo ele, refletem o abandono da atual gestão e afetam diretamente a população.
Tiago relatou uma visita recente aos arredores da Creche Letícia Roza, onde se deparou com lixo, entulhos e até a carcaça de um cachorro morto sendo consumida por urubus, em meio a um forte odor. Segundo o vereador, a situação configura um grave problema de saúde pública. “Até quando continuarão colocando a culpa na gestão passada?”, questionou.
Outro ponto levantado foi a visita à farmácia de medicamentos controlados do município. O vereador afirmou que presenciou a frustração de usuários que, diante da falta de remédios, não conseguiram atendimento. Citou, emocionado, o caso de uma mãe atípica que enfrenta dificuldades para conseguir medicamentos para o filho, cobrando da prefeitura responsabilidade e atenção. Também mencionou denúncias de que exames laboratoriais não estavam sendo mais marcados para o mês atual, situação confirmada por profissionais da unidade. Diante disso, solicitou o aumento das cotas de exames e um melhor planejamento para evitar a desassistência.
Em tom crítico, Arraes afirmou que nenhuma das promessas de campanha foi cumprida até agora, exceto a reforma do Funpresal, que, segundo ele, sequer constava no plano de governo e ainda prejudicou os servidores públicos. Ressaltou que seu papel é cobrar e fiscalizar, e que seguirá expondo a realidade enfrentada pela população.
Ao comentar o cenário político estadual, mencionou pesquisa recente em que João Campos aparece liderando a disputa pelo governo, e acusou a gestão municipal de tentar se escorar na imagem da governadora para mascarar a falta de ações concretas. Também criticou a falta de avanços na questão da água em Salgueiro, questionando: “O que a governadora fez até agora pela água em nossa cidade? Nada.”
Por fim, destacou que o povo tem sofrido com lixo acumulado, esgotos a céu aberto, animais mortos e ruas escuras. Embora reconheça que não se pode resolver tudo em oito meses, afirmou que o básico precisa ser feito. Reforçou ainda que, após a reforma do Funpresal, a prefeitura passou a ter uma folga no caixa e deve, portanto, cumprir suas promessas.
“Não vou ficar calado. Quem está sofrendo com tudo isso é o povo. E é por ele que continuo aqui, fiscalizando e cobrando,” finalizou.