
Da Redação do Blog – Irmão do deputado federal pernambucano, Carlos Veras (PT), o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Veras dos Santos, é um dos alvos da Policia Federal na operação Sem Desconto, que investiga um golpe de R$ 6,3 bilhões em aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Com a ajuda de duas funcionárias, Aristides é acusado de solicitar o desbloqueio dos benefícios para o pagamento de 34.487 descontos nas aposentadorias de agricultores associados à confederação. As funcionárias apontadas são Thaisa Daiane Silva e Edjane Rodrigues Silva, secretária geral e secretária de Políticas Sociais da entidade, respectivamente.
A documentação utilizada pelo grupo para solicitar o desbloqueio de descontos nas aposentadorias foi considerado irregular pela auditoria interna do INSS. O fluxo financeiro da Contag também indicou transferências significativas para entidades sindicais como Fetag-BA (Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado de Bahia) e Ferasp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo), e para a empresa Orleans Viagens.
Os valores repassados pela Contag para associações foram os seguintes, conforme a Polícia Federal: Fetag-BA: R$ 10.532.438,47, Ferasp: R$ 7.990.000, Orleans Viagens e Turismo: R$ 5.212.357,93, WJ Locação e venda de estruturas para eventos: R$ 843.632 e Tutano Culinária Artesanal: R$ 737.850,72.
O PAPEL DAS FUNCIONÁRIAS

As investigações levaram ao nome da secretária de Políticas Sociais da Contag, Edjane Rodrigues Silva, identificada como a pessoa que assinou o ofício pedindo que 34.487 benefícios fossem descontados de aposentadoria.
Entre 2019 e 2024, a Contag arrecadou mais de R$ 2 bilhões. Mais de 1,3 milhão de aposentados e pensionistas da agricultura tiveram valores descontados e direcionados para grupos de empresas e pessoas que não tinham nenhuma relação com a confederação, diz a PF.
A investigação aponta que ela adquiriu um apartamento no Distrito Federal no valor de R$ 330 mil em agosto de 2021. A Contag afirma que ela é agricultora familiar e vive em um assentamento com área de 14,5 hectares. “Produtora de milho e feijão”, Edjane tem um perfil no site da confederação que conta a história da sua filiação aos 18 anos e como se tornou agricultora familiar.

Em relação a Thaisa Daiane Silva, secretária geral da Contag, a PF questiona a compra de dois imóveis pela funcionária após a “farra dos descontos”. O primeiro seria uma casa em Campo Grande no valor de R$ 599.600, comprada em fevereiro de 2022. Ela também adquiriu uma gleba em Estrela Jaguari (MS) por R$ 4.749,59 em janeiro deste ano.
Segundo a Contag, ela “produz mandioca, abobrinha, hortaliças e frutas”. O site da confederação alega que Thaisa Daiane é agricultora familiar em Jaguari, município onde conheceu o sindicato aos 14 anos, enquanto trabalhava com a mãe.
LAVAGEM DE DINHEIRO
Outro alvo da investigação é o vice-presidente da Congag, Alberto Ercilio Broch, acusado de lavagem de dinheiro. As investigações tentam descobrir a origem de transações financeiras entre o vice-diretor e a empresa Max Cambio e Turismo.
Não foi possível identificar o remetente da quantia de R$ 130.440 (uma transação de R$ 32.000 e outra de R$ 98.440), explica a Polícia Federal em relatório no qual as movimentações financeiras de Ercilio são questionadas.
PF analisa compra de imóvel de R$ 1,62 milhão. Ele teria adquirido um apartamento em setembro de 2023, em Brasília, mas a origem do dinheiro não é especificada pela PF. As informações são do UOL.
O OUTRO LADO
O Blog entrou em contato com a Contag via assessoria de comunicação, mas ainda não obteve retorno. Já o deputado Carlos Veras informou que está cumprindo agendas e retornará o contato em breve. O espaço segue aberto para as manifestações dos citados.
Fonte: Blog Ricardo Antunes

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