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Milei pode dar guinada diplomática e retirar embaixadores de Nicarágua, Cuba e Venezuela

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O governo de Javier Milei pode retirar embaixadores argentinos de países com regimes ditatoriais como Nicarágua, Venezuela e Cuba, segundo a imprensa local. A medida representaria uma guinada diplomática em relação à gestão do peronista Alberto Fernández, que mantinha nomes nessas nações.

Questionado, o Ministério de Relações Exteriores afirmou que, “até o momento, não foram feitas nomeações de embaixadores que possam ser informadas, pois o processo está em andamento” e que “a intenção da chanceler Diana Mondino é anunciá-las assim que contar com um número significativo de nomeações”.

Segundo o portal Infobae, a ministra já descartou esses três países da lista de embaixadores pelo mundo que está elaborando. As relações diplomáticas bilaterais seriam mantidas apenas por meio de um encarregado de negócios –cargo também ocupado por um diplomata, porém mais protocolar–, como já acontece com o Irã.

O jornal Clarín, por sua vez, afirma que o governo já tomou a decisão sobre a Nicarágua, mas ainda tem dúvidas se fará o mesmo com Venezuela e Cuba. O regime do ditador nicaraguense, Daniel Ortega, também retirou seu embaixador da Argentina no último dia 4, na semana anterior à posse de Milei.

“Frente a reiteradas declarações e expressões dos novos governantes, o governo decidiu retirar seu embaixador, colega escritor e comunicólogo Carlos Midence”, disse o ministro das Relações Exteriores de Manágua, Denis Moncada, em um breve comunicado divulgado pelos meios governamentais do país.

Nesta segunda (18), o governo de Milei anunciou que voltará a um grupo de países formado dentro da Organização das Nações Unidas para fazer pressão contra o regime de Ortega e a violação de direitos humanos. O anúncio foi feito no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça.

A Argentina foi uma das nações que lideraram uma primeira resolução sobre a Nicarágua em 2019, então sob a Presidência de Mauricio Macri, ao lado de outros países da região como Brasil, Colômbia, Paraguai e Peru. Em 2020, porém, a gestão de Fernández surpreendeu ao tomar a decisão de retirar-se do grupo.

Agora, em seu discurso de retorno, os representantes argentinos argumentaram ao conselho que “não aceitarão que a soberania nacional ou sanções econômicas sejam invocadas como justificativa para não garantir a plena vigência dos direitos humanos”.

Alberto Fernández havia enviado Daniel Capitanich (Nicarágua), Oscar Laborde (Venezuela) e Luis Alfredo Ilarregui (Cuba), que segundo a imprensa se destacaram por seus silêncios ou por um polêmico protagonismo em episódios geopolíticos complexos durante esse período.

Milei já confirmou alguns de seus novos embaixadores, entre eles os do Brasil, que continuará sendo o peronista Daniel Scioli, e o dos Estados Unidos, o empresário Gerardo Werthein, criticado por ter financiado a campanha do presidente argentino e ter emprestado seu avião depois que ele foi eleito.

Reino Unido e Israel também já têm nomes designados, mas Milei ainda não deu nenhum sinal sobre a China.

CHINA

Os dois países vivem um novo momento tenso, depois de um início de governo caloroso que se contrastou com o clima da corrida presidencial, em que Milei disse que cortaria relações com o país por ser uma “ditadura comunista”.

Pequim decidiu congelar o chamado “swap” de US$ 6,5 bilhões (R$ 32 bilhões) que havia negociado em outubro com o ex-ministro da Economia Sergio Massa, rival político de Milei, segundo divulgou nesta terça (19) a agência norte-americana REDD Intelligence.

A medida consiste em um intercâmbio de moedas e é muito importante para a Argentina porque permite ao país pagar parte das parcelas de sua dívida com o FMI (Fundo Monetário Internacional) em yuanes, a moeda chinesa, e preservar sua escassa reserva de dólares nos cofres públicos.

A decisão teria sido tomada após um mal-estar pela compra em curso de caças F-16 de fabricação americana, segundo o Infobae. O novo ministro da Defesa, Luis Petri, reuniu-se nesta segunda com o chefe das Forças Armadas argentinas e teria decidido avançar com a aquisição, em detrimento de uma oferta chinesa.

Agora, Wang Wei, o embaixador chinês em Buenos Aires, foi convocado a voltar a Pequim para apresentar um relatório sobre as relações com Milei, diz o portal “El Diario”. Por enquanto, a representação da Argentina na China está a cargo de uma secretária, Valeria Varone, cargo da diplomacia considerado muito baixo para a importância comercial e estratégica da China.

A chanceler Diana Mondino também já havia confirmado que a Argentina não aceitará o convite para entrar no Brics, bloco formado hoje por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Fonte: FOLHAPRESS

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Trump sobre reunião EUA e Rússia: “Há boas hipóteses de acabar a guerra”

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Donald Trump, disse nesta sexta-feira (14), que representantes dos Estados Unidos conversaram ontem com Vladimir Putin, e que há “hipóteses” de acabar com a guerra na Ucrânia.

“Tivemos uma boa e produtiva conversa com o presidente Vladimir Putin ontem, e há uma boa hipótese de esta guerra terrível, finalmente, chegar ao fim”, começou escrevendo na sua rede social, Truth Social.

Mas, na mesma publicação, o líder norte-americano alertou que “no momento, milhares de ucranianos estão completamente cercados pelas tropas russas, [estando] numa posição muito má e vulnerável.”

“Solicitei ao presidente Putin que as vidas dos ucranianos fossem poupadas. Seria um massacre horrível, como não se vê desde a Segunda Guerra Mundial”, finalizou.

Vale destacar que a publicação surge depois de Steve Witkoff, enviado especial dos Estados Unidos, viajar até Moscou, para se encontrar com Putin. O responsável chegou à Rússia na quinta-feira, no mesmo dia em que que também o líder bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, se encontrava no país.

Já esta sexta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, explicou que “Putin apoia a posição de Trump sobre o acordo, mas levantou algumas questões que precisam de ser respondidas em conjunto.”

Brandon Bell/Getty Images

Por Notícias ao Minuto

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Hamas concorda em liberar refém americano e devolver outros corpos

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O Hamas anunciou nesta sexta-feira que concordou em liberar o refém israelense-americano Edan Alexander e devolver os corpos de outros quatro reféns americanos-israelenses. No entanto, a organização não esclareceu quais serão exigências em troca da liberação dos cinco reféns restantes.

Fontes indicam que o Hamas provavelmente exigirá que Israel libere prisioneiros palestinos e estenda o cessar-fogo em Gaza.

De acordo com o site Axios, em sua declaração, o grupo afirmou que, na quinta-feira, se reuniu com mediadores do Catar e do Egito, que apresentaram uma proposta para prolongar o cessar-fogo. “Abordamos essa proposta com responsabilidade e uma postura positiva, respondendo na sexta-feira. Estamos prontos para iniciar as negociações sobre a segunda fase do acordo de cessar-fogo em Gaza e pedimos que Israel seja pressionado a cumprir seus compromissos”, afirmou o Hamas.

Edan Alexander foi sequestrado pelo Hamas durante o ataque em 7 de outubro de 2023, quando o grupo militante invadiu várias áreas de Israel.

Foto Getty

Por Notícias ao Minuto

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Empresa chinesa prepara bateria que dura 50 anos para julho

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O anúncio pela chinesa Betavolt de uma bateria nuclear com tempo de vida de meio século, no ano passado, causou admiração e ceticismo, inclusive em mídia social no país. Em parte por ser uma startup desconhecida, formada em 2021.

A bateria foi prometida para dezembro último, mas agora seu presidente, Zhang Wei, diz por telefone que deve apresentar o produto aos investidores e compradores interessados em julho, em Pequim.

Não será uma bateria para o consumidor comum. Mas, acrescenta ele, o Brasil e toda a América do Sul estão na mira da empresa, após o lançamento chinês.

Baterias nucleares que duram décadas são usadas nos programas espaciais russo e americano desde os anos 1950 e mais recentemente no chinês, como no veículo lunar da missão Chang’e-3, que iniciou operações há 12 anos. No caso, o plutônio decai (desintegração radioativa) e emite calor, a ser usado por um conversor termelétrico.

Na bateria da Betavolt, BV100, a energia é obtida da própria radiação, antes de se tornar calor. O níquel-63 usado decai por emissão beta, liberando elétrons. Camadas finas dele são colocadas entre camadas de semicondutor, que capturam os elétrons e os transformam em eletricidade.

Segundo o material de divulgação da empresa, sua aplicação potencial, a depender do desenvolvimento, incluiria sustentar smartphones sem recarregar e drones sem aterrissar. Aguentaria temperaturas de 60 graus negativos a 120 graus positivos.

No futuro, pretende atender às necessidades de fornecimento de energia de longa duração de dispositivos aeroespaciais, de inteligência artificial, equipamentos médicos, sistemas microeletromecânicos, sensores, pequenos drones e micro-robôs.

O problema foi que o modelo apresentado inicialmente tinha potência de apenas 100 microwatts, e analistas da própria mídia oficial chinesa avaliam ser baixa demais em relação às baterias comuns.

A conta é que, limitadas a 100 microwatts cada uma, seriam necessárias 60 mil baterias BB100 para acender uma única lâmpada de 60 watts.

Zhang promete para julho uma bateria de 1 watt, 10 mil vezes mais poderosa, mas, no dizer do canal chinês CGTN, “ainda longe de ser a maior fonte portátil de energia no mundo”. Uma bateria comum AA tem potência de cerca de 2,4 watts.

Além da duração -seus anunciados 50 anos ante cerca de uma hora da AA comum-, outra vantagem ressaltada na bateria da Betavolt seria o fato de ser mais segura. Suas emissões de elétrons afetariam menos o corpo humano e seriam barradas pelas próprias caixas de metal da bateria.

Uma das aplicações aventadas pela Betavolt, com o argumento de que sua bateria não deixa escapar radiação, é em marca-passos e implantes no próprio corpo. Também promete baixo impacto ambiental, argumentando que, após decair por décadas, o resultado não é mais radiativo -e a própria empresa responderia pela reciclagem.

Outras baterias de tecnologia semelhante, chamadas de betavoltaicas, vêm sendo desenvolvidas para aplicação comercial há anos, algumas com material considerado de maior segurança do que o níquel-63, como a americana CityLabs, com tritium.

O Brasil também está na corrida, mas ainda com tecnologia de bateria nuclear termelétrica. Dias antes da Betavolt, um grupo de pesquisadores do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) apresentou em São Paulo um protótipo, usando amerício.

O projeto é bancado, para eventual aplicação comercial, por uma empresa brasileira não nomeada. A estimativa dos pesquisadores é de alcançar uma bateria com duração de mais de 200 anos.

Foto  Divulgação / Betavolt Technology

Por Folhapress

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