Educação
Professores defendem que questão de Física do Enem seja anulada

A prova deste domingo, 10, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) apostou em tópicos atuais, como a vacina contra covid-19, impacto de microplástico na biodiversidade e matemática financeira. Como de costume, a prova explorou a capacidade de interpretação dos candidatos e questões interdisciplinares.
Neste domingo, estudantes tiveram de resolver 90 questões de múltipla escolha, divididas em Matemática e suas Tecnologias (45 questões de Matemática) e Ciências da Natureza e suas Tecnologias (45 questões de Biologia, Física e Química).
Professores ouvidos pelo Estadão defendem que uma questão de Física deve ser anulada por falta de alternativa correta.
“A questão da cafeteira elétrica, questão 129 na prova azul, sobre calorimetria apresenta inconsistências nos dados para encontrar uma resposta e calcular o que ele pede”, disse Idelfranio Moreira, gerente-executivo de Ensino e Inovações do SAS Educação.
“A equipe de Física do Curso Anglo identificou que na questão 124 da prova da cor verde do Enem, existe uma falha que é uma falha conceitual. Então, quando você calcula a potência da cafeteira com os dados do enunciado, a gente encontra um valor de 933 watts. Esse valor é acima da potência total fornecida pelo enunciado da cafeteira de 700 watts. Em suma, a questão ela propõe uma máquina cuja potência total é de 700 watts e quando a gente calcula a potência útil de 933 watts é maior do que a potência total, o que fisicamente é impossível”, disse o professor de física do Curso Anglo, Madson Molina.
Bruno Sá, professor de Física do Elite Rede de Ensino, é outro que afirma que a questão de Física tem grandes chances de anulação por má formulação.
“Na questão que envolve a cafeteira, é colocado que a a cafeteira ferve totalmente os 0,5L de água. Isso dá uma dupla abordagem: considerando que a quantidade de água sofreu apenas mudança de temperatura, chegando à 100 °C, teríamos somente o calor sensível envolvido, encontrando o aproveitamento de 75%. Contudo, a potência da cafeteira (933 W aproximadamente) acaba possuindo um valor maior que a potência total/nominal fornecida (700 W), o que vai contrário aos conceitos físicos”, avalia.
Prova não foi difícil
A temática ambiental foi amplamente explorada na parte de Ciências da Natureza. A análise de professores que resolveram as questões é de que não foi uma prova difícil.
Segundo o professor de Biologia Fernando Roma, da Escola SEB Lafaiete, houve um predomínio de questões de ecologia e citologia. “Uma prova sem assuntos polêmicos, mas que trabalhou com temas muito atuais, como sistemas agroflorestais, biorremediação com uso de plantas, que é a chamada fitorremediação (técnica de descontaminação do solo e da água por meio do uso de plantas), e também poluição por microplásticos”, explicou.
O professor de Biologia do Colégio e Curso AZ, Hilton Ramalho, relata que o item que abordava o impacto de microplásticos na fauna perguntava em qual tecido a substância se acumulava no organismo animal. “A resposta era que a substância se acumulava no tecido adiposo, já que se tratava de uma substância apolar. É uma questão de nível fácil, pois substância apolar tem afinidade por gordura”, explica.
Uma das questões abordava a produção da vacina contra covid-19 a partir da proteína spike, que é uma estrutura existente no SARS-CoV-2, e é responsável por ligar o vírus à célula humana. “A questão falava sobre a produção da vacina e qual o efeito do uso da proteína spike. A resposta explicava que ela é uma proteína específica do vírus e, por isso, estimula a produção de anticorpos contra o vírus”, conta o professor.
Na opinião de Joyce Sousa, especialista em avaliações do SAS Educação, na prova de Ciências da Natureza houve prevalência de questões de Biologia. “As questões de Biologia apareceram mais na prova. No total, contei 18 (questões). Contando também questões interdisciplinares de Biologia e Química”, disse.
Na prova de Biologia, uma das questões pedia que os estudantes analisassem duas espécies, a cobra coral verdadeira, encontrada na Amazônia, e a coral falsa, do Cerrado.
Os candidatos eram perguntados sobre a vantagem competitiva adquirida pela coral falsa devido a sua semelhança com a verdadeira. “Não teve incidência de temas polêmicos”, resumiu Joyce Sousa.
Matemática
Assim como em Ciências da Natureza, a prova de Matemática, na opinião de professores, não teve grau alto de dificuldade.
A professora Joyce de Sousa afirma que a prova não estava conteudista e trouxe problemáticas bem conhecidas pelos estudantes. “A prova de Matemática estava em um nível bem semelhante ao do ano passado. Era uma prova mais fácil, posso apostar que muitos alunos vão tirar nota máxima. Algumas questões estavam desafiadoras, mas o tempo para resolvê-las era compensado por questões muito fáceis”, analisa.
De acordo com professores que resolveram a prova neste domingo, a avaliação de Matemática trouxe alguns temas que já tinham sido abordados em edições anteriores. A “Cifra de César”, um código utilizado por Júlio Cesar para se comunicar com generais e que já foi abordado em outros exames, apareceu na prova no contexto de uma questão de probabilidade.
“Envolvia interpretação e uso de conhecimento técnico de probabilidade para resolver”, explicou Thiago Galrao, professor de Matemática da Plataforma AZ.
O professor Wagner Araujo, coordenador de matemática do Elite Rede de Ensino, explica que, ainda que a prova tenha explorado um novo ângulo, os estudantes podem ter se saído bem. “Pela segunda vez eles abordam o código César no Enem, este ano uma outra abordagem para isso pôde ter trazido conforto aos candidatos que ficaram em resolução de exames anteriores”, disse.
Professores viram semelhança em uma questão sobre cilindros que, segundo eles, trazia os mesmos números e uma figura muito semelhante à outra questão cobrada no Enem de 2006. “A prova de Matemática seguiu um padrão equilibrado, com um nível de dificuldade que deve favorecer os alunos que mantêm domínio sobre temas básicos e intermediários.
A distribuição dos conteúdos, ainda que equilibrada, incluiu questões que exigiram análise mais criteriosa, como o gráfico da função exponencial. Em síntese, foi uma prova abrangente, cobrindo temas essenciais”, disse Sérgio Ghiu, autor e professor do Colégio e Sistema pH.
Fonte: Estadão Conteúdo
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Educação
Campus Salgueiro do IFSertãoPE tem 102 vagas abertas em cursos superiores

O Campus Salgueiro do IFSertãoPE está com Processo Seletivo Simplificado aberto para o preenchimento de 105 vagas complementares nos cursos superiores de Tecnologia em Alimentos (41), Licenciatura em Física (38), Sistemas para Internet (21) e Bacharelado em Engenharia Civil (2). As entradas são para os semestres 2025.1 e 2025.2, com exceção de Engenharia Civil, que tem entrada apenas no semestre 2025.2
Para se inscrever, o candidato precisa preencher este formulário, anexando todos os documentos exigidos no item 3.7 do edital ou comparecendo pessoalmente à Secretaria de Controle Acadêmico do Campus Salgueiro com os documentos originais.
Conforme o edital, os candidatos que se inscreverem para as vagas complementares e enviarem toda a documentação de acordo com edital, serão classificados em ordem decrescente de acordo com a média aritmética obtida no ENEM.
O IFSertãoPE efetuará a matrícula dos candidatos que estiverem dentro das vagas e com toda a documentação exigida no edital.
Por Chico Gomes

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Educação
1ª colação de grau do Campus Salgueiro é realizada pela Univasf

No dia 24 de fevereiro a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) realizou a 1ª colação de grau do Campus Salgueiro, numa noite histórica para a instituição de ensino superior federal. Estudantes da turma 2024.1 de Engenharia de Produção colaram grau em cerimônia realizada no mesmo local onde aconteceu a Aula Inaugural do curso em 2019: o auditório do IFSertãoPE.
Composta por cinco estudantes, a primeira turma a concluir a graduação vivenciou a pandemia de Covid-19, assistiu aulas remotas e enfrentou outros desafios. Receberam diploma os seguintes alunos: Diego Vítor da Silva, Gustavo José Bezerra Pires, Daniely Inácio Galvão, Isabella Alves Cavalcanti e Maria Valéria de Carvalho André.
Durante a cerimônia houve a entrega da Láurea Acadêmica à estudante Maria Valéria de Carvalho André, natural de Salgueiro, que já planeja dá continuidade à sua formação fazendo pesquisa em cursos de mestrado e doutorado. Ao longo do curso ela participou de diversos projetos de pesquisa, que começaram ainda no primeiro período, quando foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Incentivo Acadêmico (BIA).
Participaram da colação de grau o Pró-Reitor de Ensino da Univasf, Marcelo Ribeiro, que presidiu a cerimônia representando o reitor Telio Leite Nobre, impossibilitado de participar do evento; o coordenador do Colegiado de Engenharia de Produção, Lenilson Olinto Rocha, que também foi o patrono da turma; e o professor Felipe Guilherme de Oliveira Melo, paraninfo da turma.
Ainda estavam presentes o prefeito Universitário, José Pedro da Silva Neto; o chefe de Gabinete, Müller Alencar; e o vice-prefeito de Salgueiro, Emmanuel Sampaio.
Por Chico Gomes


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Educação
CDHU vai abrir concurso público em 2025, mais de 20 anos após última seleção

Após mais de 20 anos, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) vai abrir um concurso público que contemplará 388 vagas, para os níveis de escolaridade médio e superior. Ainda não há um calendário definido, mas a previsão é que as inscrições sejam abertas em 2025.
A última seleção feita pela empresa ocorreu em 2002, e o plano de cargos, que estava bloqueado desde 2006, já foi aprovado pelo Governo de São Paulo. O plano inclui desde carreiras das atividades-base da CDHU, como engenharia e arquitetura, até cargos de áreas-meio, como administração, contabilidade, auditoria, entre outras.
O objetivo da companhia é modernizar o quadro de funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação. O órgão decidiu o número de vagas com base no déficit operacional dimensionado. No momento, a CDHU está trabalhando no plano de cargos e salários, enquanto busca autorização da Secretaria da Fazenda para realizar o concurso. Depois disso, é feita a seleção da organizadora e publicação de datas para inscrição e prova.
COMO SE PREPARAR?
Para o professor Eduardo Cambuy, da plataforma de estudos Gran Concursos, é importante que os futuros candidatos busquem a última prova, de 2002, e observem concursos de empresas locais correlatas, como saneamento e energia.
“Trata-se de uma empresa pública. Então é importante entender sobre toda a estrutura da administração pública no geral, os princípios básicos”, afirma. Ele sugere procurar empresas paulistas semelhantes, que tiveram algum concurso recentemente, e treinar com base nessas provas.
Letícia Bastos, professora de português na plataforma, cita disciplinas relacionadas a administração pública e direito administrativo como pontos de atenção para os candidatos, bem como conhecimentos específicos pertinentes ao setor habitacional e urbano.
Ela aconselha os candidatos a praticarem questões de Língua Portuguesa das bancas que organizam concursos no estado de São Paulo, como Cebraspe, FGV (Fundação Getulio Vargas), FCC (Fundação Carlos Chagas) e Vunesp. Caso a prova de 2002 seja utilizada para estudo, é importante se atentar às mudanças estabelecidas pelo Acordo Ortográfico de 2009.
Também é fundamental ficar atento e acompanhar a publicação do edital para direcionar os estudos de forma mais objetiva ao longo do processo.
O QUE É A CDHU?
A CDHU, sigla para Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, é uma empresa voltada para a construção de moradias populares, que atende famílias com renda na faixa de 1 a 10 salários mínimos. Fundada em 1949, está ligada ao Governo de São Paulo e vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação.
Desde 2023, a companhia foi responsável por 18,1 mil moradias do total de 50,5 mil entregues pela gestão estadual. Hoje, há mais de 32 mil unidades em construção. A meta de entrega de moradias até 2026, segundo a empresa, é de 200 mil unidades, incluindo todas as modalidades e programas disponíveis na secretaria.
Por Folhapress


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