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Um levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), a região do Sertão pernambucano está no topo do pódio no quesito elevação do faturamento econômico, neste período de volta gradual do comércio.
No sertão, o sol tem ajudado bastante no crescimento do mercado de energia solar. Isso até chegar os tempos nublados da pandemia, em que foi registrada queda nas vendas. “A gente vem em um crescimento muito grande. Nos últimos três anos tem mantido um crescimento constante, mas no período de pandemia, quando tivemos a parada mesmo, mais especificamente abril, maio e junho, nossa venda caiu 5% do que é o projetado do mês. Então a gente teve uma queda considerável nesse período de fechamento”, afirmou o proprietário da loja de energia solar, Alysson Farias.
Durante três meses muitos projetos ficaram paralisados. Mas a empresa conseguiu mudar essa realidade investindo nas vendas on-line. “A gente percebeu que a venda não precisaria ser, necessariamente, presencial. A gente começou a perceber que a venda poderia acontecer pelo WhatsApp, como tem acontecido hoje. Isso tem sido muito bom, porque a gente tem conseguido acelerar o processo de venda e o cliente não precisa do contato conosco e a gente consegue fechar a venda”, destacou Alysson
No setor de reparação automotiva, a pandemia parece não ter afetado tanto. Segundo o proprietário de uma loja do ramo, Vital Sampaio, eles não foram afetados neste período. “A gente começou a se adaptar, começou a se organizar. Para a gente, realmente, acabou sendo uma grata surpresa. Lógico que a gente não queria uma pandemia, uma quarentena dessa, uma crise dessa, mas para o setor de reparação automotiva acabou sendo positivo” disse Vital Sampaio.
Entre o primeiro semestre desse ano e de 2019, o fluxo da oficina na comparação subiu 20%. A expectativa agora é de uma segunda onda de crescimento para o setor. “A gente vai ter uma segunda onda de crescimento a partir de outubro, exatamente quando volta o comércio na sua totalidade. Quer dizer, alguns setores não conseguiram desenvolver. Quando vão se adaptar mais a partir de outubro, a gente vai também pegar essa segunda onda e crescer mais um pouco”, afirmou.
A região tinha sido uma das mais afetadas, economicamente, pela pandemia no estado, segundo um levantamento da Fiepe. Mas agora tá no topo do pódio na elevação dos faturamentos. O estudo mostrou que 85% das empresas sertanejas registraram um crescimento do faturamento após a retomada da economia. No Agreste, essa realidade chegou pra 75%. Na região metropolitana e na Zona da Mata, o índice é de 67%.
“Apesar de tudo que aconteceu ainda foi um ano positivo. Se não aconteceu nos fatos de novos contratos, mas aconteceu nos fatos de novos serviços que surgiram, porém estavam parados por não poderem começar, mas que pelo menos já foram contratados. Então eu acredito que tudo isso, no final do ano, vamos ter um resultado muito positivo”, disse o diretor da unidade sertão da Fiepe, Albânio Venâncio .