Conecte-se Conosco

Política

Na presidência do STF, Fux quer evitar novas derrotas à Lava-Jato

Publicado

em

[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]

Prestes a assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux vai tentar colocar um freio na série de derrotas que a Operação Lava-Jato vem enfrentando. O ministro é um dos maiores defensores do trabalho das forças-tarefas na Corte e não pretende levar a julgamento no plenário, pelo menos em um primeiro momento, ações que possam impor novos reveses ao combate à corrupção.

Fux também tem dito a interlocutores que quer evitar polêmicas e focar esforços em pautas econômicas que tragam segurança jurídica em meio à crise causada pela pandemia. O ministro também tem afirmado que pretende investir em conciliação para resolver conflitos e evitar o excesso de judicialização.

O futuro presidente do STF, no entanto, tem reclamado do fato de a Corte estar menos rígida em matérias penais – especialmente depois que o colegiado derrubou, em uma votação apertada, a prisão após condenação em segunda instância. O placar foi 6 a 5, o que pode vir a ser alterado com a nova configuração da Corte após a aposentadoria do decano Celso de Mello, em novembro. A decisão de trazer o tema de volta ao debate caberá a Fux, que terá o poder de decidir o que será ou não julgado pelo plenário.

“O ministro Luiz Fux é um sujeito decente, sério. E somos parceiros no esforço para conferir maior integridade à vida pública brasileira de uma maneira geral. Penso que seja um bom marco para o Supremo a chegada dele”, diz o ministro Luís Roberto Barroso, colega de Tribunal.

A trégua para a Lava-Jato, porém, não depende só do presidente da Corte. Hoje, o principal lócus de questionamento dos métodos usados pelas forças-tarefas se dá na Segunda Turma, que é comandada pelo ministro Gilmar Mendes. É esse colegiado, por exemplo, que vai discutir um tema que pode impor a maior derrota à investigação: a suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos casos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Há uma expectativa de que o ministro Dias Toffoli, ao deixar a presidência em 10 de setembro, não fique no lugar de Fux na Primeira Turma, mas sim peça para integrar o outro colegiado após a saída de Celso de Mello.

A ida de Toffoli para a Segunda Turma, formada por cinco dos 11 ministros, reforçaria o time mais crítico às investigações, hoje formado por Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Assim, o grupo lavajatista, representado por Edson Fachin e Cármen Lúcia, se tornaria minoritário.

Além dos conflitos devido à operação, Fux também vai herdar do atual presidente uma série de temas delicados que precisarão ser enfrentados no plenário. Um deles é a necessidade de voltar a discutir o alcance do foro privilegiado, que está por trás do caso envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e de uma decisão que impediu buscas no gabinete do senador José Serra (PSDB-SP).

A relação que o ministro terá com o governo do presidente Jair Bolsonaro tende a ser menos política que a de Toffoli e mais restrita ao âmbito institucional, dizem fontes próximas a ambos. Nos últimos meses, quando o STF esteve sob ataque, Fux saiu em defesa da Corte. Ao chancelar a validade do inquérito das “fake news”, em junho, afirmou que os atos cometidos contra o Supremo eram gravíssimos, um verdadeiro “germe do terrorismo”.

Para exemplificar a diferença entre o ministro e o seu antecessor, é comum vir à tona o episódio em que Bolsonaro marchou até o STF junto a uma comitiva de empresários para pedir a Toffoli a flexibilização das medidas de isolamento social, em nome da economia. Nos bastidores, a avaliação é a de que Fux não teria recebido a “visita surpresa” em meio à pandemia.

Ministros de tribunais superiores e advogados ouvidos pelo Valor, porém, apontam que ele terá a vantagem de assumir a Corte em um momento em que a crise com o governo arrefeceu, já que Bolsonaro tem evitado novos confrontos com o STF.

“A capa de presidente do STF é muito forte. Eu tenho certeza que ele manterá uma boa relação com os demais Poderes, ele saberá representar bem o Poder Judiciário, especialmente neste momento de certo esgarçamento institucional por parte do Executivo. O presidente do Supremo Tribunal sabe a dimensão do que é falar em nome do Poder Judiciário”, diz o advogado Antônio de Almeida Castro, conhecido como Kakay.

Para o criminalista Roberto Podval, o fato de Fux ser um juiz de carreira e ter atuado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), faz com que ele tenha a dimensão de como se posicionar no colegiado. “Quem não vem do colegiado, muitas vezes sofre. Nós temos o exemplo do ministro Joaquim Barbosa, que era duro, não estava acostumado com o colegiado. Então, era tensão o tempo todo, muitas vezes desnecessárias.”

O advogado lembra que não é comum ver Fux em embates no plenário com outros ministros. “Dificilmente ele puxa discussões acaloradas contra A, B ou C, ou faz ataques pessoais”, diz.

Podval, no entanto, afirma esperar que ele fique mais “garantista” na presidência. “Acho ele duro em matéria penal, duríssimo, até exagerado. Gostaria que ele fosse mais liberal, mas pessoalmente ele é gentil, é agradável, conhece a Corte. Acredito e espero que, na presidência, ele fique mais moderado.”

O novo presidente do Supremo também é apontado como alguém “corporativista”, que vai trabalhar para manter os privilégios da magistratura. É dele, por exemplo, a decisão que garantiu, por anos, o pagamento de auxílio-moradia para a categoria. A medida só foi revogada em 2018, depois que os ministros aprovaram um reajuste em seus próprios salários.

Para o professor da FGV Direito Rubens Glezer, essa é “uma das marcas mais salientes” de Fux. “É alguém muito envolvido com as pautas das carreiras do Judiciário”, diz. Em razão disso, é esperado que ele dê uma atenção especial ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no próximo biênio.

Ele também é considerado um magistrado estudioso, que consegue aliar questões acadêmicas à prestação jurisdicional. “É difícil encontrar esse equilíbrio, conseguir fazer bem as duas coisas”, elogia o ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Apesar de ser descrito como uma pessoa “sociável” e “festiva”, Fux também é lembrado por ser religioso e ter um perfil mais conservador. Por conta disso, a aposta é que o ministro deve evitar pautar temas como a descriminalização das drogas e a legalização do aborto. Ele será o primeiro judeu a ocupar a cadeira na mais alta corte país.

Em sua equipe na presidência, o ministro deve abrir mão de ter um representante das Forças Armadas, como fez Toffoli. Ele, no entanto, convidou o ex-diretor da Polícia Federal Rogério Galloro para assumir o cargo de assessor especial, vaga hoje ocupada pelo general da reserva Ajax Porto Pinheiro.

Depois de deixar o comando da corporação, o delegado foi chamado para ser assessor da ministra Rosa Weber no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dois se aproximaram porque Rosa foi alvo de diversos ataques durante a eleição de 2018, quando ele dirigia a Polícia Federal. (Do Valor Econômico)

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Política

PF encontra com Ramagem roteiro para Bolsonaro pôr sob suspeita urnas eletrônicas

A PF também achou documentos com “informações difamatórias” sobre o ministro Alexandre de Moraes.

Publicado

em

A Polícia Federal encontrou com o ex-chefe da Agência de Inteligência Brasileira (Abin) Alexandre Ramagem e-mails contendo um roteiro de orientações para o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre ataques a urnas eletrônicas. A PF também achou documentos com “informações difamatórias” sobre o ministro Alexandre de Moraes, relator no STF das investigações mais sensíveis ao ex-chefe do Executivo e seus aliados.

A informação foi divulgada pelo jornal O Globo nesta sexta, 26, e confirmada pela reportagem do Estadão junto à fontes na Polícia Federal. Esse dado foi usado para confrontar Ramagem durante o depoimento que ele prestou na semana passada, sobre os achados que levaram à quarta fase da Operação Última Milha – investigação sobre a ‘Abin paralela’, esquema de bisbilhotagem e monitoramento de políticos, ministros do Supremo e jornalistas no governo Bolsonaro.

Quando depôs, Ramagem tentou atribuir a responsabilidade da suposta arapongagem em dois ex-integrantes da ‘Abin paralela’, um policial federal e um sargento do Exército cedidos na época para ocuparem cargos estratégicos na Agência. Documentos encontrados com Ramagem já haviam sido citados na representação da PF pela abertura da mais recente fase da ‘Última Milha’.

Como mostrou o Estadão, os arquivos intitulados ‘presidente’ citavam a “família Bolsonaro” e detalhavam orientações sobre o caso Fabrício Queiroz – o inquérito das ‘rachadinhas’, que mirou o filho mais velho do ex-presidente, Flávio, quando este exercia o mandato de deputado estadual no Rio.

A PF diz que os documentos corroboram a premissa investigativa de que as informações da ‘Abin paralela’ abasteciam o “núcleo-político” da organização criminosa sob suspeita.

Os arquivos também são usados pelos investigadores para atribuir a Ramagem ‘domínio do fato’, ou seja, que ele tinha conhecimento da arapongagem.

‘Domínio do fato’ – usado pela PF para imputar envolvimento de Ramagem com os crimes supostamente praticados pelos ex-integrantes da Agência -, tem relação com uma teoria jurídica que foi utilizada cabalmente durante o julgamento do Mensalão.

Na ocasião, essa teoria foi citada pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para embasar a acusação e condenação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Depois, a tese também foi evocada na Operação Lava Jato.

A tese foi aprofundada pelo jurista alemão Claus Roxin, citado em meio ao julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal, em 2012.

Roxin entendia que ocupantes de um ‘aparato organizado de poder’ que ordenassem a execução de crimes teriam de responder como ‘autores’ do delito. Ele admitiu que aprofundou a tese em razão da preocupação com a possível impunidade do alto escalão do nazismo, generais de Adolf Hitler que alegaram não ter ligação com atrocidades nos campos de concentração.

A teoria, importada da Alemanha, usada no Mensalão e na Operação Lava Jato – escândalos durante o governo Lula – agora é aplicada a Ramagem.

Foto Getty

Por Estadão

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Política

Chapa Nininho e Tácio será oficializada nesta sexta-feira (26), em Parnamirim

Publicado

em

A Coligação Avança Mais em Parnamirim, no Sertão, está se preparando para um importante evento político que marcará o início de sua campanha para as próximas eleições municipais. A convenção será realizada nesta sexta-feira (26), com concentração às 13h, na Quadra Municipal Carlos Cabral. Durante o evento serão oficializados os nomes dos pré-candidatos da coligação. Nininho (Ferdinando Lima de Carvalho), atual prefeito, é candidato à reeleição em Parnamirim. Já o ex-prefeito Tácio Pontes disputará o cargo como vice na chapa.

Em suas redes sociais, a coligação, que envolve quatro partidos (MDB, PSD, PT e Rede) convidou apoiadores e filiados a participarem da convenção.

Fonte: Fala PE

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Política

Petrolândia e Santa Cruz são os primeiros municípios do Sertão pernambucano com candidaturas já registradas para as Eleições Municipais de 2024

Publicado

em

Desde o dia 20 de julho, quando começou o prazo de realização das convenções partidárias, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou sistema para solicitação do registro de candidaturas. A partir do registro, que segue até 15 de agosto, o postulante a prefeito ou vereador deixa de ser pré-candidato e passa a ser efetivamente candidato.

Até a manhã de hoje, 26, Petrolândia e Santa Cruz da Venerada eram os dois únicos municípios do Sertão pernambucano com candidaturas já registradas, tanto para prefeito quanto para vereador. Outros municípios do Estado com inscrições de candidaturas são Barreiros, Camaragibe, Feira Nova e Recife.

Segundo informações da plataforma DivulgaCand, do TSE, Petrolândia conta com o registro da candidatura de Fabiano Marques, que concorrerá à reeleição para prefeito, e de 38 candidatos à Câmara de Vereadores. Já Santa Cruz tem a candidatura de Cachoeira para prefeito, com apoio da atual prefeita Eliane Soares, e 17 candidatos ao legislativo. Todas aguardam julgamento da Justiça Eleitoral.

Fonte: Blog Alvinho Patriota

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!