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Política

Aras defende abertura de templos visando apoio de evangélicos no STF

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O procurador busca uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF)

Em campanha reservada a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Augusto Aras, recebeu dois líderes evangélicos de setores da Assembleia de Deus fora da agenda, na última segunda-feira, 15. Ao pastor Silas Malafaia (Vitória em Cristo) e ao bispo Abner Ferreira (Ministério Madureira), Aras posicionou-se contra o fechamento de igrejas durante o período de restrições impostas por governadores e prefeitos em função do agravamento da pandemia de covid-19. O relato é de Malafaia.

O encontro, que ocorreu na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), não foi informado na agenda pública de Aras. Católico e sem a preferência dos evangélicos, o procurador-geral corre por fora na tentativa de ser indicado ao Supremo em julho, quando está prevista a aposentadoria compulsória do ministro Marco Aurélio Mello, que completará 75 anos. A vaga foi prometida reiteradas vezes pelo presidente Jair Bolsonaro, ainda no primeiro ano de governo, a um ministro “terrivelmente evangélico”.

Um líder do segmento protestante, frequentemente tietado por candidatos à vaga, relatou, reservadamente, que a sucessão no Supremo entrou na pauta do encontro e que todas as costuras estão sendo feitas de forma sigilosa. Em busca de prestígio, Aras intensificou a procura por canais de aproximação com os pastores. Malafaia, por sua vez, disse à reportagem que o procurador-geral não falou abertamente se pretende a vaga de Marco Aurélio. Segundo ele, por ser “muito ético”.

O pastor disse à reportagem que Aras não pediu segredo sobre o encontro reservado e, por isso, poderia falar abertamente. Por meio de sua assessoria, Aras confirmou a reunião, mas não deu detalhes. Afirmou apenas que “foram tratados temas de interesse dos evangélicos”.

Em seu gabinete, Aras relatou ações que caíram no agrado dos líderes religiosos da Assembleia de Deus. O chefe do Ministério Público Federal comentou sobre uma reunião anterior com procuradores-gerais de Justiça, que chefiam o Ministério Público dos Estados e do Distrito Federal. O objetivo seria alinhar a atuação do órgão. O pastor disse que o PGR afirmou, “com sensatez e equilíbrio”, aos procuradores: “Não mexam em templos religiosos”.

“Nessa reunião, ele (Aras) declarou o que está na Constituição. Primeiro, lugar de culto é inviolável, ninguém pode fechar ou impedir um culto religioso. Segundo, que as religiões cumprem um papel que o Estado não consegue, têm um papel terapêutico nessa história. A fé atua em áreas que um médico não atua. Então, que era um absurdo por violar um preceito constitucional e a prática de um povo, que 95% têm alguma religião. Ele disse para mim que apenas um procurador se contrariou, todos os demais concordaram com a fala dele. Essa foi a palavra dele, que acha um absurdo, uma afronta.”

Um aliado de Aras na PGR, a par das conversas, disse que ele pediu que o Ministério Público ficasse de fora de decisões sobre o funcionamento das igrejas. Segundo este mesmo subprocurador, Aras ponderou aos procuradores-gerais de Justiça que a decisão é de competência das autoridades sanitárias e segue critérios técnicos. Aras teria dito, na mesma linha, que o MP não deve assumir a responsabilidade política dos gestores pelas escolhas, nem intervir inadequadamente a favor ou contra o fechamento dos templos.

Regras

Prefeitos e governadores impuseram limitações ao funcionamento de templos religiosos em geral, como o impedimento de cultos presenciais ou o fechamento total. Malafaia afirma que eles foram “hipócritas”, porque não interferiram em aglomerações no transporte público, como ônibus e trens, mas prejudicam o comércio e os espaços de culto. Por isso, os representantes das igrejas passaram a procurar aconselhamento jurídico. “Enche a paciência de tanta hipocrisia e omissão. Quero ver o poder público ir em áreas proletárias e mandar fechar. Tenho 60 igrejas em comunidades. Está tudo aberto, um movimento louco. Vai na Maré, na Rocinha, no Alemão”, argumenta Malafaia.

Malafaia, no entanto, diz que não viu na atitude de Aras um movimento pensado para se cacifar no segmento. “Se o Aras quisesse se promover para agradar os evangélicos ele divulgava tudo, vazava para a imprensa essa postura dele. Mas não falou com ninguém. Sinceramente, não sou nenhum bobinho, a gente conhece bem o jogo. Ele é um cara religioso também, católico”, opina o pastor.

Em 2019, quando correu por fora da lista tríplice votada pelos membros do MPF e conseguiu ser escolhido por Bolsonaro para a PGR, Aras também manteve reuniões em segredo com evangélicos e, como o Estadão revelou na época, comprometeu-se com uma pauta moral cristã, a partir de uma carta elaborada pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure).

A entidade também é cortejada por interessados na vaga do STF. Um dos nomes fortes considerados é o atual presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, que frequenta a Igreja Adventista do Sétimo Dia. No ano passado, a Anajure realizou um congresso nas dependências da corte, e Martins defendeu a liberdade religiosa como direito fundamental, no painel de abertura. O presidente do STJ costuma usar frases como “Deus no comando” em conversas de aplicativo e teria angariado apoios na bancada evangélica recentemente. No entanto, pesa contra ele o fato de ser próximo ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), opositor de Bolsonaro. Ambos são alagoanos.

Malafaia e Ferreira comandam igrejas no Rio de Janeiro. Ambos apoiam Bolsonaro e exercem influência política no segmento. O atual presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), é da mesma linha assembleiana comandada pela família Ferreira, que inclui a AD Madureira e a AD Brás. Esse ministério da Assembleia de Deus é historicamente ligado ao partido PSC e foi acusado de intermediar o recebimento de propina para o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ). O próximo presidente da frente parlamentar será o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), fiel da ADVEC, de Malafaia.

Por enquanto, o favorito entre os evangélicos é o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, pastor da Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília. Dos nomes colocados, ele também possui o melhor trânsito no STF. A simpatia dos ministros, porém, foi abalada com a série de inquéritos que Mendonça passou a requerer à Polícia Federal para investigar críticos de Bolsonaro com base na Lei de Segurança Nacional.

“O André Mendonça tem a unanimidade da liderança evangélica. Mas quem vai bater o martelo é o presidente. Ninguém colocou faca no pescoço de Bolsonaro. O André tem apoio de 95% da liderança, ele é o cara que tem mais chance, sem menosprezar Aras, Humberto Martins”, disse Malafaia.

Lista evangélica

Para dar alternativas a Bolsonaro, em setembro do ano passado os pastores indicaram uma lista tríplice ao presidente, encabeçada pelo desembargador federal William Douglas, seguido pelo ex-desembargador eleitoral Jackson di Domenico e pelo procurador de Justiça Eduardo Sabo. Bolsonaro, contudo, preteriu os evangélicos e deu a cadeira aberta pela aposentadoria do ex-ministro Celso de Mello ao ministro Kassio Nunes Marques, avalizado por políticos do Centrão.

A lista continua válida, tendo sido endossada por lideranças evangélicas ligadas ao Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (Cimeb), que visitaram Bolsonaro na segunda-feira, após participarem de encontro com Augusto Aras. Eles são, majoritariamente, pentecostais e neopentecostais. Foram ao Palácio do Planalto nomes como Renê Terra Nova (Ministério Internacional da Restauração), Estevam Hernandes (Renascer em Cristo), César Augusto (Fonte da Vida) e Samuel Câmara (Assembleia de Deus em Belém). Segundo Malafaia, o grupo não fez novos apelos por um dos nomes indicados porque poderia soar como tentativa de “constranger” o presidente, que já sabe da preferência pelo ministro da Justiça.

O discurso dos evangélicos é que foi Bolsonaro quem prometeu a indicação da segunda vaga ao segmento e que agora deverá cumprir sua palavra. Lideranças das igrejas deram apoio majoritário ao presidente em 2018, e pesquisas de intenção de voto indicam novamente um favoritismo do presidente no segmento para a disputa da reeleição no ano que vem.

Por Estadão Conteúdo

 

tarem

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Política

Cotada a vice, Mariana Melo já fala como membro da chapa de Daniel Coelho no Recife

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A ex-secretária da Mulher do governo Raquel Lyra (PSDB), Mariana Melo (PSDB), nome mais cotado para a vice de Daniel Coelho (PSD) na disputa pela prefeitura do Recife, já vem se posicionando como integrante da chapa.

No último domingo (21), Mariana esteve junto a Daniel em uma comunidade do bairro de Tejipió, zona Oeste da capital, para uma plenária realizada com moradores. A ex-secretária ouviu moradoras a respeito de políticas públicas para mulheres.

“Elas comentaram sobre segurança, iluminação pública e nós sabemos que esse tipo de demanda afeta as mulheres de uma forma diferente. Tem mulheres aqui que fazem faculdade, voltam à noite e ficam com medo de chegar em casa. Estamos aqui para ouvir de perto o que elas realmente precisam e que isso esteja no nosso programa de governo“, relatou a ex-secretária nas redes sociais.

O nome de Mariana é cotado para a vice de Daniel desde o mês de junho, quando foi exonerada pela governadora Raquel Lyra na mesma data em que o ex-secretário de Turismo e Lazer deixou a gestão estadual.

Na época, Daniel publicou uma foto ao lado da administradora e elogiou o trabalho feito por ela: “Mariana tem me ensinado muito sobre a superação através do estudo, da disciplina e do conhecimento. Que venham novos desafios!”.

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Política

Victor Marques é anunciado como vice de João, mas evita falar sobre sucessão: “2026 ainda não é agora”

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A Frente Popular do Recife oficializou nesta segunda-feira (22) o nome de Victor Marques (PCdoB) como vice-prefeito na chapa de João Campos (PSB), que busca a reeleição este ano. A escolha de Marques, que se desfiliou do PSB para se filiar ao PCdoB, foi marcada por diálogo e articulação política para fazer valer a vontade do prefeito do Recife, diante da disputa pela vaga, pleiteada pelo PT. Nome até então desconhecido por boa parte da população, Marques pode suceder João à frente da PCR, caso o socialista seja reeleito e, como esperado, parta para a disputa das eleições estaduais em 2026. Embora projete esse cenário, Marques evitou falar sobre: “Acho que o momento de falar de 2026 ainda não é agora”, adiantou.

O anúncio do novo nome foi realizado nesta segunda, mas o martelo foi batido após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada. A popularidade de Campos e as chances nas pesquisas de intenção de votos para a próxima eleição lhe permitiram chancelar a indicação do vice.

Victor Marques foi apresentado durante coletiva de imprensa, no Hotel Luzeiros, no Pina, após reunião da Frente Popular do Recife, que contou com a participação da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. João Campos abriu o anúncio saudando Marques, Gleise e Siqueira, dizendo se tratar de um dia especial para a Frente Popular do Recife. “Esta frente representa o maior conjunto e representatividade de forças políticas nesta eleição”, afirmou.

João Campos
Frente Popular do Recife anuncia Victor Marques como candidato a vice de João Campos para disputar reeleição – João Campos

Campos destacou os avanços conquistados pelo seu governo e a importância da unidade partidária. “O que se vê na nossa cidade é resultado de muito trabalho. A unidade construída hoje, com a chapa majoritária de João e Victor, reúne doze partidos. Externamos nossa gratidão e reconhecimento pela confiança, com a participação ativa do presidente Lula neste processo”.

CONFIANÇA É MAIOR QUE HISTÓRICO

A escolha do nome de Victor Marques por João Campos se justifica mais pela confiança pessoal do que pela experiência política do aliado. É verdade que o candidato à vice acompanha Campos em toda a sua trajetória política, primeiro como chefe de gabinete quando era deputado federal e depois como chefe de gabinete na Prefeitura do Recife. Até agora Marques era uma pessoa de bastidor, não da linha de frente.

Na coletiva de apresentação de sua candidatura foi de poucas palavras, manifestando sua honra em compor a chapa. “Tenho contribuído com a gestão de João Campos desde o primeiro dia. Se assim o povo quiser, poderei contribuir ainda mais nesta nova posição,” afirma Marques, destacando a maturidade do processo de escolha de um partido centenário, como o PCdoB, ao qual se filiou, para marcar sua trajetória na Frente Popular do Recife.

Fonte: JC

           

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Política

PL oficializa candidatura de Ramagem à Prefeitura no Rio, e vice segue indefinida

A convenção do PL não definiu nome para a vaga de vice na chapa.

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O PL oficializou nesta segunda-feira (22) a candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro.

A convenção do PL não definiu nome para a vaga de vice na chapa, mas o deputado confirmou que o partido vai escolher uma mulher.

O evento do PL nesta segunda não contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve no Rio na última semana em agendas públicas para campanha de rua com o aliado.

A temporada das convenções partidárias começou no último sábado (20), dando início ao período de duas semanas para a formação do cenário eleitoral nas principais capitais brasileiras, incluindo o Rio.

Quanto ao posto de vice, ainda não há definição no PL quanto a se o partido irá aceitar a indicação do MDB ou se emplacará uma chapa ‘puro sangue’.

O MDB sugeriu o nome da ex-deputada estadual e pré-candidata a vereadora Rosane Félix, radialista gospel e aliada do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis, presidente estadual do MDB.

Caso opte por uma vice do próprio partido, as postulantes são a deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) e a deputada estadual Índia Armelau (PL).

“A gente está trabalhando para que [a candidata a vice] esteja adequada aos nossos princípios, aos nossos valores, que seja uma mulher conservadora, que deseja as nossas pautas de família, vida e defesa do nosso Brasil”, disse Ramagem, em entrevista coletiva nesta segunda, após a convenção do partido.

Ramagem também repetiu discurso de que é alvo de perseguição ao falar sobre as investigações da Polícia Federal sobre suposto monitoramento irregular na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sob sua gestão.

“Eu acredito que é uma grande perseguição que se verifica que não há crime. Elegeram a mim como alvo de investigações sem ter conduta criminosa alguma. Infelizmente, é muito negativo para nós que haja essa perseguição grande. Mas, por outro lado, eu vejo que o Carioca está notando essa perseguição.”

A campanha de Ramagem será focada na ordem pública. As críticas ao atual prefeito Eduardo Paes (PSD) serão direcionadas à pauta da segurança. O principal argumento preparado pelo PL será o de que, apesar de atribuição estadual, o município poderia contribuir com a segurança pública

“Nós queremos colocar a ordem pública e a segurança como prioridades, como prioritário para o Rio de Janeiro. Com a ordem pública chegando, o comércio e a indústria voltarão e crescerão no Rio de Janeiro”, disse Ramagem.

No sábado, o diretório municipal do PSD no Rio oficializou, por sua vez, o nome de Paes como candidato à reeleição -também sem escolher o candidato a vice na chapa, o que só deve ocorrer em agosto.

Foto Reuters

Por Folhapress

           

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