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Pouca vacina e gotas ‘milagrosas’ marcam pandemia na Venezuela

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O Carvativir, no entanto, não tem eficácia comprovada no combate à Covid

Quando Nicolás Maduro decretou, no último dia 21, um lockdown de duas semanas na Venezuela, não era a primeira vez que o ditador adotava a medida. A novidade era o anúncio da distribuição em massa de um suposto remédio “milagroso” contra o coronavírus a centros de saúde e farmácias de todo o país.

O Carvativir, no entanto, não tem eficácia comprovada no combate à Covid. Composto de carvacrol, substância presente no óleo de orégano, o medicamento criado pelo médico venezuelano do século 19 José Gregorio Hernandez é usado como expectorante e foi classificado pelo FDA, a agência reguladora de medicamentos dos EUA, como “seguro e inócuo para consumo humano”.

A promoção das “gotas milagrosas”, como Maduro vendeu o remédio, levou o Facebook a suspender a página do chavista na plataforma devido a violações da política contra informações falsas sobre a pandemia. A decisão foi baseada em orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde), que afirma não haver atualmente medicamento para curar o vírus. De certa forma, as falas do ditador e a medida da rede social desvelaram a situação da crise sanitária na Venezuela.

Com uma campanha de vacinação lenta, aumento de casos e mortes e o iminente colapso das UTIs do país, o anúncio da imposição de um lockdown parece ter sido a saída mais eficaz a curto prazo para barrar a piora da crise, ainda que tenha sido feito a la Maduro, em um discurso cheio de adjetivos e tom bélico.

Se na primeira onda de Covid a culpa pela pandemia de coronavírus era atribuída ao presidente colombiano, Iván Duque, porque as infecções viriam dos migrantes venezuelanos que voltavam do país vizinho, agora o inimigo é o Brasil de Jair Bolsonaro, onde foram detectadas variantes do patógeno.

Em discursos recentes, Maduro tenta passar a impressão de que o regime está conseguindo conter a crise sanitária. Não está. Desde o fim de fevereiro, o número de casos vem aumentando, e a falta de confiança nos dados divulgados pelo governo projeta um quadro ainda mais grave.

“Há muita gente morrendo em casa, gente que recebe tratamentos alternativos sem ser testada ou que não chega às UTIs porque o sistema de saúde já estava arruinado pela crise venezuelana antes da pandemia”, diz o médico Julio Castro Méndez. No país, há apenas dois laboratórios capazes de fazer testes de detecção do vírus, e ambos estão na capital Caracas.

Em 2020, médicos da cidade de Maracaibo alertaram para o colapso das UTIs da região, que recebe muitos refugiados que voltam à Venezuela pela fronteira com a Colômbia. Ali, dezenas de profissionais de saúde teriam morrido por falta de recursos para evitar o contágio, segundo a ONG Colegio de Medicos.

Na segunda semana de fevereiro foram identificadas duas variantes brasileiras do vírus, a P.1 e a P.2, em ao menos cinco estados: Vargas, Miranda, Anzoátegui, Monagas e Bolívar, além da capital.

O aumento de infecções é confirmado por diretores de centros médicos públicos e privados. No último dia 15, Germán Cortéz, presidente da Associação Capital de Clínicas e Hospitais, afirmou que as UTIs de 11 clínicas de Caracas estavam quase totalmente ocupadas -e sempre por pacientes com coronavírus.
Patricia Valenzuela, médica da Policlínica La Arboleda, afirma não ter como aceitar novos pacientes -as unidades de tratamento intensivo do local estão no limite, com mais de 20 leitos ocupados. “Vemos com muita tristeza o trânsito de ambulâncias em Caracas para buscar um lugar para internar uma pessoa.”

Para Mauro Zambrano, dirigente sindical dos hospitais e clínicas de Caracas, os números do governo não podem estar corretos porque “todos os dias vemos casos de pessoas que não são testadas por falta de reativos e equipamentos necessários”. “Elas são orientadas a ir para casa e comprar, no mercado negro, analgésicos e antibióticos que médicos receitam apenas para tentar aplacar sintomas.”

Zambrano pede melhores condições e assistência aos profissionais de saúde, que, conta ele, recebem pagamentos baixíssimos. “O salário de um médico na Venezuela não chega a US$ 4 ou US$ 5, e o de uma enfermeira, US$ 2. Estamos perdendo profissionais todos os dias para a doença.”

O presidente da policlínica metropolitana, Jimmy Levi, por sua vez, diz que até meados de março era possível receber os pacientes que chegavam com sintomas. Agora, no entanto, “temos de improvisar áreas de emergência do hospital para operar como UTIs, mas sem os mesmos recursos”.

Por fim, a campanha de imunização ocorre em ritmo lento. Iniciada em 18 de fevereiro, com 100 mil doses da vacina chinesa Sinopharm e 500 mil da russa Sputnik V, as aplicações por enquanto estão restritas aos profissionais de saúde. Maduro também anunciou que, assim que passarem pela fase 3 dos testes, os fármacos cubanos Soberana 1 e 2 e Abdala serão adquiridos pelo país.

Enquanto isso, o grupo opositor liderado por Juan Guaidó, que divulgou na noite deste sábado (27) estar com Covid-19, negocia com o Covax, mecanismo da OMS para fornecimento de imunizantes a países em desenvolvimento, a compra de doses para o país.

Com a vacinação incipiente, até agora a maioria das doses tem sido aplicada no Hospital Universitário de Caracas, e a distribuição a outras partes do país ainda não começou.

Por Folhapress

 

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Biden diz a aliado que está avaliando se pode salvar candidatura; Casa Branca nega

Embora profundamente engajado na luta pela reeleição, segundo esse aliado, Biden entende que suas próximas aparições -incluindo uma entrevista agendada para esta sexta-feira (5) à ABC News, e eventos de campanha na Pensilvânia e em Wisconsin- devem correr bem.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse a um importante aliado ter consciência de que pode não ser capaz de salvar sua candidatura se não conseguir convencer o público nos próximos dias de que está à altura do cargo após a criticada performance no debate contra seu rival, Donald Trump, na semana passada.

Embora profundamente engajado na luta pela reeleição, segundo esse aliado, Biden entende que suas próximas aparições -incluindo uma entrevista agendada para esta sexta-feira (5) à ABC News, e eventos de campanha na Pensilvânia e em Wisconsin- devem correr bem.

“Ele sabe que se tiver mais dois eventos como aquele, estaremos em um lugar diferente” até o fim da semana, disse o aliado, referindo-se à performance hesitante e sem foco de Biden no debate. A pessoa falou sob condição de anonimato ao jornal americano The New York Times.

A conversa é a primeira indicação de que o presidente está avaliando seriamente se pode se recuperar de seu mau desempenho no debate em Atlanta, no dia 27 de junho. Desde então, as preocupações sobre sua viabilidade como candidato estão aumentando.

Um alto conselheiro de Biden, que também falou sob condição de anonimato para discutir a situação, disse que o presidente está “bem ciente do desafio político que enfrenta”.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, negou em entrevista coletiva nesta tarde em Washington que Biden esteja considerando desistir da disputa. Ela reconheceu a performance ruim do presidente no debate contra Trump, mas ressaltou que ele quer continuar a implantar suas medidas no governo.

A equipe da campanha acompanha ansiosa as pesquisas, reconhecendo que números ruins poderiam alimentar a crise. Uma pesquisa da CBS News divulgada nesta quarta-feira (3) mostrou Trump ultrapassando Biden por 50% a 48% nacionalmente e 51% a 48% nos estados decisivos.

O presidente se comunicou nos últimos dias com o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi, além dos deputados Hakeem Jeffries, Jim Clyburn e o senador Chris Coons. Ele também deve falar com governadores democratas e continua se comunicando com interlocutores de sua confiança.

Ao menos a uma pessoa ele afirmou estar aberto à possibilidade de fracassar na tentativa de superar a performance no debate.

Por outro lado, vários aliados de Biden que se reuniram com a família e assessores nos últimos dias enfatizaram que o presidente vê este momento como uma chance de se recuperar, como fez muitas vezes ao longo de sua carreira de meio século.

Mas ele também está ciente, disseram eles, de sua batalha difícil para convencer eleitores, doadores e a classe política de que sua performance no debate foi uma exceção.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Pesquisa aponta Michelle Obama como democrata capaz de vencer Trump

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Pesquisa Ipsos, encomendada pela agência de notícias Reuters, aponta que no cenário eleitoral dos Estados Unidos, em disputa com Donald Trump, apenas a ex-primeira-dama Michelle Obama venceria o republicano. O levantamento aponta um cenário ainda mais adverso para a candidatura do atual presidente Joe Biden, que tem seu nome posto em questão desde o último debate, quando demonstrou fragilidade no embate com Trump.

Segundo a pesquisa, Michelle Obama aparece com 11 pontos de vantagem sobre Trump. Em cenários hipotéticos com candidatos democratas além de Biden, a ex-primeira-dama tem 50% das intenções de voto e é a única capaz de derrotar Trump, que surge com 39%.

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Amigas são detidas por manterem relações sexuais com alunos

Atos foram cometidos enquanto estas exerciam funções na Calhoun City Schools.

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Duas amigas próximas foram presas sob acusação de manterem relações sexuais com alunos enquanto trabalhavam na Calhoun City Schools, na Georgia, Estados Unidos. Railey Greeson e Brooklyn Shuler enfrentam as acusações desde a semana passada.

Greeson é acusada de ter tido relações sexuais com dois estudantes diferentes entre outubro de 2021 e janeiro de 2022, enquanto Brooklyn é acusada de envolvimento com um aluno no mesmo período.

Embora não esteja claro qual era exatamente o papel delas na instituição – se eram professoras ou funcionárias -, o NY Post menciona que ambas sabiam que suas condutas não eram apropriadas.

As duas mulheres são melhores amigas e foram damas de honra nos casamentos uma da outra, eventos que ocorreram após os supostos atos pelos quais são acusadas.

Após a detenção, Greeson e Shuler foram levadas para a prisão do condado de Gordon e posteriormente liberadas sob fiança.

Em caso de condenação, as acusadas podem enfrentar até 25 anos de prisão ou uma multa de até 100 mil dólares.

Foto  Gordon County Sheriff’s Office

Por Notícias ao minuto

           

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