[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]
Após um final de semana de transtornos devido às chuvas, a segunda-feira (12) começou com alagamentos e mais problemas no Grande Recife. Em Olinda, houve moradores sem ter como sair de casa e, na capital pernambucana, algumas ruas e avenidas ficaram tomadas pela água.
Na sexta-feira (09), a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um alerta sobre chuvas com intensidades moderadas a fortes no Grande Recife e na Zona da Mata. No sábado (10) e no domingo (11), esse alerta foi prorrogado por mais 24 horas.
Uma câmera de monitoramento localizada no bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife, mostrou um homem em uma bicicleta passando pelo trecho alagado da Avenida Dois Rios com água na altura da cintura. Na Avenida Recife, que corta a Zona Oeste e a Zona Sul, a água também impediu a circulação de veículos próximos à entrada do Ibura.
Também no Ibura, no final de semana, um homem desapareceu levado pela água. Na manhã desta segunda, o Corpo de Bombeiros informou que retomou as buscas pelo homem.
Ainda na Zona Sul, moradores estavam com água na altura do joelho e reclamaram da falta de drenagem da Rua Hélio Brandão, no bairro do Ipsep. O Túnel Felipe Camarão, no bairro do Jordão, na mesma área da cidade, também registrou alagamento. O local é alvo constante de denúncias por problemas de infraestrutura.
De acordo com a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), a Central de Operações de Trânsito registrou pontos de alagamentos, por volta das 7h40 desta segunda, nas avenidas Dois Rios, no Ibura; Avenida Sul, sob o Viaduto Capitão Temudo; Avenida Recife, na altura da entrada e saída do bairro do Ibura, na mesma área; e Avenida Doutor José Rufino, na altura do Colégio Visão, na Zona Oeste.
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), disse que o sistema de drenagem do Recife não foi projetado para suportar fortes quantidades de chuva, como ocorreu nos últimos quatro dias, que, segundo ele, foram um “fenômeno anormal”.
Ele disse, ainda, que há um projeto para dragagem do Rio Tejipió, que anualmente transborda e deixa moradores ilhados nas zonas Sul e Oeste do Recife, mas afirmou que ação é muito cara, pois custam R$ 100 milhões. Segundo ele, daria para construir 50 escolas na cidade com esse valor.
“O Rio Tejipió, que a gente sabe que é uma parte que tem um dano considerável, pega os bairros da Imbiribeira, Ipsep, Caçote, Areias, a Avenida Recife e Mascarenhas de Morais, é um rio que tem um projeto para fazer a dragagem, que custa R$ 100 milhões, e é a única forma de fazer uma mitigação efetiva. É um projeto muito robusto, que a gente está atualizando, e podemos colocá-lo numa linha de financiamento que a gente está desenhando”, declarou. (Do G1 PE)