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Educação

Choro e falta de atenção desafiam alfabetização no ensino a distância

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A alfabetização de crianças é um processo que demanda tempo e empenho tanto de professores como das famílias dos estudantes para garantir um aprendizado pleno e na idade adequada, que é de suma importância, uma vez que escrita, leitura e interpretação de texto são habilidades primordiais para a vida escolar.
O ensino a distância, forçado pela pandemia de Covid-19, trouxe novos desafios diante do afastamento do ambiente escolar, necessidade maior de participação familiar no acompanhamento das atividades escolares, uso de ferramentas de tecnologia e dificuldades de concentração por parte das crianças são alguns dos desafios impostos por essa nova realidade.
“Os alunos ficavam todos conversando, outros chorando” 
Tudo isso é vivenciado por Lucicleide Campos da Silva, de 38 anos, e sua filha, Nikole, que já estava matriculada no colégio desde que tinha 1 ano e meio de idade, sendo afastada do convívio com colegas e professoras quando a Covid-19 se tornou uma realidade no Brasil e trouxe consigo uma série de dificuldades tanto para o aprendizado da menina como para a família como um todo.
“É muito difícil, porque ela não se concentra. É muito estressante para ela. Tivemos muita dificuldade porque ela não prestava atenção na aula, os alunos ficavam todos conversando, outros chorando. Para nós, pais, também é muito estressante. Eu chorava, grávida, enjoada e sem paciência”, contou Lucicleide, que também é mãe do pequeno Nikolas, de 5 meses.
A falta do ambiente escolar e a longa permanência em casa devido ao medo da Covid-19, segundo Lucicleide, estressam Nikole, que tem muita energia e reclama constantemente de saudades. Esses problemas começaram a causar problemas de aprendizagem à menina, segundo sua mãe, especialmente quando a alfabetização foi iniciada.
“Ela acompanha a turma, mas não como deveria. Já escreve o nome dela, sabe os números, mas não sabe ler ainda. Nós tivemos muita dificuldade, Nathan [pai] pensou em tirar ela da escola porque a gente não estava conseguindo”, contou Lucicleide. A solução encontrada pela família, após conversar com a professora da criança, foi contratar aulas presenciais de reforço somente para ela, na casa de sua professora. “A aula fica gravada e a professora passa o conteúdo só para Nikole. Aí foi dando uma melhorada. Em casa ela não se concentra, por isso mesmo que contratamos a professora. É mais um espaço, é diferente. Quando eu falo que ela vai à casa da professora, ela já se anima porque vai sair de casa”.
Mesmo diante da melhora no aprendizado de sua filha, Lucicleide ainda teme pelo cenário que ela, seu marido e a pequena Nikole enfrentarão no próximo ano, com eventuais lacunas que poderão ficar pelas dificuldades que enfrentam agora. “Se não fosse por isso que estamos vivendo longe da escola dos amiguinhos dela, da rotina dela, seria muito diferente. Eu acho que a criança tem mais estímulo de ir à escola. Ela chora para ir, chora quando lembra dos amiguinhos”, relata a mãe.
 “A família precisa estimular a criança”
A pedagoga Joseane Guilhermino do Nascimento, de 35 anos, tem especialização em Psicopedagogia e Gestão Educacional e atualmente trabalha na Escola Municipal Santa Maria, em Camaragibe, e na Escola Evangélica Gideão, no Recife. Ela explica que já existem dificuldades com falta de apoio familiar e alto número de alunos em sala nas aulas presenciais, mas tudo se complica no sistema remoto.
“Sabemos que crianças têm um conhecimento digital, mas em sua maioria, dependem dos pais para o uso do celular. No horário de aula, os pais estão trabalhando muitas vezes, o acompanhamento é feito por parte dos avós, que sentem dificuldade no manuseio do celular. Quando vamos para a escola pública, torna-se ainda mais difícil pelas condições financeiras da família sem acesso à internet, outros não têm nem celular, ou um celular para duas, três ou até mais crianças”, explicou ela.
Ela também explica que sim, é possível alfabetizar durante a pandemia, desde que algumas condições sejam respeitadas e haja empenho da família, estudante e professores. “Em primeiro lugar, é preciso manter a rotina de estudos para haver um melhor aproveitamento da aprendizagem. Ter um lugar reservado para a criança estudar, com uma boa iluminação. O material de aula deve estar separado, os aparelhos em casa como televisão, devem estar desligados, qualquer coisa que venha tirar a atenção desta criança. A família precisa estimular a criança a participar das atividades remotas. Não responder por ela, mas está por perto para auxiliar em algo que a criança precise”, disse a pedagoga.
Mesmo com todo o empenho de educadores e familiares, Joseane afirma que nos próximos anos teremos que lidar com diversas defasagens na educação causadas pela Covid-19, algumas delas, inclusive, em questões que vão muito além da alfabetização e conteúdos de aula.
“O ensino básico, além do desenvolvimento de habilidades linguísticas possibilita também a interação, convivência com o diferente, respeito as diferenças, etc. Não há como mensurar ainda como estarão essas crianças nos próximos anos, com tudo que está sendo ‘perdido’ agora. Mas presume-se que teremos a curto prazo estudantes com defasagens ainda maiores do que as que já são comuns em nosso sistema educacional tão deficitário”.
Por:Diario de Pernambuco

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Educação

IFSertãoPE seleciona bolsistas para o projeto Supera São Francisco Bahia

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Foi publicado nessa quinta-feira, 25, o edital do IFSertãoPE de número 052/2024, que tem como finalidade a seleção de bolsistas para o projeto “Supera São Francisco Bahia: Resgatando a viabilidade da ovinocultura no Sertão nordestino”.

O instituto abriu 27 vagas para atuação nos municípios de Juazeiro-BA, Casa Nova-BA e Petrolina-PE. As inscrições podem ser feitas neste site entre os dias 29 de julho e 2 de agosto. A bolsa é de R$ 700, com atividades entre agosto de 2024 e julho de 2025.

Podem concorrer estudantes de cursos técnicos da área de Ciências Agrárias do Campus Petrolina Zona Rural do IFSertãoPE ou de graduação em Agronomia. A seleção será feita a partir de análises do Coeficiente de Rendimento Escolar e currículo, além de uma entrevista. O resultado preliminar deve ser divulgado no dia 12 de agosto.

Por Alvinho Patriota

           

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Educação

MEC alerta para golpes e ressalta que inscrição no Prouni é gratuita

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O Ministério da Educação (MEC) divulgou nota nesta quarta-feira (24) enfatizando que as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni) são gratuitas e que o canal oficial e exclusivo para inscrição online  para o segundo semestre de 2024 é o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Desde 2004, o programa do governo federal oferta bolsas de estudo, integrais e parciais, em cursos de graduação em instituições de educação superior privadas.

As afirmações do MEC foram feitas após um site falso para inscrições no processo seletivo ser retirado do ar, na manhã desta quarta-feira. A página falsa tinha a mesma identidade visual da página oficial para induzir o internauta a erro. Porém, o endereço da rede mundial de computadores, conhecido como URL, era diferente.

Golpe

Antes de ser derrubado, o site falso solicitava a inserção de dados do candidato para então direcioná-lo a uma mensagem falsa que dizia ser necessário o pagamento da taxa de inscrição de R$ 100 para finalizar o cadastro no programa.

A mensagem do golpe ainda ameaçava o inscrito de ser desclassificado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano e de todas as futuras edições, caso não pagasse o valor.

No entanto, a cobrança de qualquer valor para inscrição no Prouni é indevida e ilegal.

Brasília (DF), 24.07.2024 - Reprodução de tela de falso site do Prouni. Foto: Reprodução de internet
Reprodução de tela de falso site do Prouni. Foto: Reprodução de internet – Reprodução de internet

Inscrições oficiais

As inscrições foram abertas pelo MEC nesta terça-feira (23) e os candidatos podem se inscrever até sexta-feira (26), somente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Nessa segunda edição de 2024, o Ministério da Educação (MEC) oferece 243.850 bolsas, sendo 170.319 integrais (100%) e 73.531 parciais (50%), distribuídas em 367 cursos de 901 instituições participantes do programa.

Para se inscrever, o candidato precisa ter acesso ao portal único de serviços digitais do governo federal, o Gov.br, com login de Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha cadastrados.

No momento da inscrição, é preciso informar endereço de e-mail e número de telefone válidos; preencher dados cadastrais próprios e referentes ao grupo familiar; e selecionar, por ordem de preferência, até duas opções de instituição, local de oferta, curso, turno, tipo de bolsa e modalidade de concorrência dentre as disponíveis, conforme a renda familiar bruta mensal per capita do candidato.

Os interessados em fazer as inscrições podem fazer a consulta detalhada das bolsas, por curso, turno, instituição e local de oferta também no mesmo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Entre os critérios para participar do processo seletivo, é necessário que o candidato tenha participado do Enem nas edições de 2022 ou 2023, obtendo nota mínima de 450 pontos na média das cinco provas e nota acima de zero na redação.

Outra condição é ter renda familiar per capita que não exceda um salário mínimo e meio para bolsas integrais e três salários mínimos para bolsas parciais.

O público-alvo do programa federal é o estudante sem diploma de nível superior.

Fonte: Agência Brasil

           

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Educação

Nova lei garante licença para mães e pais concluírem graduação e pós; veja quem tem direito

Quando a mãe ou a criança passarem por internação de mais de duas semanas, a contagem para início do prazo de prorrogação é a alta, ou do bebê ou da mãe, o que vier por último.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, no último dia 17, uma lei que permite ampliar prazos para mães e pais concluírem seus cursos de graduação e pós-graduação quando em caso de parto, nascimento de filhos, adoção ou adoção liberada por via judicial. A nova norma entrou em vigor no dia da publicação.

Segundo a lei 14.925/2024, as instituições de ensino devem garantir que pais e mães tenham seu suporte educacional garantido, bem como devem fazer ajustes administrativos para prorrogar os prazos por, no mínimo, 180 dias. Além disso, a prorrogação vale para alguns casos antes do nascimento, como gravidez de risco e atuação em pesquisa que implique risco à gestante ou ao feto.

Quando a mãe ou a criança passarem por internação de mais de duas semanas, a contagem para início do prazo de prorrogação é a alta, ou do bebê ou da mãe, o que vier por último.

No caso de o filho recém-nascido ou adotado – ou ainda criança ou adolescente que tiver passado à guarda de pai ou mãe – ser uma pessoa com deficiência, o prazo de prorrogação pode ser maior, de pelo menos 360 dias.

Para pais ou responsáveis de criança ou adolescente que estiverem passando por internação hospitalar de um filho por prazo superior a 30 dias, a lei permite a prorrogação que deverá ter, no mínimo, o mesmo período de internação.

Além disso, a lei prevê outra situação que permite a prorrogação de bolsas: caso fortuito ou de força maior. Para conseguir o benefício, o estudante precisará comprovar a necessidade da prorrogação e a instituição de fomento terá de fazer uma análise técnica conforme seu regulamento.

A lei sancionada sem vetos teve origem no Projeto de Lei 1741/2022, da deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) e foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Foto  Shutterstock

Por Estadão

           

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