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Política

Plenário da Câmara decide destino da PEC do voto impresso hoje

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu pautar para hoje, na sessão do plenário, a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, que está no centro da crise entre o presidente Jair Bolsonaro e a cúpula do Judiciário. O parlamentar disse acreditar que o texto será rejeitado pela Casa e relatou ter recebido do chefe do governo a garantia de que ele vai respeitar o resultado da votação.
Defensor da proposta, Bolsonaro tem repetido que não haverá eleições em 2022, caso o Congresso não aprove a PEC, em flagrante violação à Constituição. Sem apresentar provas, ele insiste em dizer que a urna eletrônica é vulnerável a fraudes. Também tem disseminado a informação falsa de que o equipamento não é auditável. Em razão das ameaças, ele passou a ser investigado em inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A PEC 135/19, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), teve o parecer pelo arquivamento — do deputado Raul Henry (MDB-PE) — aprovado em uma comissão especial na sexta-feira, depois de o relatório favorável à proposta ter sido derrotado, na véspera, pelo colegiado. Mesmo assim, Lira anunciou, também na sexta-feira, que levaria o texto ao plenário para que todos os deputados pudessem decidir sobre o tema. Na ocasião, frisou que o objetivo é garantir “a tranquilidade das próximas eleições e para que possamos trabalhar em paz até janeiro de 2023”. Apesar de a PEC ter sido rejeitada na comissão, o regimento permite que o presidente da Câmara leve o texto para manifestação do plenário.
Durante entrevista, ontem, à Rádio CBN, Lira afirmou que “as instituições precisam serenar, precisam saber que é necessário um autocontrole”. Também relatou ter conversado com o chefe do Executivo sobre a decisão de levar a PEC para o plenário. “É a decisão mais acertada, e Bolsonaro me garantiu que respeitaria o resultado do plenário. Eu confio na palavra do presidente da República ao presidente da Câmara”, declarou.
Segundo Lira, “temos uma média de 15 ou 16 partidos contrários ao voto impresso, acho que as chances de aprovação podem ser poucas”. Na tarde de ontem, ele se reuniu com deputados da base governista e, mesmo com a possibilidade de rejeição da proposta, decidiu manter a votação.
A oposição também fez uma estimativa de como os deputados devem votar na sessão de hoje. Segundo o levantamento, a PEC do voto impresso terá 329 votos contrários, e apenas 86 favoráveis. Outros 57 deputados estão indecisos ou não responderam.
Como se trata de uma PEC, para a mudança ser aprovada precisa do apoio de pelo menos 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação e, posteriormente, também em duas rodadas, dos votos de 49 dos 81 senadores. Ou seja, três quintos do total de parlamentares em cada uma das duas Casas do Congresso.
Sem apelo
Um deputado que participou da reunião com o presidente da Câmara falou ao Correio, sob condição de anonimato. Ele disse que Lira não fez apelo em prol da PEC e que nenhum dos bolsonaristas presentes defenderam veementemente o texto. O clima entre parlamentares, incluindo alguns aliados do governo, é de que é preciso colocar um ponto final no debate e passar para pautas mais importantes durante a pandemia. “Lira não fez apelo nenhum. Se não fez apelo, para bom entendedor, meia palavra basta”, afirmou o deputado à reportagem.
O parlamentar fez duras críticas ao texto do relator da PEC, Filipe Barros (PSL-PR), que prevê contagem pública e manual dos votos impressos. O congressista disse que o interesse da ala da extrema-direita é de que a discussão perdure, para alimentar os ataques de Bolsonaro ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE e membro do STF.
“Estão fazendo pirotecnia para enganar o eleitor. Nem eles têm convicção disso. Um texto ridículo, feito pelo relator, que não queria que passasse. É para colocar a sociedade contra os ministros do STF e contra nós, que vamos para a berlinda. Quem quer aprovar um texto procura acordos, não uma porcaria como aquela”, disparou.
Apesar dos relatos de que Lira não parece preocupado com a PEC, a líder do PSol na Câmara, Taliria Petrone (RJ), criticou o presidente da Casa por levar a proposta para o plenário mesmo depois de ela ter sido rejeitada na comissão especial. “Quando Lira propõe que a pauta siga sendo requentada, é conivente com o golpismo de Bolsonaro e coloca água no moinho para continuar a divulgação de fake news, botando em xeque o já auditável voto eletrônico. Se é para votar, que se vote logo, pois (a PEC) vai ser derrotada”, enfatizou.
O líder do Podemos, deputado Igor Timo (MG), se disse favorável à matéria, desde que resguarde o sigilo e a inviolabilidade do voto. “Se não, vira voto de cabresto. Acredito que, se atrelado a uma regulamentação que garanta essas condições e direitos, é possível que (o tema) possa evoluir. Mas, sem essas garantias, acho difícil.”.
Por:Diario de Pernambuco

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Política

Tabata Amaral cogita Lu Alckmin para vice em São Paulo

Tabata corre o risco de formar uma chapa puro sangue e ter o apresentador José Luiz Datena (PSDB), principal cotado para a sua vice, na disputa pelo espaço da terceira via.

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Nome do PSB na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral teve uma pré-campanha marcada pela troca de marqueteiro e idas e vindas nas conversas com o PSDB, cuja aliança permanece incerta. Às vésperas do início da corrida eleitoral, Tabata corre o risco de formar uma chapa puro sangue e ter o apresentador José Luiz Datena (PSDB), principal cotado para a sua vice, na disputa pelo espaço da terceira via, como candidato tucano.

Diante desse cenário, a deputada já estuda soluções caseiras para sua vice. Entre os nomes cotados estão o de Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e de Lúcia França (PSB), esposa de Márcio França (PSB), ministro do Empreendedorismo. Alckmin e França são os principais fiadores da pré-candidatura da deputada federal.

Aliados de Tabata veem com ceticismo a pré-candidatura de Datena e ainda apostam na desistência do apresentador, o que poderia levar o PSDB a apoiar a deputada. Datena trocou o PSB pelo PSDB a convite dela e com a intenção de ser seu vice, mas acabou aceitando o convite dos tucanos para encabeçar uma chapa própria.

‘Traição’

Reservadamente, pessoas próximas à deputada falam em “traição” de Datena e “quebra de acordo” por parte do PSDB, mas Tabata deve aguardar uma resposta definitiva dos tucanos até a sua convenção partidária, marcada para o dia 27 de julho. Em uma tentativa de pressionar o PSDB, o PSB vinculou o cumprimento do acordo com Tabata ao apoio do PSB nas eleições de Campo Grande (MS), Florianópolis (SC) e Vitória (ES).

“Até a convenção o acordo segue o mesmo. Do meu lado, não vou voltar atrás. Sigo à espera da decisão do PSDB”, disse Tabata ao Estadão. Os tucanos pretendem realizar a convenção partidária no dia 3 de agosto.

“Se o PSDB me fez um convite para ser prefeito, o problema é entre a Tabata e o PSDB. Não sou traidor de ninguém”, disse Datena durante sabatina do jornal Folha de São Paulo e do portal UOL na última terça-feira. Integrantes do PSDB que desconfiavam há algumas semanas de que o apresentador seria de fato candidato mudaram de ideia após ele participar da entrevista e do primeiro evento de campanha de rua de sua vida, ao caminhar pelo Mercado Municipal.

Nomes

Como a principal negociação era com o PSDB, o entorno de Tabata avalia formar uma chapa com um vice do PSB. Além de Lu Alckmin e Lúcia França, Floriano Pesaro, secretário na gestão Alckmin em São Paulo, também é cotado para a vaga. Diretor na Apex Brasil, o ex-tucano já participa da pré-campanha como coordenador do grupo de trabalho que estuda propostas para a Cracolândia.

Dificuldades no campo político à parte, a pré-campanha de Tabata enxerga com bons olhos o fato dela se manter estável nas pesquisas eleitorais mesmo com a entrada de novos pré-candidatos, como Pablo Marçal (PRTB) e o próprio Datena. Na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada em 5 de julho, os dois aparecem com 11% e 10%, numericamente a frente da pré-candidata do PSB, que tem 7%. Todos eles estão empatados tecnicamente dentro da margem de erro de três pontos porcentuais.

Desafio

Tabata também reforçou o peso da comunicação digital em sua pré-campanha, diante da previsão de que terá menos de um minuto de propaganda eleitoral por dia no rádio e na televisão.

Um dos desafios dela é se tornar mais conhecida entre os eleitores. Ao Datafolha, 56% dos entrevistados disseram conhecê-la, mesmo que apenas de “ouvir falar”. O porcentual é inferior ao de Marçal (57%), Guilherme Boulos (79%), Ricardo Nunes (85%) e Datena (90%).

Por Estado de S. Paulo.

           

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Política

Sob pressão para atingir meta fiscal, Haddad anuncia contenção de R$ 15 bi

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No dia em que o dólar subiu 1,9%, puxado, entre outros fatores, por dúvidas sobre o quadro fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se antecipou e anunciou nesta quinta-feira (18) o congelamento de R$ 15 bilhões em despesas para tentar atingir as metas do arcabouço neste ano.

Desse valor, serão R$ 11,2 bilhões de bloqueio (pelo aumento de despesas obrigatórias) e R$ 3,8 bilhões de contingenciamento (por causa da frustração de receitas em função de pendências no Supremo Tribunal Federal e no Senado). Neste último caso, está a decisão sobre a compensação da desoneração da folha de pagamentos de empresas, que ficou para setembro.

META DE DÉFICIT ZERO

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Política

Jornalista da Record é demitida após vazar entrevista de Lula para mercado financeiro

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A repórter Renata Varandas foi desligada da Record TV nesta quinta-feira, 18, por ter vazado para o mercado financeiro parte de sua entrevista com o atual presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT).

O imbróglio todo começou na terça-feira, 16, quando Renata Varandas entrevistou Lula no Palácio do Planalto, em Brasília. A entrevista foi realizada e gravada por volta de 9h30, com programação de ser exibida na íntegra no Jornal da Record, o principal noticiário da emissora, transmitido às 19h55.

Ao longo do dia, a emissora foi divulgando pequenas pílulas da entrevista para incentivar o público a assistir. Por volta de 13h48, a Record TV postou um trecho em que o presidente fala sobre a sucessão no Banco Central e da questão fiscal no Brasil. Porém, cerca de uma hora antes disso, o mercado financeiro já estava ciente da informação, o que chamou atenção de internautas e da própria emissora.

Um texto divulgado pela corretora BGC e atribuído à Capital Advice, agência de análise política na qual Renata Varandas, a autora da entrevista, é uma das três sócias, corroborou o vazamento do conteúdo.

No texto, a empresa conta que repassou a declaração de Lula aos investidores. O presidente teria dito que ainda precisava ser convencido sobre a necessidade de cortes de gastos e que a meta fiscal não necessariamente precisava ser cumprida, embora tenha se comprometido com o arcabouço fiscal.

Ainda na terça-feira, 18, por volta de 12h20, os efeitos da fala de Lula — mesmo sem ser divulgada na imprensa de forma oficial –, já causavam alterações. O dólar começou a acelerar na frente do real. Às 12h43, a moeda americana passou a registrar alta, subindo até atingir a máxima da sessão, às 13h40, a R$ 5,462 — valorização de 0,33% em relação ao fechamento do dia anterior.

Às 13h48, quando a Record TV divulgou o tal trecho da entrevista que estava gerando especulações no ramo financeiro, o dólar voltou ao sinal negativo. No final do dia, a moeda fechou em baixa de 0,31%, a R$ 5,428.

Por causa do vazamento, Renata foi afastada da emissora na quarta-feira, 17. Segundo Gabriel Vaquer, colunista do jornal A Folha de São Paulo, a emissora teria se incomodado com a questão por dois motivos. Primeiro, pela quebra de confiança; segundo, porque se tratava de uma profissional em seu auge.

Procurada, a Capital Advice afirmou “que não irá comentar” o caso; a BGC Liquidez, por sua vez, disse informou que está apurando internamente os fatos. Renata Varandas, não foi localizada até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para futuros posicionamentos de ambas as partes.

Fonte: Terra

           

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