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Brasil com Bolsonaro não pode entrar em entidades internacionais como OCDE, diz deputado dos EUA

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Brasil com Bolsonaro não pode entrar em entidades internacionais como OCDE, diz deputado dos EUA

A ala progressista do Partido Democrata continuará buscando meios para tentar conter ações antidemocráticas e contra o meio ambiente tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido), afirma o deputado americano Hank Johnson.

Essas ações podem dificultar projetos brasileiros como a entrada do Brasil na OCDE (Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico) e a ampliação das parcerias em segurança.

“Não podemos estabelecer um precedente pelo qual um país cujo presidente é acusado de crimes contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional seja capaz de se juntar a organizações internacionais cada vez mais importantes. Não sem responsabilização, transparência e reformas”, disse o parlamentar em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

Johnson, 67, é representante do estado da Geórgia e está na Câmara desde 2007. O deputado enviou uma carta ao governo de Joe Biden, em 14 de outubro, pedindo um recuo nas relações bilaterais entre os dois países até que um novo líder brasileiro fosse eleito. O documento foi assinado por outros 63 parlamentares democratas.

O embaixador do Brasil em Washington, Nestor Forster, respondeu a Johnson dizendo que a missiva enviada por ele continha inverdades e pediu retratação. Johnson não quis comentar a mensagem de Forster, mas disse duvidar que Bolsonaro possa mudar sua postura.

“Vamos continuar a explorar mais ações, como propor legislações ou audiências, com base no modo como a situação se desdobrar”, planeja o democrata. A seguir, a íntegra da entrevista:
*
O senhor recebeu resposta do governo Biden sobre a carta enviada?

Hank Johnson – Ainda não, mas estamos aguardando.

O senhor e outros parlamentares democratas planejam outras ações relacionadas ao governo Bolsonaro?

HJ – Como membros do Congresso dos EUA, buscamos aumentar a conscientização sobre as principais questões que afetam o Brasil. Ao pedir ao governo Biden para agir proativamente contra o retrocesso democrático e a degradação ambiental no Brasil, utilizamos uma ferramenta legislativa importante para pressionar o governo Bolsonaro a respeitar a lei e os direitos humanos.

Meus colegas parlamentares e eu continuaremos a usar as rotas legislativas disponíveis. Recentemente, incluímos duas emendas na lei Autorização Nacional de Defesa [que define os gastos em segurança]: uma determinando que nenhum fundo dos EUA seja usado para auxiliar na realocação involuntária de comunidades indígenas e quilombolas no Brasil, e outra proibindo a expansão na cooperação de segurança entre EUA e Brasil [a medida impede o uso de recursos para o avanço do processo de reconhecimento do Brasil como aliado extra-Otan]. Nós vamos continuar a explorar mais ações, como propor legislações ou audiências, com base no modo como a situação se desdobrar.

A postura de Bolsonaro pode levar o Congresso dos EUA a dificultar a aprovação de novas parcerias com o Brasil?

HJ – Há muitos questionamentos se o Brasil poderia se tornar um membro permanente da OCDE. Precisamos ter um olhar mais atento a essa questão até que o governo Bolsonaro melhore seus indicadores em ambiente, democracia e direitos humanos.

Com o autoritarismo crescendo ao redor do mundo, não podemos estabelecer um precedente pelo qual um país cujo presidente é acusado de crimes contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional seja capaz de se juntar a organizações internacionais cada vez mais importantes. Não sem responsabilização, transparência e reformas.

Os gestos do governo brasileiro podem dificultar a aprovação de um novo embaixador americano para o Brasil?

HJ – É essencial que o presidente Biden nomeie um embaixador para o Brasil que defenda a democracia e os direitos humanos. Como dito na carta, muitos membros do Congresso acreditam que até o comportamento antidemocrático de Bolsonaro mudar, os EUA e outros países não devem normalizar as relações com o Brasil. Ao expandir parcerias com um governo que abertamente ataca as minorias e as instituições democráticas, estamos automaticamente ignorando e, em algum grau, tolerando esse tipo de comportamento. Então, é menos uma questão de dificultar e mais de buscar uma reforma [substancial].

O governo Bolsonaro tem prometido mudar de postura e anunciou novas metas na área ambiental. Como vê esse movimento?

HJ – Da forma como as coisas estão agora, é insuficiente. Esta não é a primeira vez que Bolsonaro tem dito que mudaria suas políticas relacionadas ao ambiente. Em abril, durante a cúpula organizada pelo presidente Biden, Bolsonaro prometeu aumentar os gastos para combater o desmatamento e, apenas um dia depois, cortou o gasto ambiental do Brasil.

Esse tipo de ação mostra que as promessas de Bolsonaro de lutar contra o desmatamento e as mudanças climáticas não devem ser tomadas pelo valor de face, a menos que sejam acompanhadas de resultados mensuráveis. Então, espero que ele apresente metas ambiciosas na área ambiental, mas também que apresente resultados igualmente ambiciosos.

Até nós vermos mudanças com base em dados e evidências, a pressão internacional contra suas questionáveis políticas ambientais deve continuar.

Bolsonaro poderia tomar alguma ação efetiva para provar que deixou as atitudes antidemocráticas para trás?

HJ – A janela de oportunidades está aí, mas se Bolsonaro a utilizará é outra questão. Ele poderia começar encerrando a realocação involuntária de comunidades indígenas e quilombolas no Brasil. Ele poderia parar com seu esforço atual para tentar reverter o excepcionalmente seguro sistema de votação para o menos confiável e antigo uso de cédulas de papel. Ele poderia parar com a retórica de semear dúvidas de fraude na eleição do próximo ano.

Com base no seu comportamento atual e do passado, no entanto, não estou otimista de que Bolsonaro irá reverter seus esforços antidemocráticos. Por isso, os EUA devem pensar muito sobre como deve ser a parceria com o Brasil.

O senhor recebeu a resposta do embaixador brasileiro, que pediu retratação e disse que a carta enviada pelo senhor tinha falsidades?

HJ – Recebemos a resposta, e vamos continuar os nossos esforços para ampliar as questões relativas a direitos humanos, democracia e proteção ambiental no Brasil e ao redor do mundo.
*
Raio-x
Hank Jonhson, 67
Deputado democrata pela Geórgia, está no cargo desde 2007. Integra os comitês de Justiça, Reforma do Governo e Transportes e Infraestrutura. Formado em direito, atuou por 27 anos como advogado criminal e 12 anos como juiz.

Por Folhapress

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Mundo

OMS alerta para epidemias em Gaza; vírus da pólio é detectado na água

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta terça-feira (23) que existe um alto risco de o vírus da poliomielite se espalhar pela Faixa de Gaza e para além das suas fronteiras, devido à terrível situação sanitária no enclave palestino devastado pela guerra.

Ayadil Saparbekov, chefe da equipe de emergências sanitárias da OMS em Gaza e na Cisjordânia, afirmou que o poliovírus tipo 2, derivado da vacina, foi isolado de amostras ambientais de águas residuais em Gaza.

“Existe um risco elevado de propagação do vírus da poliomielite derivado da vacina circulante em Gaza, não só devido à detecção, mas também devido à situação precária muito grave do saneamento das águas”, afirmou aos jornalistas em Genebra, em ligação de vídeo a partir de Jerusalém.

“Também pode alastrar-se internacionalmente”, emendou.

Amostras e vacinação

Segundo Saparbekov, trabalhadores da OMS e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) devem chegar a Gaza na quinta-feira (25) para coletar amostras de fezes humanas como parte de uma avaliação de risco relacionada à descoberta do vírus. A poliomielite, que se propaga principalmente por via fecal-oral, é uma doença altamente infecciosa. O vírus pode invadir o sistema nervoso e causar paralisia. Afeta principalmente crianças com menos de cinco anos.

A avaliação, que deve ser concluída até ao final da semana, permitirá às autoridades sanitárias emitir recomendações, “incluindo a necessidade de uma campanha de vacinação em massa, bem como o tipo de vacina a utilizar e a faixa etária da população que terá de ser vacinada”.

O exército de Israel informou no domingo que iria começar a oferecer a vacina contra a poliomielite aos soldados que servem na Faixa de Gaza depois de terem sido encontrados vestígios do vírus contagioso em amostras de testes em áreas do enclave costeiro.

Os militares afirmaram ainda que, com a cooperação de grupos internacionais, tinham sido trazidas vacinas suficientes para imunizar mais de um milhão de pessoas em Gaza, que tem uma população total de cerca de 2,3 milhões.

Sem serviços de saúde adequados, a população de Gaza é particularmente vulnerável a surtos de doenças, afirmam os funcionários da saúde pública e os grupos de ajuda humanitária.

“Estou extremamente preocupado com a ocorrência de um surto em Gaza e não se trata apenas de poliomielite, mas de diferentes surtos de doenças transmissíveis”, sublinhou Saparbekov.

O chefe da equipa de emergências sanitárias da OMS em Gaza e na Cisjordânia afirmou ainda que “cerca de 14 mil pessoas podem” precisar sair de Gaza.

Mortos

O balanço mais recente do Ministério da Saúde de Gaza, divulgado hoje, contabiliza 39.090 mortos no território palestino desde o início da guerra com Israel, há mais de nove meses.

Cerca de 84 palestinos foram mortos e 329 feridos nas últimas 24 horas, informou o comunicado, acrescentando que 90.147 pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro.

Fonte: Agência Brasil

           

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Queda de varanda faz dois mortos e 13 feridos na Itália

Entre os feridos estão várias crianças.

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Duas pessoas morreram e 13 ficaram feridas, após a queda de uma varanda, no terceiro andar de um prédio, em Nápoles, Itália,

O acidente aconteceu na noite desta segunda-feira, no edifício residencial ‘Vela Celeste’, em Scampia.

Equipes de salvamento e resgate tiveram que vasculhar os escombros para encontrar vítimas. Um homem de 29 anos foi declarado morto no local e uma mulher de 29 acabou morrendo no hospital.

Entre os feridos, estão sete crianças, uma delas em estado considerado crítico.

A tragédia aconteceu por volta das 23h e vizinhos dizem que o momento ficou marcado por um estrondo enorme.

Foto X

Por Notícias ao Minuto

           

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Trump doou US$ 6 mil para campanhas de Kamala a procuradora da Califórnia

Registros financeiros mostram que Trump fez uma contribuição de US$ 5 mil em 2011 e mais US$ 1 mil para a campanha de reeleição.

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O republicano Donald Trump doou R$ 6 mil para as campanhas de Kamala Harris para procuradora-geral da Califórnia entre 2011 e 2013.

Registros financeiros mostram que Trump fez uma contribuição de US$ 5 mil em 2011. Dois anos depois, ele doou mais US$ 1 mil para a campanha de reeleição.

Também há doações no nome de Ivanka Trump, a filha do ex-presidente. Ela doou US$ 2 mil para o comitê de Kamala em 2014.

A primeira doação foi feita a pedido do então procurador de Nova York, Eric Schneiderman, apurou a Fox News. Ele organizou uma arrecadação de fundos para Kamala em setembro de 2011 e Trump fez o pagamento de US$ 5 mil, o mais alto nível de patrocínio.

A doação já foi assunto nas eleições de 2020, quando Kamala concorreu como vice de Joe Biden. Horas após o anúncio de desistência de Joe Biden, o congressista democrata Jared Moskowitz ironizou Trump nas redes sociais: “Foi um investimento sábio”.

“Quando Trump assinou aquele cheque para reeleger Kamala Harris em 2011, aposto que ele não pensou que ela o descontaria em 2024”, escreveu o ex-presidente do Comitê Nacional Republicano, Michael Steele, nas redes sociais.

Kamala é o nome favorito para assumir a candidatura democrata nas eleições americanas. A definição oficial deve acontecer na convenção do Partido Democrata, entre 19 e 21 de agosto. Doadores também já declararam apoio à candidatura da vice-presidente.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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