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Brasil

Lucro dos grandes bancos alcança R$ 81,6 bilhões em 2021

O valor nominal (sem descontar a inflação) representa um crescimento de 32,5% na comparação com 2020, segundo levantamento elaborado pela provedora de informações financeiras Economatica.

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Beneficiados por um ambiente de retomada das atividades após a paralisação provocada pela pandemia, os quatro grandes bancos (Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) reportaram um lucro líquido consolidado de R$ 81,632 bilhões em 2021.

O valor nominal (sem descontar a inflação) representa um crescimento de 32,5% na comparação com 2020, segundo levantamento elaborado pela provedora de informações financeiras Economatica –um recorde, tendo ficado ligeiramente acima do pico anterior de R$ 81,508 bilhões registrado em 2019.

Ajustado pela inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o lucro consolidado dos quatro grandes bancos em 2021 é o quarto maior da série histórica. Por esse critério, o melhor resultado até aqui foi obtido pelo quarteto em 2019, de R$ 93,761 bilhões.

Segundo analistas de mercado, o resultado do último ano foi influenciado pela própria base de comparação mais fraca de 2020, fragilizada pela pandemia, bem como pelo crescimento de dois dígitos das carteiras de crédito às pessoas físicas e jurídicas de um modo geral.

“Na pandemia, os bancos fizeram mais provisões para devedores duvidosos, que é basicamente tirar um pouco do dinheiro dos lucros e provisionar para uma inadimplência maior. E no ano passado, com a melhora da economia, eles reverteram parte dessas provisões”, afirma Bruce Barbosa, sócio-fundador da empresa de análise de investimentos Nord Research.

Pedro Galdi, analista da Mirae Asset Wealth Management, diz que os grandes destaques positivos ficaram por conta dos números de Itaú e Banco do Brasil.

“O melhor resultado em minha avaliação foi o do BB, com forte crescimento de receita e da carteira de crédito, mantendo o índice de inadimplência comportado”, afirma Galdi.

“A visão que fica depois da temporada de balanços dos bancos é de que as ações do BB estão muito descontadas frente aos pares privados”, acrescenta o analista da Mirae, lembrando ainda que os resultados de Bradesco e Santander vieram um pouco abaixo do consenso de mercado, com queda nos principais indicadores de rentabilidade.

Depois de um ano marcado pela recuperação dos lucros, a expectativa para 2022 é de que o baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), somado aos juros altos, provoque um arrefecimento no ritmo de expansão das carteiras, com aumento nos níveis de inadimplência, diz João Daronco, analista da Suno Research.

“Para 2022, o principal ponto de atenção é como o índice de inadimplência irá se comportar”, afirma Daronco, acrescentando que os próprios bancos sinalizaram esperar um aumento das contas em atraso.

“O cenário macro é diferente em 2022 daquele que observamos em 2021. E a gente vem de um crescimento de carteira importante nos últimos anos. Estamos sempre comparando o crescimento do ano contra o ano anterior, e como tivemos um ano muito forte em 2021, é natural que haja um arrefecimento em 2022, seja pela base de comparação, seja pelo que estamos vendo de perspectiva macro olhando para frente”, afirmou o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, após a divulgação do balanço trimestral.

Na mesma toada, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr., assinalou que a incerteza sobre a capacidade do governo Bolsonaro de equilibrar as contas públicas, bem como a inflação pressionada e os juros altos, devem afetar a recuperação da economia neste ano.

“Infelizmente, ainda existem incertezas fiscais e a inflação elevada, um fenômeno global, e com algum tempero local, que acabaram levando a uma forte alta de juros. O aperto da política monetária já causou efeitos em 2021 e certamente deverá afetar a recuperação da economia em 2022”, afirmou o executivo.

Sérgio Rial, presidente do conselho de administração do Santander Brasil, também comentou esperar por uma desaceleração do crédito, em especial em linhas mais dependentes do patamar em que se encontram os juros.

“Acho que a gente vai ver naturalmente uma desaceleração no crédito imobiliário, quando comparamos com os últimos dois anos. Essa desaceleração vai ocorrer”, afirmou Rial.

No caso do BB, o presidente do banco, Fausto Ribeiro, afirmou nesta terça-feira (15) que a instituição irá focar sua atuação em linhas de maior risco e rentabilidade, de modo a manter a lucratividade da operação.

“Vamos explorar linhas mais rentáveis. A ideia é investir bastante no não correntista”, afirmou Ribeiro. Nesse sentido, o presidente do BB citou o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) Não Consignado e o cartão de crédito entre as linhas que devem receber um enfoque maior por parte do banco nos próximos meses.

Segundo Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante, ainda que o ritmo de crescimento dos bancos aponte para um arrefecimento neste ano, as ações do setor na Bolsa se encontram em níveis atraentes.

“Devemos ver os lucros dos bancos crescendo uma média ao redor de 20% em 2022, e são ativos negociados a múltiplos baixos na Bolsa”, diz Bevilacqua.

Ele lembra que a rotação em curso motivada pela alta dos juros em escala global, de ações de alto crescimento de tecnologia para negócios de caráter mais cíclico, deve contribuir para um desempenho positivo das ações do setor bancário ao longo do ano.

“Os bancos foram deixados um pouco de lado pelos investidores nos últimos anos pela percepção de que as fintechs iriam tomar o mercado. E elas atingiram, de fato, um número absurdo de clientes, mas que ainda não se tornaram rentáveis, enquanto os bancos continuam crescendo suas receitas”, afirma o estrategista da Levante.

Por Folhapress

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Brasil

Apesar da alta dos preços, acesso a dieta saudável cresce no Brasil

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Manter uma dieta saudável no Brasil ficou 32% mais caro entre 2017 e 2022. Apesar disso, o número de pessoas sem condições de pagar por alimentos que atendam às diretrizes nutricionais mínimas diminuiu – mesmo com a alta global dos preços dos alimentos pós-pandemia da covid-19.

A conclusão está no Relatório sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) divulgou nesta quarta-feira (24).

Segundo os autores da publicação, em 2017, os brasileiros pagavam US$ 3,22 por dia para consumir uma dieta considerada saudável. O gasto se manteve praticamente estável nos dois anos seguintes: US$ 3,21, em 2018, e em US$ 3,30, em 2019. A partir de 2020, quando a pandemia já impactava todo o globo, a quantia necessária (US$ 3,53) começou a subir e não parou mais. Em 2021, foi preciso gastar US$ 3,84/dia e, em 2022, US$ 4,25/dia.

Considerando a cotação do dólar no início da tarde desta quarta-feira, o valor necessário, em reais, saltou de R$ 18, em 2017, para R$ 23,94, em 2022.

Acesso

Apesar da alta dos preços, a quantidade de brasileiros sem condições de gastar a média diária necessária para manter uma dieta saudável diminuiu no mesmo período. Em 2017, eles eram 57,2 milhões, ou 27,4% da população do país. Em 2022, 54,4 milhões, ou 25,3%.

O resultado é positivo, mas poderia ser melhor não fosse pela pandemia, que interrompeu o progresso brasileiro confirmado anteriormente pela FAO. Em 2018, o total de brasileiros incapazes de pagar por uma dieta saudável já tinha diminuído para 56 milhões. Em 2019, chegou a 55,7 milhões. E, em 2020, alcançou o melhor resultado dos cinco anos analisados no presente relatório: 42,1 milhões de pessoas, ou 19,8% da população nacional.

Assessora técnica do Conselho Federal de Nutrição (CFN), a nutricionista Natalia Oliveira, comemorou o anúncio da redução da insegurança alimentar grave no Brasil, em 2023, mas destacou que, em termos de acesso a alimentos de qualidade, o país ainda está aquém do desejado.

“O relatório da FAO aponta que houve uma melhora do acesso e do consumo dos alimentos em geral. Isso se deve a vários aspectos, como aumento da renda, disponibilidade de alimentos e melhoria das políticas públicas, que possibilitaram alguns avanços em programas de alimentação escolar e no estímulo à agricultura familiar. Ao mesmo tempo, ainda estamos muito aquém do que preconizamos em termos de uma alimentação adequada e saudável Temos que melhorar bastante neste sentido. Porque o acesso [aos alimentos em geral], por si só, pode significar um acesso a alimentos ultraprocessados. E não é isso que desejamos.”

Recomendações

De acordo com o Ministério da Saúde, uma alimentação saudável está baseada em “práticas que assumam a significação social e cultural dos alimentos”, estimulando a produção e o consumo de alimentos saudáveis regionais, como legumes, verduras e frutas. Entre outras características, para ser considerada saudável, a dieta deve ser quantitativa e qualitativamente “harmoniosa” e segura do ponto de vista de contaminação físico-química e biológica.

Neste sentido, é recomendável que, se possível, as pessoas façam ao menos três refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar) e procure consumir ao menos seis porções diárias de cereais (arroz, milho, trigo pães e massas), três porções de legumes e verduras frescas, além de frutas, tubérculos e raízes (batatas, mandioca, macaxeira, aipim), dando preferência aos grãos integrais e aos alimentos naturais.

Também é recomendável consumir diariamente ao menos três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos, retirando a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes de prepará-las. Também é bom evitar refrigerantes, sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas, e é recomendado reduzir a quantidade de sal na comida e ingerir ao menos dois litros de água por dia. Mais recomendações podem ser consultadas na página da Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde.

           

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Brasil

Fome no Brasil cai, mas ainda atinge 8,4 milhões de pessoas

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Cerca de 8,4 milhões de brasileiros foram atingidos pela fome entre 2021 e 2023, aponta o Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial divulgado na última quarta-feira (24/7). O mesmo estudo destaca que, no mesmo período, 39,7 milhões de pessoas viveram em insegurança alimentar, sendo mais de 14 milhões em estado severo.

O levantamento indicou que 10,1 milhões de pessoas estavam em estado de desnutrição, ou seja, com dieta abaixo de níveis mínimos de consumo de energia. A falta de acesso adequado à alimentação afetava de forma moderada ou grave 70,3 milhões de brasileiros entre os anos de 2020 e 2022.

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Brasil

Claudia Soares, falsa pediatra que sequestrou bebê em Minas

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Claudia Soares Alves, 42 anos, é a suspeita de sequestrar uma recém-nascida no Hospital da Universidade Federal de Uberlândia (HU-UFU), na noite desta terça-feira (23/7). A mulher se passou por pediatra na unidade, no Triângulo Mineiro, e fugiu do local.

A Polícia Civil de Goiás e a Polícia Militar de Minas Gerais localizaram a bebê e a acusada em uma clínica na cidade de Itumbiara, em Goiás, na manhã desta quarta-feira (24).

A mulher seria médica graduada pela Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, em novembro de 2004, tendo finalizado a residência em neurologia na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, em novembro de 2011. Claudia mantém uma clínica na cidade de Goiás.

O Metrópoles enviou uma mensagem para o telefone da médica, mas recebeu uma mensagem automática informando que a equipe da clínica está de férias, com retorno marcado para o 29/7.

A suspeita sequestradora tinha um vínculo com a UFU, sendo efetivada como professora de Clínica Médica, na Faculdade de Medicina da instituição, após passar em concurso e tomar posse em 13 de maio. Além disso, Claudia era docente efetiva na Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Goiás (UEG), desde janeiro de 2019.

Por Metropoles

           

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