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Política

Sergio Moro e MBL tentam contornar crise para evitar ruptura de aliança eleitoral

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De acordo com membros do MBL, que se filiaram em massa ao Podemos em janeiro para reforçar a campanha nacional, o movimento segue com o plano de lançar pelo partido três nomes à Câmara dos Deputados e quatro para a Assembleia Legislativa de São Paulo

O presidenciável Sergio Moro (Podemos) e o MBL (Movimento Brasil Livre) adotaram recuos políticos e retóricos para pacificar a relação e manter o apoio do grupo à candidatura do ex-juiz depois do episódio envolvendo as falas de cunho sexista do deputado estadual Arthur do Val (sem partido-SP).

De acordo com membros do MBL, que se filiaram em massa ao Podemos em janeiro para reforçar a campanha nacional, o movimento segue com o plano de lançar pelo partido três nomes à Câmara dos Deputados e quatro para a Assembleia Legislativa de São Paulo.

Um impasse a ser resolvido, porém, é a candidatura ao Governo de São Paulo -enquanto o MBL defende que o vereador Rubinho Nunes (Podemos-SP) ocupe o espaço vago de Arthur, a legenda passou a cogitar a presidente da sigla, deputada federal Renata Abreu (SP), para o posto.

Passado o estranhamento inicial após a eclosão do escândalo -Arthur chegou a dizer em entrevista à Folha ter ficado chateado com a nota de repúdio do ex-juiz–, as partes buscaram entendimento no início desta semana para evitar que a aliança eleitoral fosse contaminada.

Em jogo está o interesse de Moro em ter a seu lado a estrutura de redes sociais e mobilização digital do MBL, no momento em que tenta fazer sua campanha deslanchar, e a vontade mútua de preservar candidaturas do MBL ao Legislativo abrigadas no Podemos.

Depois da estratégia para isolar Arthur do Val das tratativas partidárias, representantes de ambos os lados dizem que o caso está sendo superado. O deputado pediu desfiliação da legenda, confirmada na terça (8), e desistiu da candidatura ao governo e à reeleição. E se afastou do MBL.

A reviravolta é fruto do escândalo causado pelo vazamento de áudios do parlamentar com comentários sexistas sobre mulheres da Ucrânia, para onde viajou com a justificativa de ajudar vítimas da invasão russa. Disse, por exemplo, que as ucranianas são “fáceis” por serem pobres.

Com a desvinculação de Arthur do Podemos, o MBL passou a concentrar esforços na defesa dele na Assembleia, onde deve enfrentar pedido de cassação que, se confirmado ao final pelo plenário, pode deixá-lo oito anos inelegível.

Moro, que na sexta (4) repudiou as falas imediatamente após a divulgação, emitiu nota na segunda (7) em que nega a chance de afastamento e diz entender “que o MBL irá superar esse episódio negativo”. Dentro do MBL, houve reclamação e irritação com a primeira nota de Moro, que falava em crime.

“As declarações são incompatíveis com qualquer homem público. […] Jamais comungarei com visões preconceituosas, que podem inclusive ser configuradas como crime”, disse na ocasião.

No entanto, o movimento não deu continuidade ao tom ressentido de Arthur. Os integrantes passaram a dizer que entendem Moro, pela necessidade de blindar a candidatura do escândalo. As novas declarações, mais favoráveis ao MBL, caíram bem no grupo.

Moro ainda enviou mensagem ao deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), um dos cabeças do movimento, afirmando querer manter a proximidade e a campanha conjunta. Segundo participantes do movimento, apesar do desgaste da nota do ex-juiz, consolidou-se a avaliação de que a melhor opção, ao menos por ora, é manter o acordo. Uma negociação com outro partido para receber candidatos do grupo teria que começar do zero e em meio à janela partidária.

Líderes do MBL ressaltam que trabalham pela terceira via, que tem em Moro seu representante da centro-direita com maior intenção de votos –9% no Datafolha de dezembro. Mas, mesmo entre eles, há desconfiança sobre as condições do ex-juiz de levar a candidatura até o fim.

A ideologia liberal e a tentativa de quebrar a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) justificariam a manutenção do apoio a Moro, de acordo com membros do MBL. Para eles, o outro lado da moeda é mais pragmático –Renata e Moro sabem da necessidade de uma aliança com o grupo.

“Nós confiamos no Moro e na terceira via. Não é momento de egoísmo da nossa parte, é importante seguir na construção da terceira via”, diz à Folha Renan Santos, coordenador do MBL. Renan afirma ainda que o grupo não vai se omitir no processo eleitoral. “Se estamos tomando pedrada é porque sabem que a gente vai incomodar nas eleições.”

“Nosso apoio a Moro está preservado e não há mudança na nossa situação no Podemos”, diz Kataguiri. O deputado afirma que vai se filiar à legenda de Moro no fim de março para concorrer à reeleição.

“Eu entendo a posição do Moro”, diz Rubinho Nunes. “Mas fizemos um trabalho pela terceira via e ele é o nome da terceira via”, completa.

Para sustentar a candidatura de um nome do MBL ao Palácio dos Bandeirantes, o grupo menciona a carta-compromisso assinada na época da filiação em que o Podemos se comprometia a garantir legenda aos integrantes, “assegurando aos indicados pelo movimento, especialmente, vagas para disputa dos cargos” de governador, vice, senador e deputado federal e estadual.

Na terça, no entanto, enquanto Moro fazia postagem em rede social com a sugestão de Renata Abreu como candidata ao governo, Rubinho afirmou à reportagem que não sabia do arranjo proposto, mas evitou polemizar.

“O documento previa a indicação ao MBL, mas naturalmente podemos dialogar e construir um [outro] nome. Não vejo o nome da Renata de forma negativa”, disse.

Nesta quarta (9), porém, Rubinho afirmou que o tema deve ser objeto de conversa entre o MBL e o partido. Ele pretende usar a carta como argumento em favor de seu grupo.

Kim adota a mesma linha. “Ainda precisamos conversar com o Podemos.” Ele pondera que o candidato do MBL ao Executivo alavancaria a votação da chapa de membros do movimento para o Legislativo.

Assim como a nota de Moro, a ação do Podemos para driblar o MBL e lançar Renata também caiu mal em parte do movimento. Líderes do MBL não acreditam que a deputada levará a candidatura até o fim e cogitam até que a legenda acabe apoiando Rodrigo Garcia (PSDB), como quer uma parte dos prefeitos.

Renan minimiza a questão. “É importante que um partido do tamanho do Podemos tenha candidato em São Paulo”, diz. A movimentação pró-Renata também teve o apoio do senador Álvaro Dias (PR), articulador de Moro.

Para assumir a empreitada, a deputada teria que abrir mão de sua tentativa de reeleição. Em nota, a assessoria diz que ela “foi surpreendida com o convite” de Moro, mas neste momento está “focada justamente na montagem dos palanques para a reforçar a candidatura presidencial”.

Aliados do ex-juiz reforçaram a mensagem de que os ruídos com o MBL foram solucionados sem traumas e que é natural que o novo quadro eleitoral, sem Arthur, leve a uma rediscussão de acordos.

Para o deputado federal Junior Bozzella (União-SP), articulador da candidatura de Moro, o envolvimento do MBL segue bem-vindo. “O MBL agrega. São aguerridos, defendem princípios como transparência e retidão, têm militância, atingem o público jovem e têm capilaridade nas redes sociais. Por mais que tenha havido deslizes no caminho, a participação [do MBL] mais ajuda do que atrapalha.”

Por Folhapress

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Política

Maioria do Senado é favorável ao fim da reeleição para o Executivo, diz Pacheco

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O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), afirmou nesta segunda-feira (20), que a maioria dos senadores é favorável ao fim da reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República.

O assunto começará a ser debatido de maneira mais ampla neste ano. Caso uma proposta surja, a mudança constitucional deverá valer a partir de 2030 nas eleições nacionais. Em 2026, o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bem como governadores de Estado em primeiro mandato, poderão disputar o pleito pela segunda vez seguida, caso queiram.

“A grande reflexão que devemos fazer sobre reeleição: foi positivo, foi proveitoso? As respostas que ouço é que não. E já adianto que a ampla maioria no Senado é favorável ao fim da reeleição”, afirmou durante reunião-almoço no Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), na capital paulista.

A reeleição no Brasil, depois da Constituição de 1988, foi incluída por meio de emenda no fim do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o que permitiu ao tucano ser candidato mais uma vez em 1998. Em efeito cascata, governadores e prefeitos foram beneficiados com a medida.

Nos últimos anos, parlamentares discutiram tentativas de reforma para acabar com a reeleição. Uma proposta que sempre foi levantada é a permissão de mandatos de cinco anos, sem reeleição.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por JC

           

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Política

Lula manifesta pesar pela morte do presidente do Irã

“Minhas condolências aos familiares de todas as vítimas, ao governo e ao povo iraniano”, escreveu Lula, em publicação nas redes sociais. Outras autoridades que estavam na aeronave e a tripulação também morreram. As informações foram confirmadas na manhã de hoje em comunicado oficial do Conselho de Ministros do Irã.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou, nesta segunda-feira (20), a morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, e do chanceler do país, Hossein Amir Abdollahian. Neste domingo (19), o helicóptero que transportava as autoridades caiu, sob forte neblina, em uma área montanhosa no noroeste iraniano.

“Minhas condolências aos familiares de todas as vítimas, ao governo e ao povo iraniano”, escreveu Lula, em publicação nas redes sociais. Outras autoridades que estavam na aeronave e a tripulação também morreram. As informações foram confirmadas na manhã de hoje em comunicado oficial do Conselho de Ministros do Irã.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores também manifestou pesar em nome do governo brasileiro. “O governo brasileiro estende aos familiares do Presidente Raisi, do Chanceler Abdollahian e das demais vítimas, e ao governo e povo iranianos os mais sinceros sentimentos de solidariedade e pesar pelas irreparáveis perdas”, diz.

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, nomeou o vice-presidente Mohammad Mokhber como chefe de Estado interino e decretou cinco dias de luto no país.

Foto Getty

Por Agência Brasil

           

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Política

TRE-PE começa a distribuir novas urnas eletrônicas para o interior do estado

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Modelos 2022 e 2020 vão substituir os mais antigos

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) iniciou a distribuição dos modelos mais atuais de urnas eletrônicas para os polos eleitorais localizados no interior do estado. Conforme orientação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as urnas modelos 2022 e 2020 vão substituir os equipamentos modelos 2010 e 2011, que já estão no seu ciclo final de uso, e serão recolhidas para descarte.

O polo eleitoral de Petrolina foi o primeiro a receber as urnas mais atuais, modelo 2022. A cidade sertaneja foi contemplada na semana passada com 980 novos equipamentos.

De acordo com o chefe da Seção de Gestão de Urnas Eletrônicas do TRE-PE, Edvan Feitosa, a troca desses equipamentos vai acontecer, neste momento, em 10 dos 18 polos eleitorais do estado que estão localizados no interior. A próxima cidade a ser contemplada, seguindo o cronograma de distribuição, é Afogados da Ingazeira, no Sertão, que vai receber 691 equipamentos modelo 2022. “Até julho, todos os polos do interior já terão recebido as urnas eletrônicas mais novas para usar nas Eleições 2024”, afirmou.

As novas máquinas serão, ainda, distribuídas aos polos eleitorais de Ouricuri, Petrolândia, Serra Talhada, Limoeiro, Arcoverde, Carpina e Surubim. Além de Palmares que receberá urnas do modelo 2015. Ao todo, Pernambuco recebeu 9.407 urnas eletrônicas do modelo 2022 e, no total, 23.979 urnas serão utilizadas nas eleições municipais de 2024.

 

 

           

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