Esperança de gols dos tricolores é depositada em Grafite, um dos artilheiros da equipe no ano, com sete gols
Bobby Fabisak/JC Imagem
Tricolores buscam o primeiro título regional da sua história, enquanto paraibanos querem o bicampeonato.
A hora de ficar marcado na história do Mais Querido. Depois de uma sequência de partidas importantes, o Santa Cruz começa as duas semanas mais decisivas da sua história nesta quarta-feira (27), quando encara o Campinense, a partir das 21h45, no Arruda, pelo jogo de ida da final da Copa do Nordeste.
Com 22 mil ingressos vendidos até a noite da última terça (26), a promessa é de bater o recorde de público dos campeonatos nacionais em 2016, que hoje pertence ao clássico entre Grêmio e Internacional, no dia 6 de março, com 44.839 torcedores. No ano, o São Paulo já colocou mais de 51 mil pessoas no Morumbi, mas foi pela Libertadores, contra o River Plate (ARG).
Na campanha do Nordestão, a superação deu o tom. Classificado no sufoco, como um dos três melhores segundos colocados da fase de grupos, o Santa Cruz encarou as maiores pedreiras possíveis no mata-mata. Logo nas quartas de final, pegou o Ceará, atual campeão da Copa do Nordeste. Após uma virada no Arruda, outra vitória em Fortaleza sacramentou a vaga.
Contra o melhor time da fase classificatória, o drama foi ainda maior. Após empatar em casa, o Santa precisava vencer o Bahia em plena Fonte Nova para chegar a decisão. O gol salvador do experiente atacante Grafite levou os tricolores pernambucanos a sua primeira final de Nordestão da história.
A campanha é bonita. Mas para o técnico Milton Mendes, não entra em campo contra o Campinense. “Temos que pensar jogo a jogo. Não podemos viver do passado. Vencemos Ceará e Bahia, que foram partidas difíceis, mas já passaram. É hora de pensar no agora. Se encararmos com a mesma seriedade das outras fases, certamente estaremos muito mais fortes para triunfar. Precisaremos de uma equipe bem equilibrada e organizada para vencer o Campinense”, ressaltou o treinador, que negou veementemente o favoritismo nos duelos contra os paraibanos.
“Eu sou muito responsável nas coisas que digo. Não vou ser leviano: nada está ganho. Para vencê-los, vamos ter que estar no nosso melhor, mentalmente e taticamente. Uma equipe não chega na final de um campeonato tão importante desse à toa. Temos que estar preparados para uma dificuldade muito grande”, frisou.
Expulso contra o Bahia nas semifinais, o técnico Milton Mendes não estará no banco de reservas hoje. Mesmo assim, acredita que sua ausência não será tão sentida pelos seus comandados. “As pessoas que estiverem na beira do campo passarão a tranquilidade necessária, mas nossos jogadores já sabem exatamente o que fazer dentro de campo. Os atletas já têm o comportamento que quero, e o diferencial vai ser a nossa entrega e luta. O resto entra automaticamente”, afirmou Milton, que ficará de fora de um jogo como treinador pela primeira vez.
Para a partida, o Santa Cruz não terá o meia João Paulo, que está suspenso. Mesmo com treino fechado de ontem, o técnico Milton Mendes afirmou que deve repetir a escalação do último domingo, contra o Náutico, nas semifinais do Pernambucano. “Já temos as nossas linhas (defesa, meio e ataque) praticamente definidas. Só algum acontecimento muito grande para mudar qualquer coisa”, disse.
Com expectativa de recorde de público, o técnico rasgou elogios aos tricolores. “Nossa torcida tem sido extraordinária. Sempre muito próxima e nos dando carinho. Conseguimos resultados bonitos porque eles estiveram do nosso lado, nos dando segurança para seguir em frente”, finalizou o comandante coral.
(Do JC Oline)
Diego Toscano
Twitter: @diegobmtoscano