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Saúde

Varíola dos macacos: Pacientes relatam feridas no corpo: ‘Nem conseguia levantar’

“Os dez primeiros dias foram muito dolorosos. Eu não conseguia sentar ou levantar da cama”, disse um infectado.

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Pacientes infectados pela varíola dos macacos e moradores de São Paulo têm relatado dificuldades ao diagnosticar a doença e informações desencontradas pela própria equipe médica que os atendeu. Como publicado pelo Estadão, a doença tem seguido por aqui um padrão já observado em outros países e atingido principalmente homens gays e bissexuais da capital. Três deles foram ouvidos pela reportagem e relatam sintomas fortes, dores pelo corpo e feridas que demoram para cicatrizar.

“Os dez primeiros dias foram muito dolorosos. Eu não conseguia sentar ou levantar da cama. Tive que tomar remédio de pós-operatório porque a dor era insuportável. Foi o que me salvou”, conta Alexandre (nome fictício), arquiteto de 31 anos e morador de Santa Cecília. Ele sentiu os primeiros sintomas da doença no sábado, 18 de junho, um dia após ter ido a uma festa de aniversário.

O combo de febre, dor de cabeça e corpo cansado foram confundidos por ele com uma ressaca mais pesada que o normal. No dia seguinte, apareceu a primeira ferida na região perineal, que também foi confundida com uma acne. A história de confusão dos sintomas se repete de uma forma ou de outra entre todos os pacientes ouvidos.

No domingo à noite, o que Alexandre achava ser uma espinha já tinha crescido e então começou a doer. Duas glândulas também se desenvolveram na virilha como ínguas e, então, ele decidiu procurar um amigo médico de confiança. “Eu e ele achamos que era herpes genital”, diz.

Alexandre foi se automedicando com dipirona para a febre (“Tive esperança de acordar melhor nos dias seguintes”), mas a dor atingiu um nível insuportável na terça-feira seguinte, altura em que a “espinha” também tinha surgido no braço e no pescoço. Ele resolveu então ir a um hospital de referência em São Paulo.

“Nem os médicos sabiam o que eu tinha. Também achavam que eu estava com herpes genital, mas tomei o remédio e não melhorou”, lembra. A amostra colhida no hospital revelou o diagnóstico positivo para varíola dos macacos na sexta-feira seguinte, uma semana desde que os sintomas começaram. Hoje, ele conta que continua tendo erupções pelo corpo, mas que elas não coçam nem doem mais e secam em dois dias.

Fernando (nome fictício) começou a sentir os primeiros sintomas da varíola na sexta-feira, 17, um dia antes de Alexandre. “Foi tipo uma gripe com dor de cabeça e, nos dois dias seguintes, tive febre. Pensei que era covid, mas deu negativo”, conta o empresário de 36 anos.

A primeira ferida apareceu no domingo e também foi confundida com uma espinha, mas causou estranhamento por ter brotado no polegar da mão direita. Na segunda-feira, 20, Fernando foi ao hospital após passar três dias com febre e dor. “O plantonista me dispensou e disse que não tinha como ser (varíola dos macacos) porque eu não fui para a Espanha nem tive contato com ninguém que tenha ido”, conta.

Por recomendação de um amigo, Fernando desmarcou a viagem daquela semana para o Rio Grande do Sul e insistiu em um novo diagnóstico. A “espinha” já havia se duplicado no corpo e ele procurou um novo hospital, onde a primeira hipótese levantada foi sífilis, cujo teste deu negativo. O diagnóstico positivo para a varíola dos macacos só veio na sexta-feira, uma semana depois de os sintomas terem começado.

“Sarei um pouco mais rápido que a média. Mas a transmissão comunitária está em São Paulo muito antes do que disseram”, defende Fernando. Pelas suas contas, ele contraiu a doença entre nos dias 11 ou 12 de junho. Com a demora dos sintomas e diagnósticos, ele conta que foi para uma festa na semana seguinte, onde já descobriu ter infectado um dos rapazes com quem ficou naquela noite.

Foi nessa mesma festa da sexta-feira anterior à Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo que Roberto (nome fictício), administrador de 26 anos, acredita ter contraído a doença. Os sintomas surgiram na semana seguinte à balada. “Notei umas feridas como se fossem pelo encravado começando a sair na pele. Elas pareciam espinhas, mas começaram a crescer e agora estão relativamente abertas”, conta.

As feridas de Roberto foram predominantemente na região genital e perineal, seguindo um padrão já descrito por médicos ouvidos pela reportagem e que tem dificultado o diagnóstico pela semelhança com outras ISTs. “Busquei logo um centro de referência e, na coleta dos resultados, viram que não era sífilis. Dois dias depois, o resultado deu positivo para varíola dos macacos.”

Depois do diagnóstico recebido no último dia 30, Roberto está isolado em casa, onde mora sozinho e trabalha de home office. As lesões na pele, entretanto, continuam incomodando. “Sinto um desconforto porque as feridas estão abertas e, às vezes, gruda um pouco do pus na cueca e dói na hora que puxa. Mas no início estava doendo bem mais. Senti tanta dor que não conseguia dormir.”

Questionado pela reportagem, o Ministério da Saúde não deu uma data para quando as vacinas já existentes contra a varíola dos macacos devem chegar ao Brasil. A pasta informou que segue em tratativas com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“É importante ressaltar que a vacinação universal não é preconizada pela OMS em países não endêmicos da doença, como o Brasil. A recomendação da vacinação, até o momento, é para profissionais de saúde e contatos de casos confirmados”, disse a pasta, em nota.

Na última quarta-feira, 5, a OMS emitiu um novo boletim em relação à varíola dos macacos. Até a data, a doença deixou três mortos pelos 59 países em que foi confirmada. No documento, a organização frisa que a transmissão continua “afetando principalmente homens que se relacionam com homens, pelo menos por enquanto”.

Apesar de não recomendar a vacinação em massa, a OMS afirma que “encorajou fortemente” os países a “revisarem as evidências e desenvolverem recomendações de políticas para o uso de vacinas como relevantes para o contexto nacional”.

O balanço mais recente do governo federal, divulgado nesta sexta, aponta que o Brasil tem 173 casos confirmados da varíola dos macacos. Destes, 121 estão localizados em São Paulo. O total nacional mais que dobrou em relação à última terça-feira, quando havia apenas 80 pacientes diagnosticados com a doença no País.

A tendência também é observada no balanço feito pelo governo de São Paulo. De acordo com secretaria estadual da Saúde, já são 145 casos de varíola dos macacos confirmados no Estado, dos quais 128 estão na capital. Na terça, esses totais eram de 77 e 69, respectivamente.

Por Estadão Conteúdo

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Saúde

Cinco frutas saborosas que ajudam a diminuir os níveis de triglicerídios

Em quantidades altas, estas gorduras podem originar problemas cardíacos.

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Os triglicerídios são gorduras que circulam no sangue e uma espécie de reserva de energia que o nosso organismo retira das calorias que ingerimos ‘a mais’. Por si só, não constituem um problema. Contudo, em quantidade excessivas (hipertrigliceridemia), podem estar na origem de doenças cardiovasculares, sobretudo se coexistirem com níveis baixos de colesterol bom e níveis altos de colesterol mau ou diabetes tipo 2.

Níveis elevados de triglicéridos podem ser sinal de doenças, como a diabetes e o hipertireoidismo, ou um efeito secundário de medicamentos.  A ingestão excessiva de álcool, o tabagismo e o estilo de vida sedentário também contribuem para esta situação. Porém, mesmo quando ultrapassam os valores de referências, estas gorduras não dão sintomas.

Por isso mesmo, para despistar estas possibilidades, deve fazer uma análise ao sangue. A American Heart Association recomenda que se faça um teste, pelo menos, de cinco em cinco anos, a partir dos 21 anos.

Os seus níveis de triglicerídios estão acima do normal (150 a 200 mg/dL ou mais)? Existem várias estratégias para diminui-los. Seguir uma dieta saudável, equilibrada e diversificada é uma delas.

A pensar nisso, o portal Nova Mulher reuniu um conjunto de cinco frutas muito saborosas que vão ajudá-lo a normalizar os níveis de triglicerídios. 

1- Ameixa;

2-  Banana;

3- Kiwi;

4- Maçã;

5- Morango.

Foto Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

           

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Saúde

Com avanço da febre oropouche em Pernambuco, Saúde reforça cuidados para gestantes

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Após o caso do feto morto com 30 semanas de gestação (sete meses) por possível infecção da mãe causada pelo vírus oropouche, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) alerta sobre a importância das precauções básicas para minimizar os perigos às mulheres grávidas e aos seus bebês.

A preocupação com os efeitos pouco conhecidos da febre oropouche nos dias atuais levou a SES-PE a compartilhar também, em nota técnica lançada nesta quarta-feira (17), orientações relativas à assistência às gestantes e que são direcionadas aos profissionais de saúde que cuidam diretamente da mulher na gravidez.

O documento foi elaborado pelas gerências de Atenção à Saúde da Mulher (Geasm) e Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (Geasc) da pasta. A nota técnica está disponível no site do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs-PE).

A publicação Arboviroses e os Cuidados na Gestação destaca como medidas de prevenção:

  • O uso de repelentes especiais para grávidas e crianças nas áreas expostas do corpo;
  • Uso de roupas compridas de cor clara;
  • Mosquiteiros e telas nas residências;
  • Uso de inseticida e larvicida;
  • Vedação de caixas de água e outros recipientes;
  • Garrafas sempre emborcadas;
  • Limpeza de quintal e calhas, além de descarte de lixo em sacolas fechadas e locais adequados.

“A gente ressalta que as arboviroses, ao adoecerem pessoas com útero gestantes, podem trazer complicações. Esse grupo merece um acompanhamento próximo, principalmente nas situações de vulnerabilidade. Não há tratamento antiviral específico, sendo o manejo sintomático (cuidados para aliviar os sintomas). Os impactos gerados pelo adoecimento podem atingir o binômio gestante e feto, o que aumenta os desafios na Saúde Pública”, alerta a médica ginecologista Cleonúsia Vasconcelos, gerente da Geasm.

Na nota técnica, além do reforço à necessidade de as pessoas, principalmente as gestantes, procurarem ajuda nas unidades de saúde a partir sintomas sugestivos (febre súbita, mal-estar, dor de cabeça, dor na parte profunda dos olhos, dor abdominal intensa e manifestações hemorrágicas, entre outros), foram pontuadas orientações para os profissionais da ponta. Entre elas, avaliação de sinais vitais, de hidratação de pele e mucosa, assim como ausculta pulmonar.

Como os sintomas fisiológicos da gravidez podem mascarar e retardar o diagnóstico de gravidade, os profissionais devem se embasar principalmente pela confirmação laboratorial da doença, com a realização de testes moleculares (RT-PCR).

Mulheres grávidas, sem quadro de risco, em acompanhamento ambulatorial, devem ser instruídas a repousar, reforçar a hidratação, fazer hemograma de plaquetas para controle basal e manter monitoramento até 48 horas de queda da febre. Para gestantes com risco, deve-se fazer encaminhamento para internamento.

“O fato de a febre oropouche ser uma doença autolimitada, seus efeitos durante a gravidez não são totalmente compreendidos, o que gera a necessidade de monitoramento cuidadoso e gestão adequada. Os profissionais de saúde devem estar atentos para fazer avaliação clínica, ofertar exames diagnósticos e medicações sintomáticas, além de realizar a notificação compulsória”, frisa Cleonúsia Vasconcelos.

Fonte: JC

           

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Saúde

Mioma Uterino: a importância de conhecer e tratar essa condição feminina

Veja algumas informações com a Dra. Bianca Bernardo, que é ginecologista e especialista em reprodução.

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Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 80% das mulheres em idade fértil possuem miomas uterinos. Embora seja um tema recorrente em conversas entre mulheres, muitas dúvidas ainda pairam sobre essa condição e seus impactos na saúde feminina.

Recentemente, a apresentadora Cariúcha foi internada de emergência para a retirada de 17 miomas. Ela revelou que chegou a ficar quatro meses menstruada, vivendo à base de antibióticos e anti-inflamatórios.

A Dra. Bianca Bernardo, ginecologista e especialista em reprodução da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, explica que o mioma uterino, ou fibroma uterino, é um tumor benigno originado de uma célula alterada do miométrio, a camada muscular do útero. “O mioma surge de uma célula modificada que perde sua capacidade de controle de divisão celular e, sob estímulo dos hormônios esteroides, começa a crescer. Eles possuem receptores para estrogênio e progesterona, que induzem esse crescimento formando nódulos”, explica Bianca.

Em 2023, de acordo com o Ministério da Previdência Social, os miomas foram a principal causa de afastamento de mulheres do trabalho no primeiro semestre, afetando mais de 21 mil pessoas.

Fatores de risco, como genética e raça, podem favorecer o aparecimento de miomas. Estudos mostram que mulheres negras são mais propensas a desenvolver miomas do que mulheres de outros grupos raciais. Outros fatores incluem hábitos de vida, consumo de álcool, obesidade e hipertensão.

Enquanto 75% das mulheres não apresentam sintomas e só descobrem a doença em exames de rotina, 25% sofrem com sintomas como sangramentos, cólicas, dores, alterações no ciclo menstrual, volume abdominal, dores durante o ato sexual, prisão de ventre, incontinência urinária e infertilidade. “O tratamento do mioma depende da gravidade dos sintomas de cada paciente. Se os sintomas forem leves, é possível apenas acompanhar com o ginecologista. Mas, se forem intensos e afetarem a qualidade de vida, é preciso tratá-los”, afirma Bianca.

Para mulheres que não desejam engravidar, o uso de medicamentos, como pílulas contraceptivas, DIU ou anti-inflamatórios, pode ser recomendado para alívio dos sintomas. Caso o tratamento conservador não melhore o quadro clínico, cirurgias como retirada do útero, laparotomia, laparoscopia, cirurgia robótica, histeroscopia, ablação dos miomas por radiofrequência ou embolização das artérias que nutrem esses tumores podem ser opções.

Para mulheres com sintomas de infertilidade, onde o mioma pode atrapalhar uma possível gestação, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. “Não há uma relação direta entre mioma uterino e infertilidade feminina, mas a condição pode dificultar uma gestação dependendo do tamanho e localização dos miomas, especialmente os maiores que 5 cm ou aqueles que afetam a cavidade endometrial. Eles podem gerar abortos de repetição ao distorcer a anatomia uterina e impedir a implantação adequada do embrião no endométrio”, aponta Bianca.

Foto  iStock

Por Rafael Damas

           

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