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Saúde

Ministério incorpora ao SUS novo tratamento contra efeitos do AVC

Especialistas destacam a importância da inclusão do tratamento, já disponível na rede privada

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A trombectomia, tratamento utilizado na fase aguda do Acidente Vascular Cerebral (AVC), será incluída nos procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio foi feito na quinta-feira, 11, em São Paulo pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na abertura do Global Stroke Alliance – for Stroke without Frontiers, congresso médico destinado a debater o AVC.

Especialistas destacam a importância da inclusão do tratamento, já disponível na rede privada, mas lembram a necessidade de infraestrutura dos hospitais e de capacitação das equipes para realizar o procedimento. Uma das principais causas de morte, incapacitação e internações no mundo, o AVC ocorre quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.

No primeiro semestre deste ano, foram 56.320 mortes, número acima das vítimas de enfarte (52.665) e covid-19 (48.865), de acordo com o Ministério da Saúde. Complexo e especializado, o tratamento consiste na inserção de um cateter no vaso sanguíneo do paciente para remover o bloqueio no vaso e restaurar o fluxo sanguíneo para a área afetada. A trombectomia é recomendada para a remoção do coágulo em vasos grandes, como artéria cerebral média, carótida, vertebral ou basilar.

Vasos “fininhos” não permitem a chegada do cateter, como explica Alex Baeta, neurologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. No caso dos pequenos vasos, os médicos usam a medicação trombolítica, capaz de dissolver o coágulo.

DANOS

A trombectomia é capaz de reduzir danos neurológicos graves, na avaliação da neurologista Sheila Martins, uma das autoras do estudo sobre a inclusão da trombectomia no SUS e que foi publicado no The New England Journal of Medicine em 2020. “É um tratamento que já estava disponível na rede privada e que pode salvar vidas e diminuir sequelas”, diz a presidente da Rede Brasileira de AVC e professora de Neurologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Pacientes afásicos, com distúrbio grave da linguagem, ou comprometimento motor, por exemplo, podem ter sequelas reduzidas. Mas é fundamental que o atendimento seja feito nas primeiras horas após o AVC, alertam os neurologistas.

A tecnologia deve estar completamente implementada no SUS até o fim deste ano O próximo passo é concluir a terceira fase do plano, que é a oferta nos hospitais especializados. Os critérios de escolha dos locais serão os indicadores de cada hospital, como dados de mortalidade por AVC, tempo de internação no hospital, reinternações, pacientes que são tratados com trombolíticos e a experiência dos médicos. Hoje, quatro hospitais públicos (em São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina e Ceará) já oferecem o tratamento, mas ele é custeado pelo próprio hospital ou pela secretaria estadual de Saúde. O tratamento custa de R$ 15 mil a R$ 20 mil.

INFRAESTRUTURA

Gisele Sampaio Silva, neurologista e pesquisadora clínica do Hospital Albert Einstein, calcula que 10% dos pacientes com AVC agudo terão necessidade de tratamento com trombectomia mecânica. “Isso traz a chance de reduzir a incapacidade dos pacientes a longo prazo”, destaca. Por outro lado, a adoção do procedimento deve ser acompanhada da presença de profissionais capacitados, como um neurorradiologista intervencionista, responsável pela cirurgia.

De acordo com o Ministério da Saúde, o País tem 88 centros que realizam o tratamento especializado no AVC, mas não são todos que terão essa tecnologia em um primeiro momento. “Temos 20 hospitais já avaliados no estudo e pretendemos começar por eles. Estamos visitando outros hospitais para ampliar essa rede de centros especializados”, diz Sheila Martins.

Alex Baeta destaca que a instituição também precisa estar preparada para oferecer cuidados pós-operatórios. “Depois da trombectomia, o paciente precisa ir para uma UTI com expertise neurológica para a condução posterior ao procedimento. Não é só retirada do trombo (coágulo). Existem cuidados e acompanhamentos que são fundamentais para a melhora do paciente.”

CÉREBRO

Existem dois tipos de AVC, o hemorrágico e isquêmico. No AVC hemorrágico, acontece o rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia, que pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É o responsável por 15% dos casos, mas pode ser mais letal que o AVC isquêmico. O AVC isquêmico, por sua vez (mais informações no quadro nesta página), ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer por causa de um trombo (trombose) ou de um êmbolo (embolia).

Do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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Saúde

Endometriose atinge uma em cada dez mulheres no mundo e causa dor severa

Especialista da Faculdade Anhanguera traz dicas para aliviar os sintomas da doença.

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Cólicas intensas, dores nas pernas e na lombar, cansaço extremo, desconforto gastrointestinal e até desmaios são alguns dos sintomas da endometriose. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), uma em cada dez mulheres no mundo tem a doença, o equivalente a 190 milhões de pessoas em idade reprodutiva. Já no Brasil, os dados registraram que cerca de 7 milhões de mulheres sofrem da doença.  

Caracterizada pelo crescimento de fragmentos do tecido que reveste o útero em outras regiões do corpo, a endometriose se manifesta por uma forte cólica menstrual e menstruação irregular, com sangramento intenso ou fora do período menstrual habitual, e dor durante a relação sexual. Além disso, a doença pode levar à infertilidade. 
 
Portanto, saber como aliviar os sintomas da doença é fundamental para melhorar a qualidade de vida dessas pacientes. Para isso, é importante que, uma vez diagnosticada (através de exames laboratoriais, de imagem e da laparoscopia), a doença seja tratada rapidamente.  
 
“Sem intervenção apropriada, os focos têm o potencial de crescer tanto em magnitude quanto em alcance. Isso implica que, se não forem devidamente atendidos, problemas como infecções podem se propagar e intensificar, resultando em consequências mais severas. Do mesmo modo, problemas ambientais não tratados podem se disseminar, gerando impactos negativos cada vez maiores. É essencial lidar com esses focos prontamente para mitigar seus efeitos prejudiciais”, explica, Cláudia Mognato, Coordenadora do Curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera. 
 
Segundo a especialista, as mulheres precisam, o mais rápido possível, se atentar para os sintomas da doença, já que quanto mais o tempo passa sem o tratamento correto, mais a endometriose pode se multiplicar e afetar outros órgãos. 
 
A seguir, veja as principais dicas para aliviar os sintomas da endometriose, segundo o especialista. 
 
1. Uso de analgésicos e anticoncepcional 
 
Uma das principais formas de aliviar os sintomas da endometriose é o uso de analgésicos para reduzir as cólicas menstruais. Além disso, o uso de pílula anticoncepcional ou de DIU (dispositivo intrauterino) hormonal é útil para interromper a menstruação e controlar a doença. 
 
2. Mudanças no estilo de vida 
 
Além do tratamento clínico, mudanças no estilo de vida — como a ação de uma alimentação saudável e livre de ultraprocessados e com menor teor de açúcar — podem ajudar as pacientes com endometriose, assim como a atividade física regular. 
 
A dieta mediterrânea, por ser baseada em frutas, legumes, vegetais, nozes, peixes, azeite, ervas, especiarias e grãos integrais, pode ser ótima recomendação para mulheres com endometriose. 
 
3. Fisioterapia pélvica 
 
A fisioterapia pélvica também é uma estratégia importante para reduzir os sintomas da endometriose. “A fisioterapia pélvica é uma especialidade dedicada ao tratamento de uma variedade de condições relacionadas à região pélvica. Isso inclui disfunções do assoalho pélvico, incontinência urinária, dor pélvica crônica, problemas sexuais, desconforto durante a relação sexual, constipação, endometriose, diástase abdominal, e uma série de outras questões específicas dessa área do corpo”, explica. 
 
4. Se necessário, considere o tratamento cirúrgico 
 
Caso as dores persistam mesmo após esses métodos, o tratamento cirúrgico pode ser indicado. Essa opção é realizada levando em consideração as necessidades e desejos de cada paciente. Por exemplo, uma mulher que não deseja engravidar pode realizar a retirada de todo o útero. Já quem ainda quer ter filhos, a cirurgia removerá apenas as lesões da endometriose. 
 
“O elemento mais crucial é a adaptação do tratamento, levando em conta a idade do paciente e sua preferência, seja por ter filhos ou não”, afirma Cláudia Mognato. 

Foto Shutterstock

Por Rafael Damas

           

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Saúde

Brasil ultrapassa 5 milhões de casos prováveis de dengue

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Na última segunda-feira, 20, o Brasil ultrapassou os 5 milhões de casos prováveis de dengue, totalizando 5.100.766 registros da doença. O número é três vezes superior ao do ano passado, quando foram notificados 1.649.144 casos. Dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde também indicam que o país registra 2.827 mortes decorrentes da dengue, com mais 2.712 óbitos ainda sob investigação.

A taxa de incidência da doença é de 2.511 casos para cada 100 mil habitantes, valor 8,37 vezes superior ao limite estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para considerar uma situação epidêmica, que é de 300 casos por 100 mil habitantes.

No recorte por Estado, Minas Gerais apresenta o maior número de casos prováveis de dengue (1.431.174), seguido por São Paulo (1 397.796), Paraná (535.433) e Santa Catarina (288.212). Por outro lado, Roraima (286), Sergipe (2.868), Rondônia (4.789) e Amapá (5.557) têm o menor número de casos prováveis.

É importante ressaltar que os números reportados pelo Ministério da Saúde muitas vezes não refletem imediatamente a realidade, havendo um intervalo até que estejam totalmente atualizados. Portanto, é provável que o número atual, reportado às 15h40 de ontem, seja ainda maior do que o divulgado.

Além disso, vale lembrar que, em janeiro deste ano, a pasta divulgou uma projeção indicando que os casos de dengue em 2024 poderiam chegar a, no máximo, 4.225.885.

FORMAS DE PREVENÇÃO DA DENGUE

A eliminação de criadouros de mosquitos segue sendo uma das melhores maneiras de evitar a doença. Além disso, vale apostar em métodos físicos, como uso de roupas claras, mosquiteiros e repelentes, especialmente aqueles à base de icaridina, DEET e IR3535, que possuem duração superior em comparação a outros tipos.

Outra medida importante é a vacinação. Desde julho de 2023, a Qdenga está disponível na rede privada brasileira e, em dezembro do mesmo ano, foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil tornou-se o primeiro país a disponibilizar essa vacina gratuitamente no sistema público. Inicialmente, devido à disponibilidade limitada de doses, apenas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos estão sendo vacinados.

Vale reforçar que ainda não existe um tratamento específico para a doença. Mas a hidratação adequada é capaz de salvar vidas.

 Fonte:Estadão Conteúdo

 

           

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Saúde

Catarata precoce sinaliza risco de demência

Nova pesquisa aponta risco de demência causada pelas alterações visuais que caracterizam a catarata.

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Pesquisa recém-publicado na Nature indica que a redução precoce da sensibilidade visual – perda da acuidade visual, visão de contraste e de profundidade – sintomas que caracterizam a catarata, indica maior risco de desenvolver demência. Realizada no Reino Unido com 9 mil participantes a pesquisa associou o Teste de Sensibilidade Visual (TSV) que mede a velocidade de processamento visual e o tempo de reação no acompanhamento de imagens em movimento que está diretamente ligado à segurança no trânsito, a duas ferramentas padrão ouro de triagem de demência: o HVLT e o SF-EMSE.

Após 15 anos os 500 participantes que incialmente apresentaram baixa sensibilidade visual apresentaram demência, indicando que o TSV pode ser integrado a outros testes cognitivos no rastreio de risco e diagnóstico precoce de doenças degenerativas do cérebro como o Alzheimer,

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier em Campinas, a catarata, opacificação do cristalino, é a maior causa de cegueira evitável e um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. Isso porque, explica, o País tem uma população de 24 milhões entre 50 e 59 anos e nesta faixa etária 1 em cada 4 já tem catarata, incidência bastante superior à estimada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).  

“O problema é que nos consultórios muitos pacientes adiam a cirurgia. Isso desregula todo o metabolismo e pode provocar outros problemas de saúde, entre eles a insônia, outro fator de risco para a saúde do cérebro,  diabetes,  hipertensão arterial e  depressão”, salienta.

Queiroz Neto ressalta que este não é o primeiro estudo que associa catarata e demência. Pesquisa publicada anteriormente no JAMA, mostra que a cirurgia de catarata reduziu em 30% o risco de Alzheimer. “É claro que nem todas as pessoas que têm catarata desenvolvem demência, até porque, a doença é multifatorial. Além do envelhecimento, pode ser causada por trauma, diabetes, exposição ao sol sem lentes com proteção ultravioleta, tabagismo, vape e pelo uso contínuo de alguns medicamentos, entre eles os corticoides, estatinas e antidepressivos.

Como a cirurgia evita a demência

Queiroz Neto explica que a cirurgia de catarata substitui o cristalino opaco por uma lente intraocular transparente. Feita entre 15 e 20 minutos com anestesia local aumenta a quantidade de luz azul que chega à retina e estimula suas células ganglionares que são fotossensíveis e estão relacionadas à cognição.

O estímulo das células ganglionares também regula o controle de nosso relógio biológico ou ciclo circadiano no período de 24 horas. Por isso, combate a insônia que intoxica o cérebro, facilitando o controle do diabetes e outras alterações sistêmicas que influem na desempenho cognitivo.

O oftalmologista ressalta que embora a pesquisa seja inconclusiva por não abordar que o gene APOE4 relacionado à demência deixa claro que adiar a cirurgia de catarata tem efeito cascata sobre a saúde. Por isso, o consenso é operar quando a visão começa a atrapalhar a realização das atividades diárias, conclui.

Foto Shutterstock

Por Rafael Damas

           

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