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Saúde

Alzheimer: como exercícios físicos e sono ajudam a prevenir a doença?

Como mexer o corpo pode ajudar o cérebro?

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Você já deve ter ouvido falar: fazer exercício físico ajuda a prevenir uma série de doenças, incluindo o Alzheimer. Dormir bem também é bom para a saúde. Mas, afinal, como mexer o corpo pode ajudar o cérebro? E o que uma boa noite de sono tem a ver com a demência?

Pesquisas em todo o mundo buscam explicar de que forma adquirir hábitos saudáveis previne contra o Alzheimer. Esses estudos ganham ainda mais importância em um contexto em que ainda não há um tratamento capaz de reverter a doença, que atinge 55 milhões de pessoas em todo o mundo.

As primeiras manifestações perceptíveis da doença de Alzheimer são a perda de memória: o cérebro passa a ter dificuldade de formar novas lembranças e é comum esquecer tarefas cotidianas como o local onde guardou as chaves ou o número do apartamento onde está morando.

É possível que a própria pessoa que sofre com os lapsos deixe de perceber que está com problemas de memória. Nesse momento, em geral, os familiares notam que algo não vai bem e buscam ajuda. O médico, então, faz testes clínicos e até exames de imagem para confirmar o Alzheimer.

Para a família do paciente, parece até que a doença foi diagnosticada cedo, afinal, logo após as primeiras manifestações eles buscaram ajuda. Não é bem assim: é provável que os mecanismos biológicos que causam a doença já estivessem agindo há anos.

“O começo dos sintomas não quer dizer o começo da doença”, explica Sergio Ferreira, professor dos Institutos de Biofísica e Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “As alterações no cérebro do paciente de Alzheimer começam 20, 30 anos antes dos primeiros sintomas. Há fases da doença com alterações moleculares, de funcionamento das sinapses, dos neurônios e isso vai se acumulando. Quando começam a surgir os sintomas é a ponta do iceberg.”

Em um futuro não tão distante, os cientistas acreditam que uma pessoa na faixa de 40 anos poderá começar a monitorar, por exames, sinais no cérebro que indiquem risco de ter Alzheimer. Mas, se hoje não há remédio que cure a doença, qual a vantagem de ter esse diagnóstico? Para os cientistas, está cada vez mais claro que, enquanto não são descobertos tratamentos, é preciso apostar na prevenção.

Um relatório publicado por uma comissão de cientistas na revista The Lancet, dois anos atrás, mostrou que 12 fatores, como sedentarismo, hipertensão e abuso de álcool, estão ligados a cerca de 40% dos casos de demências, incluindo o Alzheimer. Eliminar hábitos negativos não vai garantir que alguém nunca terá Alzheimer, mas diminui as chances e pode ajudar a postergar a doença. E isso é bom tanto para a saúde pública quanto individualmente.

“O que se entende hoje é que, em qualquer faixa etária, é válido adotar medidas que reduzem o risco. Se eu nunca fiz atividade física e estou com 65 anos, vale a pena iniciar atividade física regular como estratégia para melhorar a saúde física, mental e reduzir o risco (de demências)”, explica Paulo Caramelli, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro do conselho consultivo da Sociedade Internacional para o Avanço da Pesquisa e Tratamento da Doença de Alzheimer.

Ele coordena um dos braços de um estudo multicêntrico que pretende mostrar como intervenções sem medicamentos são capazes de causar melhora cognitiva em idosos. Uma pesquisa do tipo na Finlândia, com pessoas de 60 a 77 anos, mostrou, em apenas dois anos, que o grupo de idosos que participou de atividades físicas, “treinos” para o cérebro e monitoramento cardiovascular teve melhora cognitiva.

Do humor ao hormônio: como a atividade física age no cérebro

Atividades físicas aeróbicas, como correr, nadar, pedalar e dançar, ajudam a controlar a diabete e a hipertensão – dois fatores de risco para o Alzheimer. Além disso, melhoram o humor e, consequentemente, a depressão. Hoje, já se sabe que a depressão também está ligada ao Alzheimer (pode ser um fator de risco ou uma manifestação que antecede o aparecimento dos primeiros sinais claros da demência).

Pesquisas de longa duração que acompanharam voluntários por anos sugerem que atividades físicas moderadas a vigorosas (não vale só caminhar no shopping; tem de suar) estão associadas à redução do risco de demência.

E não é só: também parece haver um efeito da atividade física diretamente no cérebro. Uma das pesquisas mais importantes sobre isso foi feita em 2019 por cientistas ligados à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Eles descobriram que o exercício físico promove a liberação de um hormônio protetor para o cérebro: a irisina.

A pesquisa mostrou que a irisina está reduzida no cérebro de pacientes com Alzheimer e que, ao dar irisina a modelos de camundongos com o problema, é possível recuperar a memória dos animais. “Nossa aposta é que a irisina fortalece as sinapses”, explica Ferreira.

Manter a pressão controlada: menos acidentes cerebrais e mais oxigenação

O relatório publicado na revista The Lancet recomendou que pessoas de meia-idade, na faixa dos 40 anos, mantenham a pressão arterial sistólica abaixo de 130 mm Hg para reduzir o risco de demências, incluindo o Alzheimer. Para ter uma referência, a pressão sistólica considerada ideal é de 120 mm Hg e a diastólica, de 80 mm Hg (traduzida, popularmente, como 12 por 8).

Os estudos publicados até agora são claros ao associar a hipertensão ao aumento de problemas no cérebro. Um deles, com 8,6 mil participantes no Reino Unido, mostrou que a pressão sistólica de 130 mm Hg ou acima desse valor em pessoas com 50 anos foi associada a um crescimento do risco de demência.

“Quem tem condição cardiovascular pior, por exemplo os hipertensos, tem maior risco de lesões vasculares cerebrais, acidentes vasculares cerebrais ou lesões isquêmicas pequenas ou hemorrágicas”, explica Caramelli. Danos do tipo afetam diretamente as células do cérebro.

Além disso, explica o professor, pessoas hipertensas têm uma modificação no sistema de passagem de substâncias dos vasos sanguíneos para as células cerebrais. “Se corrige a hipertensão, diminui essa disfunção da barreira hematoencefálica e melhora o funcionamento cerebral.”

Por fim, quem não trata a hipertensão corre risco de ter insuficiência cardíaca – problemas na função do músculo cardíaco reduzem, por exemplo, a quantidade de sangue que chega ao cérebro. O órgão passa a ficar privado de irrigação e oxigenação adequadas.

Hora do sono é associada à ‘faxina’ do cérebro

Já a forma como o sono se relaciona com demências e, especificamente, com o Alzheimer ainda está sendo estudada. Está claro, porém, que a saúde cardiovascular se beneficia, de um modo geral, de um sono de qualidade. Para a maior parte das pessoas, 7 a 8 horas por noite são suficientes.

Estudos também mostraram que os distúrbios do sono têm sido associados à deposição da proteína beta-amiloide no cérebro e ao aumento da proteína tau (duas substâncias consideradas marcadores da doença de Alzheimer). Além disso, enquanto dormimos, ocorrem atividades cerebrais responsáveis pela fixação de memórias.

Outro aspecto que vem sendo investigado é o papel das células da glia, um sistema de células menos conhecido e que serve de apoio aos neurônios. Elas funcionam como “lixeiras” do cérebro, varrendo substâncias tóxicas – e funcionam melhor no período da noite, o que é mais um bom motivo para cuidar do sono.

Por Estadão Conteúdo

 

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Saúde

Foram entregues as primeiras doses da vacina atualizada da covid-19

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A distribuição começou nos estados do Paraná, Goiás, Maranhão e Mato Grosso e, em seguida, está prevista para seguir para os estados do Amapá, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rondônia e Santa Catarina.

Todas as demais unidades da federação receberão ao longo das próximas semanas 

A vacinação contra a Covid-19 é indicada no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos. 

Também é recomendada uma dose anual ou semestral para grupos prioritários com cinco anos de idade ou mais e maior risco de desenvolver formas graves da doença, independentemente do número de doses prévias recebidas.

Por Ministério da Saúde

           

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Saúde

Fadiga durante a maternidade pode ser ocasionada por deficiência nutricional

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Neste Dia das Mães, enquanto celebramos o amor e a dedicação materna, também é necessário reconhecer que ser mãe é uma jornada exigente e desafiadora. Muitas enfrentam não apenas o desafio emocional, mas também o físico, lidando com níveis significativos de fadiga. De acordo com pesquisa feita pelo Ibope, duas em cada três mulheres, de 20 a 29 anos, se queixam de cansaço. Embora seja comum atribuir esses sintomas ao estresse e à falta de sono, é fundamental compreender que a nutrição desempenha um papel crucial na vitalidade e no bem-estar físico de uma mãe.

A fadiga persistente e o cansaço extremo podem ser indicadores de que algo está faltando no corpo, e muitas vezes, essa lacuna está relacionada à ingestão insuficiente de nutrientes essenciais. Uma dieta desequilibrada, rotinas agitadas e as demandas constantes da maternidade podem levar à deficiência de vitaminas, minerais e outros elementos essenciais para o funcionamento adequado do organismo.

De acordo com o especialista em nutrologia, André Guanabara, a alimentação tem um papel fundamental na absorção de nutrientes que combatem a fadiga. “Não se trata apenas de uma alimentação balanceada, mas sim da escolha certa dos nutrientes. Existem alimentos ricos em propriedades essenciais para a nossa saúde, como as frutas cítricas, como laranja e limão, ricos em vitamina C, o abacate, fonte de gordura saudáveis. Esses exemplos são de alimentos que possuem nutrientes essenciais para a vitalidade do nosso organismo”, explica.

Ainda de acordo com o médico especialista, a suplementação desses nutrientes pode também ser um grande aliado das mães no processo de revitalização da energia. “A suplementação tem ganhado cada vez mais força, sobretudo para as pessoas que possuem uma rotina muito corrida e não têm tempo para regrar a alimentação e absorver os nutrientes necessários para a vitalidade do organismo. No entanto, esse processo precisa estar aliado a outros também, como a prática de atividades físicas, o equilíbrio entre as tarefas de trabalho, o lazer e o momento de descanso. Tudo isso é muito importante para que o paciente possa alcançar o resultado esperado através da suplementação”, conclui o Dr. André Guanabara.

Nutrientes essenciais

Vitaminas do Complexo B: As vitaminas B, como B1, B2, B3, B5, B6, B9 (ácido fólico) e B12, desempenham papéis cruciais no metabolismo energético e na função cerebral.

Vitamina C: Essencial para a saúde do sistema imunológico e também para a absorção de ferro, que é vital para evitar a fadiga.

Vitamina D: Ajuda na absorção de cálcio, importante para a saúde óssea e pode desempenhar um papel na melhoria dos níveis de energia.

Ferro: Essencial para a produção de hemoglobina, que transporta oxigênio para as células do corpo. A deficiência de ferro pode levar à fadiga.

Magnésio: Ajuda na produção de energia no nível celular e desempenha um papel importante na função muscular e nervosa.

Potássio: Importante para a função muscular e nervosa, bem como para a regulação dos fluidos no corpo.

Zinco: Essencial para o sistema imunológico e para a produção de energia.

Proteínas: Os aminoácidos provenientes das proteínas são blocos de construção essenciais para os tecidos musculares e a reparação celular.

Ômega-3: Gorduras saudáveis encontradas em peixes gordurosos, nozes e sementes, que podem ajudar na redução da inflamação e na promoção da saúde cardiovascular.

Coenzima Q10: Um antioxidante que desempenha um papel na produção de energia celular e pode ajudar a reduzir a fadiga muscular.

Creatina: Um composto natural encontrado nos músculos que ajuda a fornecer energia rápida durante atividades de alta intensidade.

Cafeína: Um estimulante natural encontrado no café, chá e alguns suplementos, que pode melhorar temporariamente o estado de alerta e reduzir a sensação de fadiga.

Taurina: Um aminoácido que pode melhorar a função muscular e a resistência durante o exercício.

Rhodiola Rosea: Uma erva adaptogênica que pode ajudar a aumentar a resistência ao estresse físico e mental, potencialmente reduzindo a fadiga.

           

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Saúde

Com morte de criança, Pernambuco confirma mais um óbito por dengue

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A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou, nesta quarta-feira (8), a terceira morte por dengue em Pernambuco, tratando-se de uma criança de 10 anos de idade. O boletim epidemiológico desta semana, divulgado na segunda (6), mostra que a incidência da doença se aproxima a patamar epidêmico. A cada 100 mil habitantes em Pernambuco, há 275,7 casos prováveis de dengue.

MORTE DE CRIANÇA

A terceira morte por dengue deste ano em Pernambuco foi de uma criança do sexo masculino de 10 anos, que morava em Tabira, no Sertão pernambucano.

O óbito ocorreu no dia 15 de abril, em Serra Talhada, mas só nesta quarta que a SES-PE conseguiu confirmar a causa da morte.

O garoto não possuía comorbidades e durante a evolução do caso de dengue apresentou febre, dor articular, cefaléia, dor retro-ocular, mialgia, náuseas, prostração, sonolência, vômitos com sangue, hipotermia, prurido, dor abdominal, equimose, dor de garganta, coriza, petéquias, dispneia e paresia.

ÓBITOS POR DENGUE

No mês de abril a secretaria confirmou dois falecimentos em decorrência da doença.

A primeira morte por dengue confirmada, foi de homem de 53 anos, que morava em Tuparetama, no Sertão de Pernambuco, ele faleceu no dia 17 de março, por complicações da doença, em uma unidade de saúde de Caruaru, no Agreste do Estado.

Ele não tinha histórico de comorbidade. Durante a evolução do quadro de dengue, o homem apresentou uma série de sintomas: febre; dor articular, muscular e abdominal; cefaleia; diarreia com sangue; náuseas; vômitos com sangue; calafrios; olho vermelho sem secreção e prostração.

O segundo óbito confirmado, no Estado, foi de uma mulher de 47 anos, que morava em Moreilândia, também no Sertão de pernambucano. Ela foi a óbito no dia 2 de fevereiro, em uma unidade de saúde do Recife, mas a confirmação da causa da morte ocorreu no dia 24 de abril.

Ela tinha hipertensão. Durante a evolução do quadro de dengue, a mulher apresentou uma série de sintomas: febre alta; dor em panturrilha, icterícia; náuseas; dor muscular e dor abdominal.

O novo boletim ainda destaca que o ano de 2024 acumula 24.978 casos prováveis de dengue (casos em investigação + casos confirmados) no Estado.

Fonte: JC

 

           

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