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Saúde

Como OMS pode decretar o fim da pandemia de Covid

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Na última atualização epidemiológica, referente ao período de 19 a 25 de setembro, a OMS reportou cerca de 8.900 mortes causadas pela doença, o que representa uma redução de 18% em relação à semana anterior.

A redução das mortes e dos casos severos de Covid-19 em todo o mundo, reflexo direto do avanço expressivo da cobertura global de vacinação, já faz com que a própria OMS (Organização Mundial da Saúde) fale abertamente sobre um possível fim do status de pandemia conferido à doença.

Responsável por declarar a pandemia em março de 2020, a entidade também tem a prerrogativa de determinar o rebaixamento à categoria de endemia: uma classificação mais branda, mas que ainda representa ocorrência da doença em uma ou mais regiões.

Da mesma forma que não existem critérios fixos -como um número específico de casos e mortes- para a OMS determinar que existe uma pandemia, tampouco há referências preestabelecidas para que decrete o término do status pandêmico.

Na prática, os dados epidemiológicos são analisados e interpretados por um comitê de especialistas, que acaba por embasar a decisão final.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com a pandemia do vírus H1N1, popularmente conhecido como gripe suína, decretada pela OMS em junho de 2009. Após uma queda consistente de casos e de hospitalizações, e também com o avanço da imunização, o comitê de emergência da OMS aconselhou, em agosto de 2010, o fim da pandemia, que havia sido decretada em junho do ano anterior.

Dados da entidade já vêm mostrando um decréscimo da Covid-19 no mundo. Na última atualização epidemiológica, referente ao período de 19 a 25 de setembro, a OMS reportou cerca de 8.900 mortes causadas pela doença, o que representa uma redução de 18% em relação à semana anterior.

Ainda assim, a circulação do vírus continua elevada, com pelo menos 3 milhões de novos casos confirmados no mesmo período, uma queda de 11% em comparação à semana anterior. Como várias regiões têm subnotificação de infecções, além da falta de acesso a testes, o número real é ainda maior.

Professora da Faculdade de Medicina da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a infectologista Raquel Stucchi vê avanços significativos na situação da Covid-19, mas considera que ainda é preciso cautela com a doença.

“Neste momento, podemos falar que o pior já passou, porque o impacto da Covid na mortalidade já se reduziu muito”, avalia a médica. “São números infinitamente melhores do que o que já tivemos ao longo desta pandemia. Estamos seguros de que não teremos dias ruins novamente? Ainda não, porque nós ainda temos uma grande circulação do vírus no mundo todo.”

O número expressivo de casos em algumas regiões é um fator de risco, já que poderia favorecer a emergência de novas variantes com potencial de escapar à imunidade conferida pelas vacinas atuais.

Como a Organização Mundial da Saúde não tem poderes para impor a implementação (ou o afrouxamento) de regras de combate do vírus aos países, a decisão sobre o que fazer, em caso de pandemia ou de endemia, fica nas mãos dos estados. Ela pode, porém, fazer recomendações.

Neste mês, a entidade divulgou uma série de recomendações sobre a pandemia, pedindo o incremento das redes de testagem e de monitoramento, além de atenção especial contra a disseminação de desinformação.

Depois de declarações otimistas no último dia 14, quando afirmou que o fim da pandemia poderia estar próximo, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, voltou a adotar uma linguagem mais comedida, dizendo que o perigo ainda não acabou.

A reação aconteceu pouco depois de uma fala polêmica do presidente dos EUA sobre o tema. Em entrevista à CNN, Joe Biden afirmou que a pandemia já acabou.

“Nós passamos dois anos e meio em um túnel longo e escuro, e estamos apenas começando a vislumbrar a luz no fim desse túnel”, afirmou Tedros Adhanom, que frisou que ainda há um longo caminho a ser percorrido, “com muitos obstáculos que podem nos fazer tropeçar se não tomarmos cuidado”.

Além da circulação elevada do vírus, existem importantes assimetrias na cobertura vacinal contra a Covid-19. Enquanto países como Portugal têm mais de 90% da população imunizada desde o fim de 2021, o grupo de nações mais pobres do mundo só conseguiu em agosto ultrapassar a barreira de 50% de imunizações.

“Precisamos aumentar a cobertura vacinal, com as vacinas bivalentes contra a variante ômicron, aumentando a cobertura vacinal de uma forma equânime no mundo todo. Precisamos também do acesso às medicações para a prevenção de Covid, para atender aqueles que não respondem de forma adequada à vacina”, salienta a infectologista Raquel Stucchi, da Unicamp.

A médica também destaca as potenciais consequências sociais e econômicas da chamada Covid longa, quando sintomas da doença permanecem nos pacientes mesmo após o fim da infecção.

“Ainda há um número de casos muito elevado no mundo. Apesar de eles não se refletirem na mortalidade, um percentual grande dessas pessoas, algumas estimativas falam até em 20%, vão conviver com a Covid longa por um período prolongado. Isso vai impactar a qualidade de vida, a capacidade de trabalho e de interação na sociedade”, afirma.

Historiadores da ciência destacam que, além das questões médicas, o fim das pandemias também tem uma componente social, marcada pelo momento em que o medo da população diminui e as pessoas aprendem a conviver com o vírus.

Independentemente de a Covid-19 permanecer oficialmente classificada como pandemia, vários países já aliviaram a maior parte das medidas de restrição contra a doença, entre os quais o Brasil.

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Saúde

Ministério da Saúde reforça atendimento em saúde mental em abrigos e unidades de saúde no RS

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Profissionais estão atuando no apoio à população afetada pelas enchentes e aos trabalhadores e gestores que atuam na região.

A saúde mental de quem viveu uma tragédia — como a que os gaúchos enfrentam desde o começo deste mês — precisa de cuidados e atenção. Por isso, o Ministério da Saúde elabora um plano de atendimento de saúde mental para a população atingida pelas enchentes e os trabalhadores e gestores que estão atuando na região.

O coordenador da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), Fausto Soriano Estrela Neto, adianta que o plano vai tratar do atendimento indicado para crianças, idosos e pessoas em vulnerabilidade social e da comunicação de massa. Outro ponto que já foi definido é o apoio do telessaúde nos atendimentos.

“Temos um colapso na estrutura de saúde do Rio Grande do Sul, que foi destruída pela enchente. Estamos concluindo a análise de onde temos comunicação e como podemos usá-la. Uma das camadas é telegestão, teleatendimento, teleconsulta e tele-educação para chegar a um público maior.”

Desde o começo das enchentes, o atendimento psicossocial é feito por equipes volantes nas unidades médicas e abrigos. A equipe foi reforçada esta semana com a chegada de outra equipe de psicólogos à cidade de Canoas.

Até agora, o Ministério já diagnosticou as regionais mais afetadas em saúde mental em seis pontos do estado, definiu a estratégia de atendimento e qualificou as equipes locais para acolhimento, estabilização emocional, auxílio na tomada de decisões para gestores e trabalhadores de todo o estado; entre outras ações.  Fonte: Brasil 61

           

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Saúde

Dengue: o vírus e o mosquito continuarão vencendo?

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Os 4 milhões de casos prováveis de dengue registrados até abril marcaram mais um triste recorde da doença em nosso país. É mais uma enfermidade que mostra como estamos distantes das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável relativo à Saúde e Bem-Estar (ODS 3), entre elas a de acabar, até 2030, com epidemias de doenças tropicais negligenciadas.

O vírus da dengue e o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, vêm surfando em uma série de condições que favorecem sua ação:

  • As mudanças climáticas, com temperaturas elevadas e atípicas, têm feito a doença surgir em localidades onde praticamente não existia, como o Sul do Brasil, países da Europa e regiões dos Estados Unidos. Além disso, nossos últimos verões foram ainda mais quentes por causa do El Niño, e o calor potencializa a reprodução do mosquito.
  • O processo de urbanização sem planejamento multiplica as carências de estrutura sanitária e as condições de formação de reservatórios de água parada propícios aos criadouros do Aedes aegypti, além de intensificar a densidade demográfica, facilitando a transmissão.
  • Temos atualmente circulando no país diferentes subtipos do vírus (geralmente, tínhamos um predominante). A dengue tem quatro subtipos, sendo que a pessoa infectada por um adquire imunidade apenas contra ele. Ou seja, ela ainda pode desenvolver a doença até outras três vezes.

No contra-ataque, temos basicamente as mesmas iniciativas que, infelizmente, não têm impedido a escalada crescente de casos no país. As campanhas de conscientização sobre a dengue e de educação das crianças são necessárias, mas não têm gerado os resultados esperados – e talvez sua abordagem mereça ser repensada.

Eliminar a água do suporte dos vasos de plantas, pneus velhos e outros recipientes, além de tapar caixas d’água, são importantíssimos, assim como a busca ativa de criadouros. Mas há que se reconhecer que nem todos aderem às recomendações e que os recursos para a busca ativa são limitados.

Quanto aos tradicionais “fumacês”, parecem ter perdido um pouco da eficácia, pois os mosquitos têm desenvolvido resistência. E soluções como a modificação genética do Aedes para inviabilizar sua reprodução dificilmente chegarão a todos os lugares em um país com as dimensões do Brasil.

É importante, porém, que o tema continue a atrair a atenção das comunidades científica e de inovação em busca de soluções que ainda não foram pensadas. Como diz uma frase falsamente atribuída ao cientista Albert Einstein, mas correta em sua essência, “insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.

Para o doutor Alfredo Elias Gilio, responsável pela Clínica de Imunização do Einstein, o caminho mais promissor para colocar um ponto final nas epidemias de dengue é mesmo a vacina. E essa foi a boa novidade de 2024.

No entanto, o que se viu foi uma baixa adesão da população a uma vacina ofertada gratuitamente para proteger contra uma doença altamente incidente e que pode ser fatal. E por que estamos vivendo esse triste cenário?

Vários fatores podem estar envolvidos, mas um deles, possivelmente, é porque ainda temos muitas mentes contaminadas pela tendência de comportamentos antivacina que aqui se agravou durante a pandemia, com autoridades ignorando evidências científicas e notícias falsas jogando a ciência de escanteio.

Outras vacinas contra a dengue estão em desenvolvimento – espera-se que em poucos anos haja disponibilidade para todos. Mas teremos pacientes desejosos de receber o imunizante?

Seja pelo contexto que os favorece, por comportamentos inadequados e ações de pouco impacto, o vírus e o mosquito transmissor têm mostrado sua força e nos obrigado a ver indesejáveis recordes de dengue e mortalidade.

Ajudar a mudar esse cenário não cabe apenas aos órgãos governamentais de saúde. Cabe também aos cidadãos e a todos os setores da sociedade. Cabe aos profissionais e instituições de saúde, aos pesquisadores e inovadores e a organizações e empresas de todas áreas de atividade, em especial aquelas que se comprometem em ajudar a trazer para o mundo real as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Cada um tem competências e recursos que, somados, nos ajudarão a vencer não apenas a dengue, mas tantas outras doenças que matam brasileiros precocemente.

Fonte: Veja Saúde

 

           

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Saúde

Foram entregues as primeiras doses da vacina atualizada da covid-19

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A distribuição começou nos estados do Paraná, Goiás, Maranhão e Mato Grosso e, em seguida, está prevista para seguir para os estados do Amapá, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rondônia e Santa Catarina.

Todas as demais unidades da federação receberão ao longo das próximas semanas 

A vacinação contra a Covid-19 é indicada no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos. 

Também é recomendada uma dose anual ou semestral para grupos prioritários com cinco anos de idade ou mais e maior risco de desenvolver formas graves da doença, independentemente do número de doses prévias recebidas.

Por Ministério da Saúde

           

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