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Brasil

Falta de coordenação na vacinação contra Covid aumentou desigualdade no país

O relatório intitulado “Desigualdade no acesso a vacinas contra a Covid-19 no Brasil” foi divulgado nesta quarta (23).

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A falta de uma coordenação nacional no Plano Nacional de Operacionalização (PNO) da vacina contra a Covid resultou em uma maior desigualdade entre as regiões mais ricas e pobres do país, revela novo relatório da Oxfam Brasil.

De acordo com os dados de cobertura vacinal no Brasil, a taxa de 90% estabelecida como meta pelo Ministério da Saúde só foi atingida pelo estado de São Paulo (91%).

Outros estados, como Roraima (57,5%), Amapá (59,5%), Pará (64,2%) e Maranhão (64,9%) ficaram abaixo do que é preconizado também pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de pelo menos 70% de cobertura.

Esses são estados, também, com índice de desenvolvimento humano (IDH) abaixo ou próximo de 0,7. Um IDH acima de 0,8 significa melhores taxas de expectativa de vida ao nascer e escolaridade, enquanto um valor menor que 0,5 é considerado inferior. A faixa de 0,5 a 0,7 é considerada IDH médio, segundo o IBGE.

Os dados de cobertura vacinal consideram apenas o esquema primário de imunização com duas doses ou dose única, sem contar as doses de reforço.

O relatório intitulado “Desigualdade no acesso a vacinas contra a Covid-19 no Brasil” foi divulgado nesta quarta (23) em cerimônia no Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva da Abrasco, que ocorre entre os dias 21 e 24 de novembro em Salvador.

Entre os municípios, apenas 16% atingiram mais de 80% de cobertura, com os piores desempenhos registrados em cidades com baixo IDH.

Na região Sul, 30% dos municípios apresentavam mais de 80% da população com esquema de vacinação completo, na região Sudeste 27,2%, no Centro-Oeste 11,8%, no Nordeste 2,7% e na região Norte apenas 1,1%.

O Brasil é o segundo país das Américas em número de casos e óbito de Covid, mas ocupa o 15º lugar em cobertura vacinal, segundo o relatório.

O país registra quase 700 mil mortes por Covid, e a maioria delas (424 mil) ocorreu quando os imunizantes já estavam disponíveis, em 2021. No ano anterior, morreram cerca de 195 mil pessoas.

De acordo com a Oxfam Brasil, a atuação negligente e desordenada do governo federal, a ausência de campanhas públicas informativas, a gestão inadequada e a falta de estratégia nacional entre a União e os estados são os principais fatores que impediram o país de atingir a meta vacinal de 90%.

“A ausência de uma coordenação do governo federal, deixou cada um por si, fazendo com que os resultados da cobertura vacinal ficassem bastante desiguais”, diz Jefferson Nascimento, coordenador da área de justiça social e econômica da Oxfam Brasil.

Para ele, o atual debate sobre a distribuição das vacinas bivalentes, cujo uso foi aprovado pela Anvisa nesta terça (22) como dose de reforço na população acima de 12 anos, enfrenta o mesmo dilema.

“A gente já teve esse contexto de demora na negociação e aquisição da vacina lá atrás, depois viveu a demora para a distribuição das vacinas para as crianças e agora mais demora para aprovação e aquisição das vacinas bivalentes para responder a esse contexto da ômicron e suas variantes.”

Além das desigualdades regionais na distribuição das vacinas, o relatório indica possíveis disparidades por raça e cor da pele no acesso a elas, mas devido às lacunas dessas informações no banco de dados da Saúde não foi possível mensurá-las, diz Nascimento.

“Em alguns estados, chegamos a quase 40% dos registros sem a informação de raça e cor”, afirma.

As mesmas desigualdades afetaram as populações indígenas e tradicionais. Na região Norte do país, onde há maior concentração de povos indígenas, apenas 1 em cada 100 municípios (1,1%) atingiu a meta de vacinação acima de 80%.

Há disparidades também em relação ao gênero. Em todos os estados brasileiros, as mulheres foram mais vacinadas do que os homens. No Maranhão, por exemplo, a cobertura entre as mulheres ficou em 68%, enquanto entre os homens, em 61%.

“O negacionismo tem uma penetração maior entre os homens. Tradicionalmente, é a mulher que tem essa preocupação com a saúde da família, que leva as crianças para a vacinação.”

Um outro fator que pode explicar a desigualdade de gênero é a maior representatividade de mulheres como profissionais de saúde, especialmente na linha de frente, incluídos nos grupos prioritários de imunização.

O relatório conclui, porém, que novas medidas ainda podem ser consideradas para reduzir as desigualdades no próximo ano de campanha, incluindo a adoção de uma estratégia nacional com a participação de especialistas e representantes da sociedade para elaboração do Plano Nacional de Imunização (PNI), a retomada da liderança da pasta de Saúde em campanhas de vacinação e a implementação de iniciativas de fomento à pesquisa voltada à saúde coletiva, incluindo a política nacional de saúde integral da população negra.

A Oxfam é uma organização não governamental que atua em mais de 90 países, incluindo o Brasil, com o intuito de reduzir as desigualdades, a pobreza e a injustiça.

Por Folhapress

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Brasil

Mulher morre após lancha capotar no Rio Araguaia, em Goiás

O caso ocorreu no município de Aruanã nesta quinta-feira (18), segundo o Corpo de Bombeiros.

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Uma mulher de 61 anos morreu após a lancha na qual ela estava capotar no Rio Araguaia, em Goiás.

Embarcação ficou presa em um banco de areia e bateu em um galho quando se soltou, capotando em seguida. O caso ocorreu no município de Aruanã nesta quinta-feira (18), segundo o Corpo de Bombeiros.

Tayse Mara Dias Duarte estava com outras três pessoas no veículo no momento do acidente. O trio que acompanhava a mulher teve ferimentos leves e não quis ser levado ao hospital.

Mulher que morreu é de Goiânia. Ela tem uma casa com a família em Aruanã e estava no local a lazer, segundo o Corpo de Bombeiros.

Instituto Médico Legal foi acionado para cena do acidente, informou o Corpo de Bombeiros. O UOL buscou a Polícia Científica de Goiás para saber se a perícia foi acionada e aguarda retorno sobre o assunto.

Foto pixabay

Por Folhapress

           

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Brasil

Brasil tem 7,6 mil comunidades quilombolas, mostra Censo

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A população quilombola no país era formada por 7.666 comunidades que habitavam 8.441 localidades em 25 Unidades da Federação. Esse conjunto soma 1,3 milhão de pessoas. Os dados fazem parte de mais um suplemento do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O instituto explica que algumas das comunidades são formadas por integrantes em mais de uma localidade. Isso justifica o fato de haver 775 mais agrupamentos do que comunidades.

Segundo o gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas do (IBGE), Fernando Damasco, o pertencimento às comunidades está relacionado a “questões étnicas, históricas e sociais”.

“A localidade é o lugar onde tem aglomeração de pessoas. Já a comunidade expressa o vínculo étnico e comunitário que extrapola a localização espacial”, descreve.

O pesquisador explica que um dos motivos de comunidades estarem representadas em mais de um espaço geográfico passa pela história de resistência ao racismo e à violência.

“De fato, essas comunidades foram obrigadas, em muitas situações, a se dispersarem espacialmente e darem origem a essa diversidade de localidades”.

O Censo 2022 é o primeiro em que os recenseadores coletaram informações específicas de pessoas quilombolas, descendentes de agrupamentos que resistiam à escravidão. Para classificar uma pessoa como quilombola, o IBGE levou em consideração a autoidentificação dos questionados, não importando a cor de pele declarada. As comunidades também foram informadas pelos próprios integrantes.

As localidades foram classificadas pelo instituto como “lugares do território nacional onde existe um aglomerado permanente de habitantes quilombolas e que estão relacionados a uma comunidade quilombola e contam com, no mínimo, 15 pessoas declaradas quilombolas cujos domicílios estão a, no máximo, 200 metros de distância uns dos outros”.

Brasília (DF), 18.07.2024. Quilombolas localização.
Crédito: Arte/Agência Brasil
Arte/Agência Brasil

Localização

A observação geográfica revela que a maior parte das localidades está na Região Nordeste. São 5.386, ou seja, 63,81% do total. Em seguida figuram Sudeste (14,75%) e Norte (14,55%). As regiões Sul (3,60%) e Centro-Oeste (3,29%) fecham a lista.

O Maranhão é o estado com mais localidades quilombolas: 2.025, o que equivale a 23,99% do total do país. Em seguida, aparece a Bahia, com 1.814. Apesar de ser segunda no ranking, o estado baiano é o que tem maior população quilombola, 397 mil pessoas.

Minas Gerais tem 979 registros, à frente do Pará (959). Apenas Acre e Roraima não registram localidade quilombola. O Distrito Federal tem três.

Apenas 15% das localidades (1,2 mil) ficam em territórios oficialmente reconhecidos pelo Estado.

Dos 20 municípios com mais localidades quilombola, 11 são maranhenses. As duas cidades com maior presença são Alcântara/MA (122) e Itapecuru Mirim/MA (121). A única capital que aparece no ranking é Macapá, no Amapá, na 14ª posição, com 56 registros.

Em todo o país, 1,7 mil municípios têm presença quilombola.

Pedido de quilombolas

Para elaboração e execução da pesquisa censitária, o IBGE manteve diálogo com representantes quilombolas. O gerente Fernando Damasco conta que as comunidades solicitavam ao instituto a produção das informações por localidades. “É um dado que eles sempre colocaram como prioritário”, diz.

“Na metodologia e na abordagem conceitual, tentamos justamente ser cuidadosos ao máximo com a forma como essas comunidades se organizam”, ressalta.

O suplemento divulgado nesta sexta-feira traz também informações sobre alfabetização e características dos domicílios dos quilombolas.

“Acredito que a gente pode inaugurar um conjunto de estudos, debate e reflexões sobre essa organização espacial que diz muito sobre a diversidade territorial do nosso país”, conclui o pesquisador.

Fonte:Agência Brasil

           

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Brasil

Brasil terá 155 milhões de eleitores nas eleições municipais deste ano

O Brasil terá 155,9 milhões de eleitores que vão eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, nesta quinta-feira (18), em Brasília, o eleitorado apto a comparecer às urnas nas eleições municipais de outubro próximo. O Brasil terá 155,9 milhões de eleitores que vão eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

Segundo o tribunal, o número representa aumento de 5,4% em relação às eleições de 2020. Em nota à imprensa, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, declarou que o aumento do eleitorado mostra que as eleições no Brasil são democráticas e auditáveis.

“O elevado número de eleitoras e de eleitores confirma o que se tem demonstrado na história brasileira, especialmente desde a Constituição do Brasil de 1988 e nos últimos 28 anos em que se desenvolveu o sistema eletrônico de votação, que é o benefício de eleições democráticas livres, certas no tempo, auditáveis em seu processo, transparentes em sua realização, eficientes em seu resultado”, afirmou a ministra.

O primeiro turno das eleições será no dia 6 de outubro. O segundo turno poderá ser realizado em 27 de outubro nos municípios com mais de 200 mil eleitores, nos quais nenhum dos candidatos à prefeitura atingiu mais da metade dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos, no primeiro turno. 

Por Agência Brasil

           

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